11. guerra

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— Ai! — Sana deu um pulinho, espantada por ter recebido um beliscão. Foi pega totalmente de surpresa com o ato. E seus pensamentos de antes? Se dissiparem pelos ares. Não tinha gostado nada daquilo, seu humor (ou a falta dele) agora se igualava ao da outra. Dahyun havia beliscado suas costas na pura maldade, estava desacreditada com tamanha ousadia. Seu olhos arregalados. — Dahyunn!

— Qual o problema, Sana-ya? — A coreana andou até ela, fazendo cócegas dessa vez. Não iria poupá-la tão facilmente assim. Sua voz estava mansa, como quem fizesse uma brincadeira inofensiva. De fato era, mas não haveria trégua. Queria vingança. — Não foge de mim, poxa. Vem cá, florzinha.

— P-Por favor! — Ela ria descontroladamente, fracassando em escapar daquelas mãozinhas diabólicas. Estava começando a ficar sem ar, um horror. — Dahyun, é s-sério! Para!

Tzuyu e Jihyo olharam para as duas, achando graça. Mal sabiam elas que as namoradas de mentirinha estavam se odiando mais que tudo no momento... O amor era lindo. Pelo menos, pareciam estar apaixonadas. Essa era a coisa mais importante ali. Enquanto conseguissem passar essa ideia, nada mais importava.

— Tá ocupada agora? — Chou direcionou sua pergunta à Jihyo que, prontamente, negou. — Q-Quer almoçar comigo? Tem um lugar que eu tava a fim de conhecer.

— Então, vamos. — A Park sorriu, vendo a mais alta fazer o mesmo e pegar em sua mão. Ela corou, sentindo certo friozinho na barriga e olhou para Sana e Dahyun que continuavam naquela guerrinha de cócegas. — Ei, estamos de saída!

— Até mais, meninas! — Tzuyu se despediu, então as duas sumiram dali.

— Já chega! — Sana correu para dentro da sala de aula e se escondeu atrás de uma mesa, afobadamente. Não aguentava mais aquela tortura. Estava ofegante demais e Dahyun continuava a seguindo determinada, nunca conseguiria recuperar o fôlego assim. Então, ela apontou em direção à menina Kim com as sobrancelhas franzidas. — Fique onde está!

Queria parecer ameaçadora, mas tudo o que conseguiu com aquele seu gritinho agudo e desesperado foi arrancar uma gargalhada genuína de Dahyun.

— Isso não foi engraçado!

— É? — A morena se sentou em uma cadeira, com os olhos grudados na japonesa. Estava séria novamente, sua voz desafiadora. — Eu achei.

— Você quase me matou!

— Não exagera.

Dahyun revirou os olhos. Então, Sana respirou fundo e deixou que seu corpo caísse sobre a cadeira mais próxima. Emburrada, cruzou os braços.

— Não precisava ter me beliscado...

— Eu avisei pra parar com as gracinhas, não avisei? Não gosto disso. Se quer fazer essas coisas com alguém, arruma uma namorada de verdade.

— Pra sua informação, aquele selinho foi um acidente.

— Ah, conta outra!

— É sério!

— Não acredito em você, sempre me provoca com suas gracinhas! E parece um coala quando abraça!

— Que mania irritante você tem de bancar a puritana...

— Eu não banco a puritana. Só não entendo qual é dessa sua carência, se sente tanta falta de ter alguém devia namorar de verdade. Não faz sentido me provocar. Não quero nada com você, Minatozaki.

— E quem foi que disse que eu quero alguma coisa com você, Kim?! — Sana soou ofendida, franzindo ainda mais o cenho. Lembrou-se de quando se beijaram de verdade, Dahyun que iniciou tudo. — Hipócrita!

Namorada de Mentirinha - SaiDaWhere stories live. Discover now