#𝟎𝟏𝟏 𝐃𝐀𝐘𝐋𝐈𝐆𝐇𝐓

Mulai dari awal
                                    

─ Ainda bem que só estava tentando. ─ amenizo minhas palavras quando aproximo e beijo sua bochecha.

Ele passa os braços pela minha cintura antes que eu me afaste e puxa meu corpo em direção ao seu, colocando o rosto no meu pescoço.

─ Você dormiu bem, provocadorzinho? ─ sua voz é abafada na minha pele e eu me arrepio.

─ Muito bem. E você, cozinheiro do mês?

─ Tirando alguns golpes que levei de noite. ─ ele tira o rosto do meu pescoço ao falar e eu tampo meu rosto com ambas as mãos na intenção de esconder o rubor nas minhas bochechas

─ Me desculpa. Eu realmente não estou acostumado a dormir com outras pessoas assim. ─ deito minha cabeça no seu ombro e ele apenas ri passando as mãos nas minhas costas.

Toda essa intimidade matutina me leva aos meus primeiros pensamentos desta manhã e eu decido que conversar vai ser o melhor.

─ Eu acho que preciso conversar com você. É sobre Atlas. ─ seu corpo endurece quando cito o nome indesejado por nós dois e ele coloca as mãos nos meus braços me afastando do seu corpo para olhar nos meus olhos. Seu rosto antes calmo agora tem uma expressão carregada de tensão.

─ O que têm esse cara? Ele te procurou?

─ Ele me mandou mensagem, sim. Foi durante a madrugada mas como eu tinha colocado meu celular no modo avião ontem à noite, só vi hoje de manhã.

─ O que ele queria com você?

Eu sou um cara solteiro e tinha certas necessidades como um, mas não evito corar e afastar meus olhos dos seus. Eu sei que ele entendeu quando suspirou pesado e também olhou para longe, colocando as mãos no próprio quadril.

─ Então é por isso que você está me contando? Você tá indo embora?

─ O quê? Do que você-

─ Se você quer ir embora é só falar de uma vez. Talvez- ─ ele me olha sério desta vez. ─ Talvez você não deveria ter dormido aqui ontem.

Minhas sobrancelhas estão tão franzidas que quase perfuram a minha testa. Ele nunca me direcionou um olhar tão insensível como este e não parece ser o mesmo cara que estava enrolado ao meu corpo a algumas horas atrás.

─ Essa merda não pode ser séria. ─ o dou uma risada incrédula quando consigo tirar o meu queixo do chão e saio da cozinha sem olhar para Louis mais uma vez.

Subo as escadas e entro no seu quarto, apenas encostando a porta. Tiro a calça de pijama que ele me entregou na noite passada e a blusa dele que usava, murmurando o xingamento quando ainda consigo sentir seu cheiro em minha pele.

Apenas de cueca, ando pelo quarto atrás das minhas peças de roupa que entreguei para Louis guardar para mim ontem. Me assusto quando vejo ele entrar no quarto, mas ignoro e apenas continuo abrindo as gavetas para achar minha roupa.

─ Onde você colocou as minhas roupas? Eu não consigo achar- ─ quando abro uma das gavetas e consigo reconhecer minha camisa, sua mão segura meu pulso antes que eu consiga agarra-las, me afastando do armário. ─ O que você está fazendo?

─ O que você está fazendo?

─ O que você acha que eu estou fazendo, Louis? Eu estou indo embora. Você estava certo, eu não deveria ter dormido aqui, não se você se arrepende tanto. Parece que você se contraria bastante, não é? ─ o olho com os olhos molhados de lágrimas raivosas e puxo meu pulso do seu domínio.

─ Eu nunca disse isso.

─ Foi exatamente o que você disse na cozinha.

─ Não. ─ ele encara minhas coxas e lambe a boca antes de me olhar com os olhos calculados. ─ Eu não me arrependo de ter te chamado, mas você não deveria ter feito isso se vai se encontrar com Atlas hoje.

─ Você é um grande idiota se acha que eu ao menos cogitei a ideia de me encontrar com ele depois de tudo que você me contou. Me machucou que você pensa tão mal de mim a este ponto. Eu nem respondi as mensagens dele, droga! Eu só não quis esconder algo de você.

Sua expressão é confusa e eu quase acho que ele não irá me responder mas ele respira e se aproxima de mim limpando uma lágrima que insiste em escorrer pela minha bochecha. Não sei o porquê de me encontrar tão chorão ultimamente, mas não posso evitar.

─ Eu nunca mais quero brigar com você, ser o motivo do seu choro. Me desculpa, Harry, por não ter te dado uma oportunidade de se explicar, mesmo que você não me devesse uma explicação. ─ sua mão se mantém no meu rosto agora fazendo um carinho gostoso. ─ Se você quer ir embora eu te levo para casa de carro, mas se você quer saber, eu quero que você fique.

─ Não quero que você aja com indiferença comigo de novo, eu não tolero esse tipo de tratamento. Mas se quiser saber, eu não quero ir embora. ─ eu sinto seu sorriso nos meus lábios quando ele se aproxima, mas não me beija, me deixando na vontade.

─ Ótimo. ─ fala baixo se afastando e levando todos os meus suspiros extasiados consigo.

─ Ótimo. ─ repito quando consigo recuperar o fôlego.

─ O café da manhã que tentei fazer foi um completo desastre, que tal nós sairmos para comer algo?

─ Era isso que você planejava ontem? ─ digo sorrindo e ele assente. ─ E onde as dezenas de vinhos entram nisso?

─ Não seja ansioso, meu bem.

─ Parece perfeito de qualquer forma. Pode me levar para casa para eu trocar de roupa lá antes de irmos?

─ Claro que posso. Só espera eu jogar uma água no corpo antes de irmos, tudo bem?

─ Eu te espero lá embaixo. ─ me afasto e pego minhas roupas, as vestindo e tentando ignorar o meu corpo traidor que queima com o olhar quente que Louis me dá.

Depois de me vestir, desço as escadas ouvindo Louis ligar o chuveiro. Aproveito para mandar uma mensagem para Niall perguntando se ele está na minha casa e avisando-o que estou levando Louis para lá.

Nós não conversamos muito nessas últimas semanas por conta da minha agenda muito ocupada com a escola em que trabalho e a dele com projetos da faculdade, mas ele está sempre na minha casa. Eu não consigo me importar, quero ter ele por perto sempre, mesmo quando ele está fazendo piadas insinuosas sobre Louis, como neste momento.

Podemos ir?


𝐀𝐅𝐄𝐓𝐑𝐎𝐏𝐈𝐀 ── larry stylinson.Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang