Capítulo 2

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Skye POV


No final das aulas, já não tive tempo de passar em casa antes de ir para a biblioteca.

A minha tia Elizabeth conseguiu-me arranjar um trabalho em part-time na sua biblioteca, a Biblioteca Glandstone Central. Não me posso queixar, pois o dinheiro dá-me realmente bastante jeito para ajudar com as despesas da minha avó e com a renda do apartamento.

A renda não é muito alta, devido a eu partilhar a casa com as minhas melhores amigas, a Zöe e a Catherine, mas ainda continua a ser puxada para alguém sem trabalho, e eu não posso deixar a minha tia pagar-me tudo. Tecnicamente ela continua a pagar, visto que o meu salário virá diretamente dela, mas pelo menos ainda posso ser uma ajuda... São apenas 3 horas por dia e ela não paga muito, mas é o suficiente para mim.

Chego à biblioteca passado cerca de 15 minutos e reparo numa rapariga loira encostada à porta da frente com um ar extremamente impaciente e pela breve descrição que a minha tia me deu, acho que é a rapariga que trabalha no turno antes de mim.

Passo por ela...

-"Vai ser esta palhaçada todos os dias? Já devias ter chegado à pelo menos 5 minutos."

Ugh, que voz tão irritante! Como é que alguém consegue aguentar a voz dela?

Resolvo não lhe responder, na esperança que ela se vá embora e não fale mais.

Reparo que a minha tia está de trás da secretária e sorri calorosamente assim que me vê.

-"Skye!"- ela dá-me um pequeno beijo na bochecha e depois agarra-me o pulso para me dar uma breve apresentação sobre todas as coisas que eu irei ter que fazer.

Falámos do meu 1º dia na LSE (London School os Economics and Political Science), mas logo me veio à cabeça o incidente que tive com o Louis. Louis? Era mesmo esse o nome dele? Acho que sim, acho que não ouvi mal.

-"Ouve querida, eu tenho que me ir embora porque não quero deixar a avó sozinha por muito tempo. Se precisares de ajuda com alguma coisa não hesites em ligar-me!"

-"Ah, eu acho que consigo manter tudo sob controlo" - asseguro-lhe.

Ela dá-me um pequeno abraço de despedida.

É este tipo de carinho que me leva a pensar que sem o apoio dela eu não teria conseguido superar tudo isto... Ela está constantemente a dar-me este tipo de afetos, um abraço, um beijo ou algumas palavras reconfortantes... É como se ela tivesse medo de eu ter um esgotamento.

-"Oh e Skye..." - ela começa a falar enquanto chega à porta - "Tenta não ser rude para as pessoas, está bem?". De seguida começa a rir-se. A sua gargalhada lembra-me tanto a minha mãe. Elas eram tão parecidas, os seus olhos eram iguais, a maneira como sorriam constantemente e a maneira como ela me criou como se eu fosse sua filha.

-"Adeus querida, adoro-te!"

-"Adeus tia... Hum, dá um beijo à avó por mim e diz-lhe que a irei visitar assim que tiver oportunidade".

Ela sorri, mas os seus olhos não brilham como sempre ficam quando ela sorri daquela maneira. Eu sei que ela não gosta da ideia de eu visitar a minha avó, porque saio sempre de lá a sentir-me uma m*rda. É sempre assim, crio esperanças de quando lá chegar ela se vai lembrar de mim, mas nunca acontece.

-"Ok, eu digo", ela responde. Ambas sabemos que ela não lhe vai dizer nada, porque isto apenas a vai confundir, e nenhuma de nós consegue mais lidar com isso. No fundo, eu sei que a minha tia está cansada de lutar... a minha avó a cada dia que passa está cada vez pior, e ambas aceitamos que não há nada que possamos fazer para prevenir aquilo que tanto tememos.

Depois disto, ela saí da biblioteca.

Decido ir dar uma espreitadela para ver quem está na biblioteca, e apenas encontrei um grupo de raparigas a estudar. Não parecem ser pessoas conflituosas, por isso vou buscar alguma coisa para ler.

Olho à volta e vejo umas prateleiras velhas. Aproximo-me e vou ver se encontro algo que capte a minha atenção.

Há tantos livros velhos aqui...São provavelmente do tempo do meu bisavô, Joseph Gladstone, acho que era este o nome dele. A minha tia contou-me que ele era obcecado por livros e que passava a maior parte do tempo a ler. Se bem me lembro da história, a biblioteca estava à venda há muitos anos, mas o edifício estava em más condições e precisava de muitas obras. O edifício em si custava o preço da chuva, então o meu bisavô comprou-o.

Procuro pelas prateleiras, até que encontro um livro que me captou a atenção "Forbidden". Tiro-o da prateleira e volto para a minha mesa.

Quando estou praticamente a meio do livro, ouço umas vozes masculinas bastantes altas quem vêm da porta da frente. Paro e olho para lá...

Eram 4 rapazes e estavam a falar como se fossem surdos e não se pudessem ouvir bem uns aos outros.

Reconheço logo um deles, é o parvalhão da minha turma...

Tomlinson.





Olá!! Espero que tenham gostado de mais um capítulo.

Se preferirem ler a história em inglês sigam a minha amiga @Diana_Almeida , estamos as duas a escrever a história em conjunto.

Obrigado por tudo, beijinhos <3

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⏰ Last updated: Jun 03, 2015 ⏰

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Breakdown (Harry Styles Fanfiction)Where stories live. Discover now