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Seu coração começou a bater mais rápido ao ver o homem pegar uma cadeira de uma das mesas ao lado e colocá-la ao lado de vocês, sentando-se.

— Fazendo o mesmo que você, Nanami. — Ele sorriu sarcástico, e seu olhar caiu sobre você. — Vejo que está em ótima companhia. Quem é ela?

Você desviou o olhar, sentindo o desconforto aumentar à medida que Toji percorria seu corpo com o olhos. Em busca de apoio, buscou o olhar de Nanami e percebeu que ele também estava incomodado.

— Eu sou...

— Ela é minha secretária, ou melhor, era. — Ele disse calmamente enquanto ajeitava sua gravata azul listrada. — Estou tendo um último jantar com ela como forma de agradecimento pelos anos que trabalhou em minha empresa.

— Engraçado. Eu nunca a vi por lá. — O sorriso dele se alargou após seus olhos encontrem os seus. — Quanto tempo exatamente trabalhou por lá, senhorita?

— Você não convive lá. Não fale como se fosse íntimo, Toji.

— Deixa ela responder, Nanami. Ou tá com medo dela falar o que não deve? — Ele riu e apoiou a cabeça na mão, relaxado na mesa.

— Não acha que está sendo inconveniente? Ninguém te chamou aqui. — Você disse, finalmente olhando Toji nos olhos.

Sentiu sua respiração acelerar suavemente ao perceber o olhar intenso que ele lançava sobre você. Era como se aquele homem fosse capaz de decifrar sua alma. Havia algo nele que te deixava desconfortável de alguma forma.

— Olha só, ela fala... Parece que você não está na coleira dele. Quero dizer, as outras secretárias que ele trouxe para jantar em despedidas costumavam ser bem caladas.

Nanami já tinha trazido outras mulheres para esse lugar, e isso fez você segurar a respiração e conter as lágrimas. Se remexeu incomodada na cadeira, algo que Toji notou imediatamente, pois um sorriso sarcástico surgiu em seu rosto.

— Já chega, Fushiguro. Dá o fora daqui! — Nanami brandou, batendo a mão na mesa e te assustando por um instante.

— Ah, mas já? Eu acabei de chegar...

Você ficou em silêncio, observando os dois homens trocarem olhares cheios de ódio. A qualquer momento, esperava que uma briga começasse ali mesmo. No entanto, Toji simplesmente se levantou da mesa com calma.

— Ah, tanto faz. Você é entediante, Kento. — Toji falou enquanto pegava a cadeira e a colocava de volta no lugar. — Nos vemos por aí, (Nome).

Seus olhos se arregalaram por um momento ao ouvir Toji pronunciar seu nome. Você ficou paralisada, observando-o passar pela entrada e sair do restaurante.

— (Nome)?

"Que porra foi essa?! Como ele sabe o meu nome? Eu me não lembro de ter mencionado em nenhum momento."

— (Nome)? Você está me ouvindo?! — Foi tirada de seus pensamentos pela voz furiosa de Nanami.

— O-oi?

— De onde você conhece ele? Responda.

— Eu não sei! Se acalme, amor. — Estendeu sua mão até tocar a mão trêmula de Nanami.

— Não minta para mim, (Nome). Como ele sabe o seu nome?

— Eu não estou mentindo, Nanami. Por favor, acredite em mim. — Apertou a mão dele com mais força, transmitindo toda a sinceridade em suas palavras. — Eu não sei como ele sabe o meu nome, realmente não sei.

— Droga. Isso não é bom. — De repente, Nanami se levantou bruscamente da mesa.

— O que está fazendo, Kento?

The Other Woman - k, nanami Where stories live. Discover now