- se você quiser, vou te namorar.

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seguinte, essa história eu escrevi com o propósito de ser seulrene! é, pois é. isso lá em 2020.. eu sei, faz tempo. tanto tempo que o shipp mudou e agr eh de wenclair! então, pra deixar claro caso alguém fique confuso, essa história não se passa nem perto do universo original da série nem de lugar nenhum que não seja da minha cabeça. e também, algumas características das meninas vão estar diferentes da série justamente pq originalmente eram outras "personagens" e então algumas coisas eu mantive como estavam!

acho que a princípio é isso. eu espero de verdade que vocês gostem e eu to morrendo de nervoso postando isso..

beijinhos e boa leitura!
<3

                                   


                                       ★

A xícara meio-cheia-meio-vazia prestes a cair janela a fora, raios dourados do Sol pedindo licença para entrar de fininho no minúsculo quarto, meias coloridas penduradas no varal improvisado na varanda e o cheirinho reconfortante de bolo de milho recém tirado do forno davam seu máximo para acordar uma certa menina-preguiça que dormia desengonçadamente na cama colada ao chão. As mãos e os pés grandes demais pendiam para fora do colchão pequeno demais e uma formiguinha curiosa passeava pelos dedos longos, lhe acariciando sem ter noção.

Enid Sinclair tinha como colegas de apartamento samambaias tão preguiçosas quanta a dona que sempre atiravam-se em cima da pobre menina, um papagaio desbocado e muito, muito fofoqueiro — o último babado que lhe contara fora sobre uma tal de vizinha nova que cheirava a sensações gostosas e de aparência bela como as águas de março; longa história — e um belo passarinho pequenino de penas mágicas que vinha lhe contar histórias comoventes de vez em sempre e escondia-se na bagunça matinal de seus cabelos cor-de-sol e cheiro de café. Falando em café, o daquela dia ainda enrolaria mais uns bons minutos ociosos na cama confortável, até criar coragem e levantar-se sem qualquer resquício de vergonha na cara amassada por ter dormido tão tarde na noite passada, com a desculpa de que o céu suplicava por atenção e não podia deixa-lo na mão. A mesma desculpa esfarrapada de sempre...

Idiota! Idiota!

Enid não era mulher de muitas convicções, mas de uma coisa tinha a pleníssima certeza: se arrependeria amargamente pelo resto de existência no planeta Terra ou qualquer planeta que fosse por ter permitido a calúnia que foi deixar Yoko Tanaka ensinar xingamentos constantes para Sebastião, o papagaio com fama de desbocado por xingar os vizinhos ao longe da janela do quarto azul de Enid e por não fechar a matraca o dia todinho. Mas esses eram meros detalhezinhos insistentes que faziam do seu dia mais completo e repleto de singularidades

— Bom dia pro senhor também, Sebastião. Tá bonito hoje, hein? Penteado novo?

O levantar da cama e os atos que se seguiram foram excepcionalmente preguiçosos. Envolta numa moleza sem tamanho de tão grande, a menina de cabelos cheirando a café-amargo-pela-manhã arrastava seus pés descalços no chão de madeira e apoiava-se em tudo que via pela frente, sem forças de ficar em pé por conta própria, resultando em um rastro de bagunça e destruição em massa deixados pelo caminho do quarto até o banheiro, cozinha, sala e vida. O mundo é bão, Sebastião! de seu amado Nando Reis, tocava ao longe em algum apartamento vizinho de bom gosto e então, a música servia de trilha sonora de pensamentos lerdos e café da manhã com uma grande xícara de ócio e pão quentinho recheado do viver mais puro que existe.

O mundo é bão, Sebastião! O mundo é bão, Sebastião!

— Te criei direitinho, né? — Sebastião balançava sua cabeleira verde-atrevido e repetia os versos acalentados de O mundo é bão, Sebastião!, enchendo a menina de orgulho enquanto uma animação instantânea e repentina explodia em seu peito. — O mundo é mesmo bão, Sebastião...

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⏰ Última atualização: Feb 17, 2023 ⏰

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