E desde então a gente vem mantendo uma certa rotina com as mensagens. Não o tempo todo porque ele está ocupado com os treinos, mas sempre que tem um tempinho, meu celular vibra e eu sei que é uma mensagem, provavelmente aleatória para tentar me animar, do Richarlison.

Ele faz questão de me mandar mensagem, principalmente depois do meu desabafo sobre me sentir mal com tudo que rolou com meu ex-namorado. Richarlison agora está numa luta para sempre me deixar distraída.

Hoje não foi diferente.

A gente estava conversando pelo Instagram durante o voo, falando mal da comida horrível daquela companhia aérea quando Richarlison disse que faria de tudo para ter um banquete decente ou comer qualquer coisa boa de verdade.

Foi, então, que eu sugeri um piquenique só de doces e ele topou de cara.

Ficamos meia hora decidindo o lugar para nos encontrarmos e encher o sangue de açúcar e nada parecia bom o suficiente.

Meu quarto não dava porque, mesmo em outro país, eu ainda precisaria dividir com Gabrielle.

No quarto dele também não dava porque é um corredor cheio de quartos hospedando os jogadores. Tudo que menos queremos é que interpretem errado nossa aproximação e isso de alguma forma nos prejudique.

Foi então que a ideia do terraço brotou na cabeça de Richarlison e eu concordei sem pestanejar. Era a escolha ideal.

Agora estou aqui, esperando por ele.

Eu trouxe uma toalha para forrar no chão, mas acabei me sentando sobre o parapeito onde a vista é mais bonita e a sensação da brisa batendo na nuca bem-vinda.

Já estou quase pegando o celular para mandar mensagem para Richarlison quando escuto uma música soando, uma música brasileira com batida contagiante, se aproximando cada vez mais de onde estou.

E ao olhar para a porta que dá acesso ao terraço, a vejo sendo aberta e um homem com a camisa azul de treino da Seleção Brasileira e uma JBL do tamanho de uma coxa apoiada no ombro sai aqui pra fora.

— É que nois é prostituto, puto sem vergonha. O que nois mais gosta é muito sexo e maconha! — canta Richarlison apontando para o céu com o polegar e o indicador enquanto se aproxima de mim dançando.

— 'Tá querendo avisar todo mundo que estamos aqui? — pergunto, contendo uma risada por ele ter vindo com uma JBL gigante sem nem se importar se seria visto ou julgado. De alguma forma, isso é muito a cara dele.

— É assim que anima os nervos num pré-jogo, Titezinha — ele retira a JBL do ombro e a coloca no chão aos meus pés, se abaixando para conseguir diminuir o volume. — 'Cê viu que tem uma placa na porta da escada?

Tentei não dar ênfase ao fato de ele estar praticamente ajoelhado ao meus pés, mesmo que não seja intencional, porém é impossível não se sentir quente com um homem tão gostoso desse a poucos centímetros de distância.

O olhar de Richarlison é... puta merda, não sei descrever, mas é como se ele quisesse me olhar o dia todo sem se incomodar com isso. Como se me admirasse. Eu me sinto admirada. É loucura achar isso?

Não respondo o que pergunta, por acabar me perdendo em raciocínio ao olhar para seus olhos e me sentir atraída.

— "Proibido a entrada de hóspedes." — Ele completa, me informando sobre o que não vi quando subi.

Pisco algumas vezes para me concentrar na conversa.

— Sério? — Não me atentei a porta quando subi até aqui, eu só subi. — Nem vi.

MAGNATA ━ richarlison (EM PAUSA)जहाँ कहानियाँ रहती हैं। अभी खोजें