Capítulo 6: As intenções de Zyan

Começar do início
                                    

Alguns minutos antes dessa conversa da rainha com o rei, o príncipe Zyan saiu da sala do trono com uma cara um pouco descontente com a decisão de seu pai, mas não desistiria tão fácil assim do seu objetivo.

— E então príncipe Zyan, o que sua majestade decidiu fazer com a humana? — Um dos guardas perguntou assim que o príncipe surgiu diante eles.

— Ele... — O príncipe pensou no que dizer, se ele falasse que o seu pai autorizou a humana a sair da ilha com vida, a mesma poderia realmente fugir, acreditando que não precisaria mais da proteção de Zyan para viver, afinal ninguém iria contra as ordens do rei, mas deixar que a humana fosse embora tão rapidamente, não é o que Zyan quer, então ele omitiu. — Ele decidiu que a humana pode ficar viva por mais um tempo, até ele decidir o que fará com ela.

— Ham, que estranho, o rei sempre é bem decisivo. — Outro guarda falou pensativo.

— Não se preocupem, até os reis são indecisos às vezes, nada de mais. — O príncipe falou simplesmente. — Ah, eu quero que vocês façam algo para mim. — Ele disse ao lembrar, então se aproximou dos seus guardas e cochichou somente para eles ouvirem: — Quero que vão até o vilarejo de Kotlas e arrumem um navio para mim, é bom que ele esteja em perfeito estado, quando eu precisar dele direi a vocês para deixarem o mesmo na costa noroeste de Eclin, entenderam?

— Mas para quê o senhor quer um navio? — Um deles perguntou baixinho.

— Vocês não precisam saber o motivo, apenas quero que me arranjem um navio, e lembrem-se isso não é um pedido, é uma ordem. — Zyan falou com um semblante sério.

Os guardas suaram frio, aterrorizados com o semblante mortal e feroz do príncipe, então Zyan sorriu e deu uma batidinha no ombro dos dois deles.

— Conto com vocês. — Ele disse sorridente. Pegou Ana pelo braço e saiu andando, então lembrou-se de algo, parou e se virou para eles que ainda permaneciam parados atônitos. — Se eu fosse vocês sairiam agora, o vilarejo de Kotlas fica longe e vocês sabem que é perigoso sair a noite.

— S-Sim, majestade, estamos saindo agora. — Eles falaram e se apressaram em sair da presença do príncipe.

— Vamos? Você deve estar só sal e areia, é bom eu pedir para as serviçais te prepararem um banho. — Zyan sugeriu.

— Não obrigada, Eu não curto banhos de língua. — Ana respondeu.

Zyan deu uma risada devido o comentário da humana e logo explicou o mal-entendido: Não se preocupe com isso, também tomamos banho com água e ervas perfumadas.

— Sendo assim, eu aceito o banho. — Ela respondeu.

— Ah! É mesmo! — Zyan fez ao lembrar de algo e virou-se para Ana, ela parou para ouvir o que ele falaria ou faria, então o príncipe ficou diante dela com seus um metro e setenta cinco, ela se sentiu uma formiguinha com seus um metro e sessenta e três. Zyan pegou as algemas e as quebrou, surpreendendo Ana com sua imensa força. — Pronto, eu acho que você deve estar mais confortável assim. — Ele falou com um sorriso gentil.

— Obrigada! — A capitã falou se fazendo de firme, mas a verdade é que ficou estupefata com a cena, mas não demonstrou.

— Por nada! Agora podemos ir. — Ele falou voltando a caminhar na frente dela.

— Você não não tem medo de que eu fuja e mate você e o rei? — Ana perguntou.

— Medo? Eu não, quem deveria ter medo é você, está cercada de monstros que pela lógica do mundo não deveriam existir sem saber onde arranjar um navio para você fugir, e não importa para que lugar você fuja, toda essa ilha é cheia de felinos mutantes e além disso, também está cheia de animais selvagens como cobras venenosas, ursos e até mesmo crocodilos nos rios, então se você for uma humana esperta, saberá que fugir não é uma boa ideia. — O príncipe argumentou.

Ana Bonny e o Reino de PhelídiaOnde histórias criam vida. Descubra agora