#𝟎𝟎𝟑 𝐈𝐓'𝐒 𝐍𝐎𝐓 𝐖𝐇𝐀𝐓 𝐘𝐎𝐔'𝐑𝐄 𝐓𝐇𝐈𝐍𝐊𝐈𝐍𝐆

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─ Certo. Vou buscar um tapete para limpar essa bagunça. ─ e de repente eu e Louis estamos sozinhos no mesmo ambiente novamente. 

Ela sai e o silêncio que cerca o ambiente é sufocante. Olho para o chão mas me sinto mais envergonhado ainda de não estar falando com ele, mesmo que no fundo eu acho que ele está em silêncio por estar processando a cena, mesmo assim subo meus olhos até sua figura. Ele me analisa com um olhar peculiar, me deixando curioso para descobrir no que ele pensa. Suas sobrancelhas estão franzidas e acho que me perdi em como ele se parece, só saindo da minha bolha quando sua voz ecoa pela loja.

Harry. ─ meu nome soa diferente na sua boca. ─ O que foi isso?

A risada estrangulada sai tão rapidamente da minha boca que meus pulmões ardem.

─ O que foi? Só não é um bom dia. ─ meus olhos fogem do seu olhar acusátorio. Sinto como se estivesse nu...e pensando bem, isso não foge muuuito da verdade quando lembro do meu tórax descoberto. ─ Pode me passar a camiseta, por favor?

Ele olha para a minha camiseta no chão rapidamente e volta seus olhos aflitos para os meus perdidos.

─ Não é disso que eu estou falando... é que por um minuto você-

─ Louis. A camiseta, por favor. ─ repito entre dentes, o interrompendo.

Ele suspira em derrota sabendo que não aprofundarei o assunto e encara de novo a camiseta. Encara a camiseta, me encara, a camiseta, eu, a camiseta, eu de novo.

─ Não tem como você usar isso. Ela tá encharcada de café.

─ Não tenho muita opção e isso parece melhor do que sair por ai sem camisa nesse frio polar. ─ dou risada e ele não retribui, parecendo preocupado.

Aquele vinco não vai sair da testa dele nunca? Ele vai ter rugas.

─ Eu devo ter algo no meu carro para você usar. ─ sem ponderar ele tira o moletom verde musgo do corpo. O movimento faz com que a blusa de malha preta que ele tem por baixo suba um pouco e mostre o elástico vermelho da sua cueca. Por Deus. Como um pedaço de tecido pode fazer com que o frio que eu sentia antes desaparecesse dos meus poros?

─ Levanta os braços. ─ ele diz e eu dou risada, uma genuína dessa vez.

─ Eu sei me vestir, Louis.

─ Caralho, tem como parar de ser tão marrento e levantar a porra do braço? ─ ele diz sorrindo e eu abro a boca em choque.

─ O renomado professor de literatura blasfemou. Que feio, Tomlinson. ─ levanto os braços e ele coloca a blusa em mim, ainda fazendo questão de subir o capuz.

Ele é poucos centímetros menor do que eu, mais ainda assim sua blusa cai como luva no meu corpo. Sinto como se estivesse sendo mergulhado em um vidrinho de seu perfume.

─ Você vai ficar com frio sem seu moletom. ─ digo.

─ Não vou, eu sou quente. ─ ele mesmo percebe a estranheza da fala e franze as sobrancelhas quando eu arqueio as minhas. ─ Você entendeu.

Eu não iria refutar. Em nenhum dos sentidos. Eu sei que ele é quente.

─ Já vamos para o carro, eu só vou passar essas coisas no caixa, ok? ─ ele diz. Reparo pela primeira vez o que ele carrega em suas mãos, sendo isso um pacote de 'Skittles' e uma caixa lacrada de camisinhas.

𝐀𝐅𝐄𝐓𝐑𝐎𝐏𝐈𝐀 ── larry stylinson.Onde histórias criam vida. Descubra agora