- Ela falou dele, sobre como ele... - ele dá um suspiro balançando a cabeça em negação - sobre como ele sofreu com a perda do filho. 

Eliza não falava nada, mas estava prestando atenção em cada detalhe dele. Bucky não sabia explicar mas se sentia a vontade com ela, num nível de poder expor o seu pior lado e seus piores crimes e assim não ser corroído por eles sozinho.

- Sr. Nakajima, eu matei o filho dele. E não consigo ter a decência de falar para ele a verdade, ao invés disso eu almoço com ele todas as quartas. Eu faço ele ser amigo do assassino do filho dele.

- Não foi você. - ela fala com convicção mas calma.

- Fui eu que puxei o gatilho - ele diz olhando nos olhos dela - e agora ele é um pai sem um filho.

- Por que acha que tem que falar para ele que foi você? O que acha que isso vai proporcionar?

- Porque ele enterrou o filho com a história mal contada da polícia, ele merece saber da verdade, talvez econtre um pouco de paz.

- Talvez não traga paz James, talvez não traga nada além de mais danos.

- Se fosse você, você não ia querer saber? - ele fala um pouco irritado com a opnião dela.

- Sem enterro, sem velório, sem bandeira no caixão ou arranjos de flores, sem homenagem, sem ninguém... - ela da uma risada fraca irônica, com lágrimas presas nos olhos - eu nem sei aonde ele foi enterrado. Eu só fiquei sabendo que ele tinha morrido 4 anos depois e quando eu soube o porque e por quem ele foi assassinado... - ela mira dentro dos olhos do dele, que consegue ver uma certa raiva no olhar - quando eu descobri eu não encontrei paz nenhuma Barnes.

-Então não, não acho que seja uma opção contar que foi você. - ela continua -  Você cometeu algumas coisas bem ruins, mas isso não te faz uma pessoa ruim eu sei disso. Você foi perdoado e é isso que vale.

- E isso não devolve a vida de nenhuma das minhas vítimas. 

Quando uma pessoa passa por um longo período sendo abusada emocionalmente ou fisicamente, na maioria das vezes consequentemente, o "abusado" se torna o "abusador" e se ele não abusa de outras pessoas, ele faz isso com si mesmo. Era isso que Bucky estava fazendo, um loop de tortura mental, repassando todas as vítimas, apertando o gatilho várias e várias vezes, cumprindo ordens que não existiam mais. Ele estava se torturando e Eliza sabia disso.

Num ato muito cauteloso ela se aproximou e o abraçou pelo pescoço, jogando suas pernas por cima das dele e descansando a cabeça em seu ombro. 

- Você é uma pessoa boa Bucky.

Isso fez o cérebro dele travar na hora, eram muitas informações, ele a tinha praticamente em seu colo, e estava muito, mas muito perto, podia até mesmo ouvir sua respiração, ele não tinha percebido mas seus braços estavam em volta dela a segurando com certa força, como se não quisesse perder aquilo. Sua mente tinha parado, mas seu corpo tinha reagido.

Bucky acordou com o barulho da chuva batendo na porta da varanda, era madrugada já mas eles permaneciam do mesmo jeito, Eliza acabou caindo no sono aconchegada nele e Bucky se deu por vencido pela noite também logo depois. 

Ele olhou para o rosto dela iluminado pela pouca luz da tela da televisão ainda ligada, tinha olheiras marcadas nos olhos mas parecia muito serena ali naquele momento, enquanto analizava cada detalhe do rosto da bisneta do Steve ali aconchegada em seus braços um raio cortou o céu, no momento em que se deu o estrondo ela abriu olhos acordando assustada.

Nada foi dito, apenas os olhos se encontraram, e os olhos dele foram inundados em um sentimento que ele não soube dar nome, tinham seus olhares vidrados um no outro sem se soltarem, quando ele se deu por si uma onda forte tinha o arrastado até os lábios dela, hesitantes primeiramente mas que logo abriram caminho para ele invadi-lá com sua língua. 

No segundo instante ela tinha as mãos ao lado do rosto dele impedindo que cessassem o beijo e aprofundando cada vez mais, enquanto ele a pegou pela cintura e a colocou deitada embaixo dele no sofá. Eliza sentiu o peso dele sobre seu corpo e sua respiração ficou pesada e quando ele deslizou a mão por sua coxa e apalpou sua bunda ela soltou um leve gemido que ficou abafado contra a boca dele.

Ao quebrar contato em busca de ar Bucky abriu os olhos e a encarou abaixo de si com os lábios avermelhados e molhados e os olhos em puro êxtase, em um impulso rápido ele se levantou se afastando dela.

- Me desculpe eu não sei o que aconteceu. - ele fala sem conseguir olhar no rosto dela, se tivesse olhado teria visto o a breve decepção.

- Tudo bem eu... - ela se endireita no sofá se sentando sem olhar para ele - eu não deveria ter ficado tão perto...

- Não, não. Isso não tem nada a ver com você. Eu realmente não sei... - ele passa as duas mãos no cabelo num ato nervoso - Eu preciso ir embora! Me desculpe!

- O que? - ela pergunta enquanto ele se dirige a porta - James, não! Você não pode ir embora no meio da madrugada nessa chuva.

Era tarde, assim que ela disse as últimas palavras ele já estava cruzando a porta do apartamento. Bucky deixou o apartamentono no meio da madrugada ainda sentindo a maciez dos lábios dela contra os seus.

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Deriva - Bucky BarnesOpowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz