A iniciada

2.

-Clary! Juro se tiver de te chamar outra vez é à chapada!
Assustei me com o grito da Margo.
-Desculpa, tava com os pensamentos noutro sítio.
-Isso vejo eu, estou a chamar te à 15 minutos e tu nem uma reação. Ouviste o que eu disse ao menos?
-Claro... - não me lembro porra
-E concordas?
Concordar? Ela está a falar do quê?
-Estava a falar da tatuagem que disseste que íamos fazer juntas
-Ah pois. - fez me o olhar que faz sempre quando está prestes a explodir
E tem razões para isso. Estive o almoço praticamente todo a pensar naquele tipo. Rapaz fantasma. Desapareceu sem dizer uma palavra.
Eu e a Margo fomos à Starbucks, que deixem me que vos diga, não é o sítio mais higienico daquela cidade, mas gostamos de la ir. Margo pediu o mesmo de sempre, café gelado com caramelo, e eu escolhi uma daquelas bebidas com um nome pomposo. Desde de que tenha cafeína não me queixo.
Deixei a em casa e fui em direção ao supermercado. Já estava escuro. Comprei tudo o que precisava e fui para casa. Vivo sozinha num pequeno apartamento. Os meus pais vivem em Londres e deixaram me vir estudar para a Escócia.
A caminho de casa ouvi barulho num beco ao lado da discoteca "Vampires Nightmare" e pensei que fossem aqueles cromos a brincarem aos vampiros, mas era alguém a gritar. Larguei as compras e apressei me a ir para lá.
Vi um homem encapuçado a agarrar numa rapariga nos ombros encostando a à parede.
-Hey! Larga a miúda!
Disse eu com esperança que me desse ouvidos. Burra.
Aproximei me para ajudar a rapariga, o que de uma maneira aconteceu, ele largou a, ela fugiu, ele agarrou em mim pelos ombros e empurrou me contra a parede. Senti uma dor muito forte na minha nuca e caí. Depois senti uma dor aguda na clavícula. Ouvi passos pesados de alguém a correr contra o atacante e depois... Tudo negro.