C.1- Moony e Claws

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O homem andava desesperado de um lado para o outro tentando formular pensamentos sensatos, aqueles onde protegia a si, a Potter e a Leonora. O plano criado por Sirius era demasiado perigoso, porém era o único que garantia a morte de Peter.

Leo se sentia culpada pela ansiedade do padrinho, tendo em vista que fora ela que dedurou Potter com o Mapa do Maroto anteriormente, o que deixou o padrinho em alerta para confiscar o objeto de seu antigo grupo de amigos.

Remus Lupin parou por para encarar a afilhada por alguns minutos, tentando encontrar conforto nos traços de Sirius mesclados com Marlene. Os olhos azuis e fundos assim como o da McKinnon e os cabelos da cor da pelagem de um cão preto, como os de Padfoot. Era admirável como as crianças de seus amigos conseguiam deixar-lhe satisfeito de olhar, porém intrigado de acompanhar, sempre se metendo em confusões, assim como os Marauders, o apelido de James, Sirius, Potter e si mesmo na adolescência. Um grupo idolatrado da Sonserina.

Leonora segurou a xícara que repousará numa das carteiras da grande sala de Defesa Contra as Artes das Trevas e voltou a bebericar seu chá enquanto aguardava uma resposta do padrinho. Seria Lua-cheia e seus pais estavam a criar planos.

Era óbvio que ela ajudaria seu pai a se esconder dos dementadores a qualquer custo, mas arriscar o segredo de Aluado... Sirius teria mesmo de estar em apuros.

O vento do amanhecer se anunciava frio e calmo, mas o suficiente para fazer as janelas semi abertas ficarem batendo contra o cimento das paredes do castelo. Aquele era o único som audível ate que um suspiro anunciou a voz de Remus:

- Eu e seu pai tivemos uma... Conversa importante.- começou ele, tentando convencer a si mesmo que estava usando a combinação de palavras corretas.- Nos vimos pessoalmente, Leonora. Anos depois.- soltou de vez, ainda mantendo o olhar nela, agora como se a garota fosse um vaso de porcelana que estava tremendo antes de cair.

E era assim que ela se sentia. Prestes a cair. Transbordando informações que se transformaram em lágrimas silenciosas, tão silenciosas que Remus entendeu como permissão para continuar.

- Ele é inocente. Ele é inocente.- Foi aumentando o tom de voz, com o sentimento que estava a dizer a si mesmo. Estava vislumbrado pela verdade inquestionavel que havia extraído do amigo.

- Ele é inocente- repetiu Leonora sem expressões.

- Ele é inocente, Claws.

- Ele é inocente, Moony!- berrou Leo sorridente e quase eufórico pulado em seu padrinho para dar-lhe um abraço. Tal abraço deu a ambos o sentimento de familiaridade, ou melhor dizendo, conforto bagunçado. Nenhum dos dois nunca aceitará de verdade que Sirius havia matado Pettigrew e revelará os Potter, apenas fingiram tal coisa para conseguirem passar na sociedade.

Abraçar a afilhada, para Remus tinha gosto de passado, gosto de Sirius e Marlene. Abraçar o padrinho, para Leo, tinha gosto de futuro, um futuro com seu verdadeiro pai. E para os dois, cheios de cicatrizes, era o suficiente para viver.

-O que tenho de saber, padrinho?- perguntou desvencilhando-se do abraço após ouvir o som do sinal indicando o começo das aulas.

- Primeiro...- sorriu e abaixou mais a manga de sua camisa para secar as lágrimas velhas da garota que lhe deu um sorriso em troca.- Lave o rosto e coloque sua capa.- indicou com a cabeça o lavabo de seu escritorio e, as vezes, dormitorio.- Após suas aulas me encontre no Salgueiro-Lutador. Sozinha, por favor. - assim que ela se virou, chamou-a novamente.- Leonora- conseguindo a atenção , prosseguiu- Tenha um bom dia, querida.

- O senhor também, padrinho.

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⏰ Last updated: Feb 22, 2023 ⏰

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𝐋𝐚𝐬𝐭 𝐋𝐨𝐨𝐤- Draco MalfoyWhere stories live. Discover now