Capítulo 20 - A caminhada

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— Me solta! — pede olhando-o com seriedade.

A dor dilacerava seu coração, vê-lo aflito estava piorando tudo, só queria sair dali o mais rapidamente.

— Eu não quis dizer aquilo, não quis compará-las! — Belzebub fala desesperado fazendo-a rir amarga.

— Não tem comparação! — sussurra triste colocando o vestido pensativa.

Claro que não tinha, Lilith era a mulher que ele amava, enquanto ela era... era... não queria pensar nisso, suspirando olhou para o deus que tinha um olhar triste no rosto.

— Vou voltar para o submundo, estarei no meu quarto, não se preocupe que não irei fugir ou qualquer coisa disso, preciso dormir... — murmura para o deus que sacode a cabeça negando com o olhar torturado.

— Não! Por favor dorme aqui, Aine eu não quis magoar você! — O deus fala pegando o rosto dela entre suas mãos.

— Não intencionalmente, mas magoou e eu quero ficar sozinha — da um sorriso triste tirando as mãos de seu rosto.

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O olhar mantinha-se fixo na escuridão, sua mente não parava de lembrá-la das palavras do deus, às vezes, perguntava-se se valia a pena, todo aquele sofrimento, aquela dor, não que ele não valesse, mas parecia sentir mais que ele, lutava mais que ele, entendia os motivos dele ter medo, no entanto, doía sempre que ele se lembrava da deusa, como se ela fosse um exemplo, mirou o olhar para o lado vendo um espelho, curiosa levantou-se despindo-se para olhar-se.

— Claro que está tudo curado — a voz ecoou pelo quarto, as veelas tinham poder de cura, não ficaria machucada por muito tempo, aqueles machucados não eram nada perto dos que tinha após os treinamentos de combate, por isso sentia nenhuma dor, isso também era por sempre curar-se sem nem perceber.

Jogou-se na cama mantendo o olhar para o teto, concluiu que seria uma longa noite, seus pensamentos eram como uma tempestade sem saber para que lado ir, preferia adormecer, mas toda vez que fechava os olhos, lembrava da fala dele, sentia-se exausta, queria esquecer, só fechar os olhos e esquecer um pouco.

Um longo tempo depois uma batida foi ouvida assustando-a, olhando em sua direção notou que já era dia e não dormira nada, suspirando pegou um robe indo atende-la, já sabia quem era, não estava com a mínima vontade de vê-lo logo no primeiro horário da manhã.

— Oi! — o rosto do deus demonstrava cansaço como se não tivesse dormido nada também.

— O que quer? — fora grossa sabia, no entanto, não estava com menor saco para bajulá-lo.

— Queria saber como... como está — o deus fala agoniado fazendo-a revirar os olhos.

A irritação apareceu em seu rosto deixando-o vermelho, sem responder arrancou o robe mostrando o corpo sob o olhar atento do deus.

— Como pode ver as simples veelas tem poder de cura, agora vaza — fala com raiva fechando a porta.

— Aine espera! — o deus fala segurando-a rapidamente.

Suspirando descontente desiste de fechar a porta, entrando no quarto vai em direção a cama enrolando-se no lençol, com timidez o deus entra no quarto ocasionando em uma onda de raiva em seu ser.

— Fala logo o que você quer e sai daqui! — rosna assustando-o.

— Eu me preocupo com você! — o deus retruca agoniado fazendo-a rir sem emoção.

— É mesmo? Engraçado... para quem se preocupa comigo... você me machuca demais, não acha? — pergunta irônica.

— Eu me descontrolei, não queria feri-la! — o deus fala em desespero.

O Experimento do DeusWhere stories live. Discover now