• CABANA •

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Olá!! Quase dia 22, eu sei! 😅

🌨️

Lá fora o vento estava bem forte. Podia-se ouvir os galhos chocando nas paredes e no telhado da cabana.

Era pequena. Havia uma saleta onde a lareira ficava e, por sorte, estava em brasas, havia madeira seca para ser usada. Duas poltronas e uma pequena mesa. Nas paredes um quadro de avisos e outro com algumas chaves, tinha também um agasalho com o logotipo do resort. Era mesmo um posto de vigilância.

Rafaella foi até um pequeno armário nessa saleta e encontrou lanternas, pilhas e até velas, luvas, um boné dos Nuggets de Denver. Bianca riu ao vê-la colocar aquilo e ficou curiosa com as descobertas da loira.

- Tem algum rádio de comunicação? - aproximou-se ajudando a procurar.

- Não temos sinal de nada, não é?... - pegou o celular e constatou o que era óbvio naquela situação.

Havia uma estação de comunicação, pelo menos era o que parecia, a mesa maior com um comunicador e um monitor pequeno. Ao lado um computador e dois rádios comunicadores.

Bianca foi até a mesa e sentou-se examinando aqueles equipamentos. Girou os botões e conferiu se o computador estava ligado.

- Que bom! Ainda temos energia.

- Algum sinal de wi-fi ou coisa parecida? - Rafaella foi até lá e parou atrás da cadeira da morena em pé olhando ao redor.

Uma pequena cozinha com fogão e microondas, um frigobar e alguns utensílios sobre uma prateleira na parede. Sobre o fogão uma chaleira, a loira foi até lá e tocou.

- Morna... - franziu o cenho - Estranho, parece que foram pegos de surpresa...

- E parece que essa é das grandes... - Bianca desligou o computador e olhou o próprio celular - Não vamos conseguir nos comunicar com ninguém desse jeito.

- Bom... - Rafaella sorriu - Temos comida e água! - exibiu um galão cheio e duas caixas ao lado do fogão onde encontrou alguns enlatados. Bianca abriu o frigobar e riu alto.

- Temos queijo, cerveja e uma barra de chocolate pela metade. - fechou notando uma porta ao lado. Abriu - Temos água quente... - Rafaella parou ao seu lado e olhou para o alto observando o encanamento.

- Só se a lareira estiver acesa...

O lugar era de um cômodo apenas e o que notaram por último foi uma cama de solteiro num canto mais escuro da cabana. Era de ferro e molas, um colchão fino e alguns cobertores.

- Precisamos avisar que estamos bem. - a morena tinha o tom de preocupação e Rafaella tentou novamente usar os equipamentos da estação.

Depois de girar o botão de frequência algumas vezes ouviram um chiado e aproximaram-se atentas. A loira pegou o headset e conectou tentando fazer contato.

- Olá?!... Alguém me ouvindo?!... - receosa ela olhou para Bianca e ficaram  silêncio até tentar novamente - Alô?! Alguém na escuta?

Quem está aí?

A voz de um homem veio em meio a um zunido estático, mas era nítido.

- Oi! Estamos falando de um posto de vigilância na montanha!

Digam seus nomes, por favor.

- Rafaella Kalimann e...

- Bianca Andrade.

- Somos hóspedes do resort.

O chiado aumentou e a comunicação começou a falhar.

Não tentem sair, senhoras. Registramos seus nomes e assim que for seguro vamos até vocês. Repito: não tentem sair do posto.

Nevasca Where stories live. Discover now