Primeiro

452 52 32
                                    

Sana abriu seus olhos ao escutar o choro insistente do bebê

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

Sana abriu seus olhos ao escutar o choro insistente do bebê. Notou o quarto escuro demais, o breu alastrando o cômodo, mas aquilo não incomodava tanto quanto o choro alarmante que a acordou.

Estendeu o braço instintivamente, apalpando os cobertores à procura de Mina, sentindo o corpo quente perto do seu. Ainda de olhos fechados, escutou o resmungo, o movimento preguiçoso na cama em meio de um "é a sua vez", vindo da mais nova (embora soubesse que precisaria levantar também). 

Ainda no torpor, sentou na cama, colocando as pernas para fora do colchão, captando o chão gelado em contato com seus pés. Bocejou, passando as mãos no rosto, tentando manter-se acordada, o dia cheio fazendo-a repudiar outra coisa que não fosse descanso.

Se espantou ao sentir alguém puxar a barra da sua camiseta, tentando chamar atenção. Ao abrir os  olhos e se acostumar com a escuridão que cercava o quarto, pôde enfim fixar no culpado. Ele coçava os olhinhos, enquanto segurava o ursinho azul em uma mão. Pela pouquíssima visão que se podia ter, notou o cabelo bagunçado, o beicinho choroso e Sana sentiu o peito apertado, se movendo para ligar o abajur. 

— Mamãe... — Han murmurou sonolento, ainda puxando a camiseta da japonesa, os olhos marejados. — Minji não me deixa dormir. 

Percebeu a forma calma que o filho havia ditado o problema com sua nova companheira. Com seus seis anos, não conseguia suportar muito bem os choros que não fossem dele mesmo. 

Suspirando, levantou e estendeu a mão ao garoto, vendo-o sorrir minimamente e agarrar com afinco. Ajudaria no problema, de todo modo.

Com o sono ainda em si, ligou as luzes do apartamento, caminhando até o recinto que causava insônia ao menininho. Ao entrar no outro quarto e ligar a luz, sorriu achando graça de Han, ao vê-lo colocar suas duas mãozinhas nas orelhinhas, por causa do bebê chorando. 

A castanha logo caminhou até a filha, vendo-a desperta e agoniada no berço ainda grande para si.

— O que foi, meu bem?  — sussurrou ao pegar o bebê no colo e acalentar o corpo de forma que percebesse estar confortável. — Não consegue dormir?

Sana tentou acalmá-la, balbuciando a musiquinha que sempre cantava, balançando-a ternamente. Em todo ato, notou o olhar atento e curioso de Han, que fez um biquinho. Nayeon e Kyungsoo haviam dito diversas vezes que o pequeno estava tendo ciúmes. Era uma situação complicada e nova.

— Está tudo bem, querido?

Ele então cruzou os braços, aumentando o bico. Assim, sabia que estava idêntico a ela quando fazia drama; Han era a sua cópia, ninguém poderia dizer o contrário.

Se virou brevemente quando Mina surgiu no quarto, os olhos cerrados pelo sono latente. As duas mal tinham dormido direito naqueles meses, desde que Minji havia nascido e, nas últimas semanas da gestação em que Mina se sentia desconfortável em qualquer posição, a insônia tinha se tornado seu sobrenome. Sentia falta do que era dormir a noite inteira, de como foi na época de Han, que Sana não tinha sofrido tanto nos nove meses e, somente nas duas primeiras semanas que Han acordava de madrugada, o resto se resumindo na tranquilidade delas em desmentir os amigos quando diziam que viveriam com sono depois do filho.

Irmãozinho Mais Velho (misana)Where stories live. Discover now