"Cattleya? O que acha?" perguntou para esposa.
"Ah, o nome da antiga imperatriz! É um ótimo nome." A mulher olhou para mim, com um sorriso gentil, ela disse, enquanto pegava na minha mão desocupada. "Bem-vinda a nossa pequena família, Cattleya."
Em todo momento não deixei de olhar interrogativamente, o que estava acontecendo? Tal pergunta não saía da minha cabeça. Essas pessoas definitivamente são os mesmo personagens que criei nos meus livros, até mesmo seus trejeitos e a forma de falar são parecidos. Estou sonhando, só pode.
Parece que pensei tanto que acabei sonhando com eles. Quando despertar, estarei no meu quarto, a facada seria apenas um pesadelo seguido de um sonho estranho. Pensando bem, não lembro de ter escrito que esses dois tinham uma filha chamada Cattleya, tal criança não era criação minha. Sempre deixava minha história em aberto, deixava que os fãs imaginassem o que aconteceria depois da última página. De certa forma, ocorreu em A Santa Entre as Rosas, apenas descrevi que Robert e Katherine haviam criado uma família. Como? Isso deixou em aberto para os fãs pensarem na composição familiar a vontade, todavia mudou quando escrevi a sequência descrevia que fim levou os antigos personagens. Não dava muitos detalhes, pois o foco era principalmente no Leonel e consequentemente na Élia. O último capítulo de A Rosa Solitária, foi apenas o casamento deles, ao qual todos os personagens que apareceram de A Santa Entre as Rosas e A Rosa Solitária estão presente. O que passou com eles deixei para a imaginação dos leitores.
E foi nesse capítulo que dei uma manchada na personalidade de Katherine, desconstruindo ou ressignificando ela. Pois achei que isso ficaria mais interessante, contudo não havia razão para fazer essas mudanças no final do livro. Alguns leitores não perceberam, outros ficaram confusos, porém, nunca revelei exatamente o que Katherine sentiu no dia do casamento de Élia e Leonel.
Pensando no que poderia ter acontecido comigo, eu dormi. Inicialmente parecia ser um sonho normal, que ao final ficou um tanto quanto confuso. A paisagem era branca, não havia céu, apenas o chão com flores. Ao fundo, um grupo de pessoas me olhavam, não estava muito longe, todavia quando eu a olhava-vos, as figuras estavam embaçadas. Uma dessas figuras, ao qual identifiquei como um menino, começou a correr em direção a mim. Outros, olhavam para o menino de uma forma surpresa, suas bocas mexeram.
"Não podem se aproximar, agora." Não houve nenhum som, mas sentia ser isso o que eles queriam dizer para o menino. Mesmo assim, a criança continuou a correr na minha direção, fiquei parada fitando-o ao mesmo tempo, que ele vinha. Ao fundo, via que o chão começa a cair, o grupo de pessoas também caíram, o menino corria conforme o chão desaparecia. Finalmente o chão alcançou e ele estendeu sua mão, inconsciente corri em sua direção e peguei sua mãozinha."Que bom você esteja aqui." o menino sussurrou. "Todos estão feli..."
Não sabia quem era a criança, sua existência estava toda borrada, antes de terminar sua frase, ele caiu no limbo. Quando senti o chão desfazer diante de meus pés, acordei no meio da noite. A lua refletia através da grande vidraça, senti os olhos grandes de uma coruja me olhar. Olhei em volta e não via nada além das sombras da luxuosa mobília daquela mansão. Minha mente estava confusa em não ter acordado no hospital. Tentei me levantar, porém, falhei miseravelmente. Novamente fitei o ambiente e vi algo em cima de mim; mobile nas formas de luas, estrelas e sóis, feitos de algum tipo de cristal translúcido.
Que porra é essa?
Estava silencioso, apenas ouvia o som da noite cantante; agradavelmente nostálgico. Até ouvir o som insuportável de uma criança chorona. Queria dormir para despertar no mundo real, a criança não parava de chorar até escutar a voz de uma mulher cansada.
"Sua vez."
"Deveria ser você. Queria que ela dormisse conosco." disse o homem entre dormindo e acordado.
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Sou Autora desse Mundo
FantasyRenasci como a filha do personagem que causou minha morte indiretamente. Por causa de Leonel, meus fãs fizeram a minha vida um inferno, até isso causar a minha morte. Eu criei minha própria mitologia nesse universo, porém parece que esses deuses acr...
Capítulo 1 - O Meu Mundo
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