𝑩𝒍𝒐𝒐𝒅 𝑭𝒐𝒓 𝑩𝒍𝒐𝒐𝒅 [ EM REVISÃO]

𝑪𝒂𝒓𝒎𝒆𝒔𝒊𝒎

Alaerys levantou-se, ajeitando o tecido caro do vestido e o encarou de cima. A raiva em seus olhos eram evidentes. Daemon respirou fundo e assentiu, copiando as ações da princesa.

— Peço perdão por meu sumiço, infelizmente treinar e moldar a Patrulha da Cidade não tem sido algo fácil, deverás exaustivo eu admito, mas sei que tanto eu quanto você vemos que meu empenho valeu a pena. — seu tom esbanjava orgulho — Sempre tive ciência que você estava nos treinamentos, os observando e a minha procura, e por mais que eu desejasse vê-la, eu não poderia fazê-lo. —  sua voz rouca a fez arrepiar.

— Porquê não poderia fazê-lo? —  indagou, seu tom tão baixo quanto o dele, suas faces aproximaram-se mais um pouco, a distância diminuía cada vez mais.

Arriscado demais.

Tentador demais.

— Eu ficaria distraído e perderia o foco. — respondeu simples, seu olhar caindo sob a boca pequena e carnuda dela.

Alaerys sorriu. Um sorriso travesso, idêntico ao dele.

— Porquê perderia o foco?- Seus rostos se aproximaram mais um pouco, uma tensão instalava-se no ar.

— Ora, minha bela Alaerys. — a fala foi lenta, sua voz soou mais arrastada e rouca quando disse seu nome, como se estivesse saboreando a sonoridade de seu nome em seus lábios — Acredito que ambos sabemos a resposta demasiadamente óbvia.

Faltavam centímetros para que seus lábios pudessem se chocar. Era tentador, mas eles não podiam. Ambos sabiam que não seria possível, pelo menos não ali. Essa era a parte que ambos detestavam e amavam no grande jogo de provocações que tinham. O fato que qualquer um poderia pega-los naquela situação comprometedora junto, a tentação carnal que preenchia seus âmagos no mais latente e puro desejo.

Se fosse possível, ela o deixaria a foder no meio daquele jardim verde.

— Então, porquê me chamou se sou o motivo de seu dispersar? — a voz foi diminuindo a cada palavra proferida.

—  Como um pedido de desculpas por meu egoísmo. — Daemon torceu o nariz ao repetir o termo utilizado por Alaerys — Você, Alerys Targaryen, é convocada para a primeira noite dos Mantos Dourados.

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A primeira vez que Alaerys segurou uma espada, foi aos dez anos quando seu tio,  apresentou sua espada, a Irmã Sombria, cuja a primeira portadora havia sido Visenya Targaryen. O aço Valíriano pesou tanto em suas mãos pequenas e delicadas, que a ponta da arma bateu contra a grama. A loira lembrava do olhar do mais velho direcionado a ela enquanto admirava a majestosa espada, capturando todos os detalhes. Recordava-se perfeitamente do momento em que disse que queria ser igual a Daemon, ser tão forte e valente quanto ele.

E daquele dia surgiu uma promessa.

Daemon prometou a Alaerys que, quando a princesa soubesse manejar propriamente uma espada e soubesse lutar, ele lhe daria meios para que ela confeccionasse sua própria arma, e foi exatamente o que o príncipe fez ao entregar-lhe o saco com aço Valíriano. Tudo que a guerreira precisou foi fazer o desenho da arma e arranjar um ferreiro de alta qualidade que lhe passasse confiança, e ela encontrou o ferreiro e espadachim  chamado Fabian Wallsborn em uma de suas aventuras em Braavos, que agora vivia em Porto Real.