Ele se detém um instante, enquanto veste a calça e ri:

— Meu anjo, não sou quem costuma apagar depois do sexo. — solta simplesmente, ajeitando o pau dentro da boxer antes de subir o zíper da calça.

Eu teria achado aquilo extremamente sexy, se meu queixo não tivesse caído com a audácia dele em dizer o que havia acabado de dizer:

— E você, como cavalheiro que achei que fosse, não deveria citar esse detalhe. — brinco, sabendo que tenho a face rubra.

— Perdoe-me, só estou apontando os fatos. — Então, para há alguns passos de mim. — Mas, por que esperava que eu ainda estivesse dormindo?

— Por que eu pretendia me esgueirar e fugir covardemente, para evitar uma conversa, já que nossa última foi um tanto traumática. — confesso, enfim.

Brandon me observa um instante e então coça a barba:

— É, foi mesmo uma conversa traumática. E, antes de tudo, eu preciso me desculpar pela forma como a tratei. Eu preciso que saiba que nunca passou pela minha mente qualquer tipo de julgamento sobre o seu caráter. E me envergonho muito agora da proposta em dinheiro que lhe fiz. Juro que não era minha intenção fazê-la sentir-se como se sentiu. Eu só sabia dos seus problemas financeiros e pensei que poderia ajudar a nós dois com minha oferta. De verdade. O fato é que eu não fazia ideia de como abordá-la e acho que acabei fazendo da pior forma possível. Outra verdade é que não sou muito bom com as mulheres. — sorri, um pouco constrangido.

Eu me recuso a acreditar na última sentença dele. Como pode se julgar ruim com as mulheres... depois de tudo o que fez comigo? Penso que ele só está querendo um elogio.

— Eu estou perdoado? — junta as duas mãos espalmadas sobre o peito, os lábios comprimidos.

Sorrio, ternamente, mexida com as palavras dele:

— Você está.

O olhar preguiçoso dele me examina inteira. Rio abafado, meio encabulada:

— Eu gosto de como você me olha.

— E como eu te olho?

— Como se me desejasse o tempo todo...

— Bom... — ele se aproxima, deslizando as mãos suavemente pelos meus braços. — isso não é mentira.

— Como se eu fosse muito bonita... — prossigo.

Brandon me encara, arqueando as sobrancelhas, parecendo incrédulo:

— Espera. Você não se acha bonita?

Dou de ombro:

— Eu me acho apenas comum. Não suficientemente bonita para chamar a atenção de um homem como você...

Ele levanta uma mão, me interrompendo:

— Pare aí mesmo. — meneia a cabeça e segue. — Eu gostaria que pudesse se ver pelos meus olhos uma única vez.

— O que eu veria? — falamos baixinho, para não quebrar o clima, enquanto coloco meus braços em torno do pescoço dele.

Brandon corre um dedo pela minha face:

— Uma linda mulher. De traços suaves. De lábios sensuais e doces, onde eu adoro me perder. Olhos expressivos, quase transparentes para mim. Eu posso ver o que você está sentindo, só de olhar para eles. Foi assim que eu soube que também me desejava, nos poucos segundos em que te encarava no escritório...

— Então... — meus olhos dela se detém nos lábios dele. — o que eu estou desejando agora?

Brandon sorri de lado e ergue meu queixo, tomando-me a boca num beijo lento, provocando-me, quando não me invade a boca, em busca de minha língua e também não me oferece a sua.

Suíte 220 - A Obsessão do CEOOnde as histórias ganham vida. Descobre agora