João Daniel.- Capítulo 01.

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— São vinte duas horas da noite e até agora o Joui não voltou.— Falo séria como em um tom de cansaço, não acredito que o Joui dormiria na casa da Erin denovo. Estava andando pela sala inquieta e meio nervosa.
— Minha querida, você não tá muito estressada não ? O Joui é um adolescente, ele tem que ter os momentos dele.— O Thiago fala tentando me tranquilizar, ok, o Joui é um adolescente mas ele precisa ter limites.
— Mesmo assim Thiago, o Joui precisa ter limites. Eu sou mãe dele e eu mandei ele chegar às nove horas e agora são vinte duas.— Suspiro fundo e me sento no sofá onde o Thiago estava sentado.
— O que você acha de ligar para a Erin ? - Questiono.
— É uma boa ideia.— Ele acende o cigarro
Procuro o nome dela na minha lista de ligações, ligo para ela e a chamada chama por 8 segundo e eu escuto sua voz animada.
- Oi tia ! O que que tá pegando ? — Ela questiona bem animada e com uma voz meio embriagada.
- Oi amor da tia, o Joui tá aí ? — Questiono.
— Tá sim tia, ô JoJo ! Vem falar com a sua mãe otario.- Ela grita no celular e eu afasto um pouco.
— Oi mamãe.— Escuto a voz do Joui meio embriagada e eu penso em matar ele mas me seguro.
— Você vai dormir aí Joui ?— Questiono meio brava.
— Vou mãe, tá tarde pra voltar pra casa.— Ele diz e eu suspiro
— Tá bom Joui Jouiki ... qualquer coisa me avisa que eu mando o Thiago ir te buscar aí.— Falo séria e ele só diz " aham." vontade de matar esse moleque.
Desligo o telefone, suspiro, me levanto em direção a cozinha e pego um João Daniel.
— Eliza, as vezes você é muito dura com o Joui, ele só tem 19 anos minha querida.— O Thiago diz e olha para mim.
— Não é questão de ser dura com ele, é questão de por limites. Desde que ele começou a andar com o César, Arthur... não falo da Erin por que eu gosto dela, mas esse Arthur e César são pessimas influencias para o nosso menino.— Suspiro fundo e dou um gole em minha bebida
— Pareceu uma mãe falando.—Ele diz e da um sorrisinho.
- Ah sério Thiago ? E eu sou o que ? Um paralelepípedo ? Você anda mais burro que o normal.— Falo com ironia na voz e ele sorri debochado.
- Na minha visão, você é um quadrado.- Ele diz e debocha de mim.
- Thiago, não fala comigo não, namoral.- Dou um gole na minha bebida.
- Tu debocha, eu debocho. - Ele diz animado e eu dou um sorrisinho disfarçado.
Eu bebo quatros garrafas de João Daniel e eu começo a me sentir bebada, o Thiago também estava bebado.
— E como vai a vida amorosa meu querido ? —Questiono de repente.
— Acho que tem uns três meses que eu não transo, falando sério.— Ele diz e eu dou uma risadinha.
— Perguntei sobre vida amorosa, não vida sexual, nesse quesito eu tô pior que você.— Dou um sorrisinho.
— Ah minha querida, sei lá.— Ele diz e da uma risadinha
— Quer tomar banho de chuva ?— Questiono olhando pra janela que estava molhada pela chuva.
— Tem certeza que você é a Elizabeth Webber que eu conheço ? — Ele sorri.
— Qual é Thiago ? Aproveita que eu estou fora de racionio comum.- Me levanto, pego na mão dele e abro a porta do apartamento.
A gente vai descendo de mão dadas até a porta do bloco, eu vou caminhando até a chuva junto com ele e ele parecia estar muito feliz.
— Quer dançar igual aqueles filmes românticos? — Ele questiona
— A gente não namora e eu não pareço aquelas loiras de filme americano onde tudo tá certo.— Suspiro e vou caminhando na chuva
— E quem disse que a gente precisa ser um casal e você precisa ser loira ? Tá chapando?— Ele diz com ironia
— Tá bom Thiago, " vamo " fingir que termos dezenove anos denovo. - Falo com ironia também.

Nossos vícios e virtudes.- LizagoWhere stories live. Discover now