Malfoy franziu a testa
- Potter- ele começou
- Chá? - interrompeu Harry. Malfoy piscou
- Eu...sim. Obrigado
Ambos ficaram em silêncio enquanto Harry se movimentava com a chaleira. Harry percebeu que sabia como Malfoy tomava seu chá, ou pelo menos, como o tomava em Hogwarts:
- Forte, com um salpico de leite e sem açúcar - disse ele - como você fazia na escola
- Eu sempre soube que você me observava - disse Malfoy
- Você também me observava - disse Harry defensivamente
- Todos observavam você
Harry colocou as duas canecas na mesa e sentou-se em frente a Malfoy. Mesmo com o hematoma florescendo em sua pele, ele era a coisa mais bonita que Harry já tinha visto. Não é à toa que Harry passou seis anos obcecado por ele. O quão conveniente foi que Malfoy realmente havia acabado aprontando algo - caso contrário, Harry teria sido apenas um - sendo honesto com Deus - perseguidor comum
- Potter - Malfoy começou de novo, mas Harry não o deixou continuar
- Oque diabos você está jogando, Malfoy, dizendo a Scorpius que está tudo bem e normal? Que você merece ser tratado dessa maneira? Você está dando a ele um complexo, você percebe?
- Do que você está falando?
- Ele está com medo, Malfoy!
Malfoy bateu a mão na mesa
- Você acha que eu não sei disso? Você acha que poderia fazer melhor nas minhas circunstâncias?
De repente, uma expressão cruzou o rosto de Malfoy, uma que Harry reconheceu. Não estava lá quando ele foi atacado no Beco Diagonal, mas estava lá agora: terror, o mesmo terror que Harry se lembrou de ver no rosto de Malfoy na Sala Precisa, enquanto o mundo queimava ao seu redor:
- Oh, Deus- você quer tirá-lo de mim, não quer?
- O quê?
- Você- o ministério ameaçou, quando eu saí de Azkaban- mas eu não- é claro que não- se você acha que eu faria-
- Malfoy, sobre o que diabos você está falando?
- Eu não estou o criando para ser um Comensal da Morte!
- O quê? É claro que você não está - disse Harry, mas Malfoy não parecia ouvi-lo
- Eu- por favor, não- eu- estou fazendo o meu melhor, Potter, e eu nunca faria a ele o que meu pai fez comigo, nunca, por favor, não o leve-
- Malfoy! Cristo! Não estou tentando tirar Scorpius de você!
Malfoy parou de falar. Seus olhos cinza prateados piscaram até os de Harry
- Então sobre o que você quer falar?
- Eu só...porra. Ele está temendo Hogwarts, você sabe
- Estou ciente - disse Malfoy, com força
- Você pegou as vestes dele, no final?
Malfoy balançou a cabeça negativamente
- Eu mesmo vou fazer algumas, o quão difícil pode ser?
Harry teve uma imagem repentina e vívida de Scorpius sendo chamado para o Chapéu Seletor, com seu cabelo inconfundivelmente Malfoyziado, com seu nome desprezado, seu pai Comensal da Morte e com vestes caseiras e de má qualidade para selar o pacote:
- Vou levá-lo para o Beco Diagonal - disse ele, de forma decisiva.
Malfoy franziu a testa
- Você...você faria isso?
Harry ficou surpreso, ele esperava que Malfoy lhe dissesse para se foder. Mas, evidentemente, também lhe ocorreu que Scorpius seria um objeto ridículo em vestes caseiras.
- Ele é primo de Teddy, você sabe - disse Harry - Teddy não vai querer que suas ações sociais despenquem. E sinto muito Malfoy, mas acho que você não está na costura, mesmo com magia
- Sou bom em tudo, Potter - disse Malfoy, como se estivesse falando de um roteiro. Ele tomou um gole de chá - bem... obrigado. Isso deixaria minha mente à vontade, honestamente. Eu fui sozinho por todas as outras coisas dele, mas ele precisava estar lá para os uniformes e a varinha
- Vou levá-lo amanhã
Malfoy assentiu. Ele parecia um pouco mais relaxado agora. Ele pegou a cozinha de Harry, e Harry de repente viu através de seus olhos
Harry se acostumou com o buraco de merda em que morava. Era seu buraco de merda afinal, e Sirius tinha crescido lá, foi significativo para ele. Não foi culpa da casa que a argamassa da cozinha nunca poderia ser limpa, que não havia luz, que as janelas sacudiam, e que estava frio, sujo e horrível. Mas quando Malfoy olhava para isso, ele estava bem ciente de como era patético, ser rico além da medida e ainda viver em tal lugar. Ele tinha certeza de que onde quer que Malfoy morasse - já que a Mansão e toda a fortuna de Malfoy havia sido apreendida pelo governo após a guerra - era limpo, arrumado e aconchegante.
- Certo - disse Malfoy - vou fazer alguma coisa, e prometo que não estou sendo um idiota. Mas vai parecer que estou sendo um idiota
- Er...- disse Harry - ok, devo trazer Scorpius de volta aqui, ou não?
- Deixe-o, ele está lendo - disse Malfoy, procurando algo em seus bolsos
- Como você sabe? Você tem um rastreador nele ou algo assim?
- O quê? Não. Eu só o conheço. Ele está lendo. Ah, aqui - ele encontrou um pedaço de pergaminho e uma pena, levantou uma sobrancelha para Harry e começou a escrever.
"Eu, Draco Lucius Malfoy da Casa dos Black, por meio desta nota, entrego o Largo Grimmauld N°12 a Harry James Potter em retorno por salvar minha vida. Ele é o legítimo proprietário e eu renuncio à herança Black. Assinado,
Draco Lucius Malfoy."
___________________________E aí? Gostaram?
Sobre o "malfoyziado" não tinha uma tradução melhor KKKKKKK mas o original é "Malfoyish" , qual vocês preferem?
Votem e comentem se gostaram🌟
YOU ARE READING
𝐷𝑎𝑑 𝑠𝑎𝑦𝑠
FanfictionOnde Scorpius Malfoy começa a escrever cartas para Harry Potter Ou Onde Harry Potter se apaixona por Draco Malfoy através das cartas de seu filho
Capítulo 3
Start from the beginning