Capítulo 2.

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Valentina B.

Acordo com o som estridente da minha campainha tocando, e me pergunto quem estaria em minha casa oito horas da manhã, mas não me preocupo em atender porque sei que Antônia já vai fazer isso.

Segundos depois ouço batidas na porta do meu quarto, e sabendo que é Antônia, a mando entrar.

— Bom dia, filha. Tem um menino com cabeça de periquito lá embaixo procurando por você. — eu me levanto da minha cama em um sobressalto e só consigo pensar em uma pessoa. Antony.

Antony. S

Assim que vejo que o sol nasceu eu levanto da cama pra dar conta do meus corre.
Tomo um banho e saio de casa rumando o barraco do Paquetá.
Chego e vejo a casa toda fechada e logo bato no portão do vagabundo que eu considero meu irmão.

— Bota a cara aí seu viado — falo alto pra conseguir acordar o moleque

— Qual foi antony? — ele abre a porta da casa sem camisa e com o rosto amassado.

Entro dentro da casa mesmo sem ser convidado e abro a geladeira pra pegar um copo d'água.

— eu quero o endereço daquela morena que tava aqui ontem

— pra quê antony? Já não tava tudo resolvido? Ela não vai tretar mais contigo não, mano

— não quero saber, eu emprestei meu casaco pra aquela piranha e agora ela vai ter que devolver. Vai, adianta porra — eu apresso ele, sem paciência

Vejo ele pegar o celular e sinto meu celular vibrar no bolso, é uma mensagem dele com o endereço da novinha metida a louca.

— já é — falo saindo da casa dele e ouço ele falar:

— cuidado com o que você vai fazer com ela, antony, a mina é sangue bom.

Ignoro a fala dele e começo a descer meu morro cumprimentando cada um que passa por mim

— fala seu João — cumprimento com um aceno o dono do bar que eu costumo frequentar depois das missão, pra comemorar — e os netos, como tão?

— tão bem graças a Deus, acabei de deixar eles na escolinha — dou um sorriso pro homem

— coisa boa né... mas vou indo porque tenho uns corre pra resolver — me despeço do homem

— se cuida menino, vai com Deus

— amém, fica com ele também

Quando estou perto do começo do morro, mando um rádio pra boca

— coé, boca, ajeita minha moto aí que já tô chegando

— já tô na responsa aqui, chefe

— já é

Desligo o radinho e coloco no bolso, continuando a descer o morro até encontrar o adolescente com minha moto.

— cadê?

— tá aqui papai — vejo minha BMW S 1000 R de 900 cilindradas já ligada só esperando pra ser usada

— Tamo junto menó, fica de olho aí que eu tô saindo pra resolver meus bagulho. Qualquer coisa me liga na hora — digo subindo na minha motocicleta e colocando o capacete

— Vai lá, vai lá. Pode deixar que eu fico na responsa com os mano aí — ele fala se referindo aos meu comparsas que ficam no pé e no topo do morro.

— Fé — abro a mensagem pra olhar mais uma vez o endereço do meu destino e saio fazendo barulho.

Depois de uns 7 minutos eu chego em frente a uma mansão toda feita de vidro preto e desço da moto.

Valentina. B

ao perceber que o dono do morro do vidigal tá na porta da minha casa eu vou correndo pro meu banheiro tentar ao menos escovar os dentes e limpar o rosto.

— Manda ele entrar e me esperar na sala, Antônia— eu grito de dentro do banheiro com a escova de dente na boca

Depois de 3 minutos no banheiro eu saio andando em passos rápidos e desço o lance de escadas e me xingo no meio do caminho quando lembro o pijama que eu estava usando. Penso em voltar no quarto pra mudar de roupa, mas já não dá mais. Os olhos de antony estão me olhando de cima a baixo.

— é piranha mas é gostosa pra Caralho — Antony fala em voz baixa mas eu consigo ouvir

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— é piranha mas é gostosa pra Caralho — Antony fala em voz baixa mas eu consigo ouvir

— o que você tá fazendo na minha casa?

— eu vim pegar meu casaco, que infelizmente eu emprestei pra uma mal agradecida do caralho

— eu não te pedi nada — eu dou uns passos ficando cara a cara com o platinado — você que quis me emprestar

— é uma puta mesmo — ele da uma risada desacreditado — se adianta, que se eu olhar mais um minuto pra tua cara tu vai ganhar um olho roxo

Eu o encaro por um segundo e dou as costas, subindo a escada pra pegar o casaco no meu quarto.
Eu sinto o olhar dele sob mim e olho pra trás o vendo olhar pra minha bunda, reviro os olhos e começo a andar mais rápido.

Entro no meu quarto e depois de caçar o casaco por uns 5 minutos não encontro em lugar nenhum. Resolvo olhar na minha cama e sacudo as cobertas e em segundos o casaco cai no chão. Bom, parece que eu dormi com ele, mas o filha da puta do antony não precisa saber disso.
Pego o casaco e desço a escada novamente.

— aqui — estendo a peça de roupa e ele pega, logo em seguida colocando no corpo — como você achou meu endereço?

— o teu amiguinho me deu — vejo ele enfiar a mão no bolso e tirar uma chave com um símbolo da BMW de lá.

Ele sai andando rumo à porta de saída e sobe na sua moto. Antes dele sair eu falo:
— espera — ele me olha depois de colocar o capacete — me desculpa por ontem, eu errei em te bater, mas você também errou em vir pra cima de mim.

Ele me olha e eu espero um pedido de desculpas de volta, mas a única coisa que ele fala é:

— eu nunca tô errado, gatinha, melhor você entender isso logo — e sai arrancando com a moto, e em segundos a única coisa que sobra dele é o som alto de sua motocicleta.

No caminho pro seu morro, a única coisa que antony consegue pensar é na morena que teve coragem de lhe enfrentar. Como nem uma outra fez. Antony ainda vai fazer ela ser dele, custe o que custar.

1: eu não tô fazendo essa fanfic pra pegar views, claro que seria legal também, mas eu tô fazendo mais pela minha diversão.
2: se vc quiserem sugerir algo podem me falar que eu acrescento
3: eu vou tentar fazer capítulo maiores pra não ficar com muitos capítulos; de qualquer forma, a princípio, a fanfic não vai ser tão longa

Dono do morro e da minha vida - Antony.Where stories live. Discover now