— O-okay... — murmurei e ele respirou fundo.

Ele afastou o meu cabelo e respirou fundo, antes de molhar o algodão e passar ao redor da ferida.

***

    Levou mais alguns minutos até que Willian, Lissandra e rainha Verackly chegassem. Mesmo com dor, eu já não estava tão desesperada. Minha preocupação ia toda ao meu bebê.

Eles prepararam todas as máquinas para o ultrassom.

    — Eu tenho fios de sutura e remédios para dor. Vou ver a situação do bebê. Se for algo sério, teremos que te levar ao médico, okay? — Lissandra falou.

Concordei e ela passou o gel em minha barriga, colocando o aparelho para escutar os batimentos do bebê de um lado e o ultrassom do outro.

    — Vejamos... — ela encarou o monitor, suspirando. — Está tudo indo bem. Foi só um susto. Mas vou dizer que você deve ter um cuidado redobrado. Se chegar ao ponto de ocorrer um descolamento da placenta, teria que te levar ao hospital. O bebê está saudável, o coração desse rapazinho é bem forte.

   — Graças à Deus... — contei, segurando a mão de Lipe.

   — Mesmo assim, vou dizer que sua gestação está em um sensível após a queda. Vamos...

    — Espera, você falou "rapazinho"? — Lipe murmurou.

Só então minha ficha caiu. Eu tinha escutado isso. Mas tão preocupada como eu estava, ignorei todo o resto.

    — Hm? — Ana levantou as sobrancelhas. — Eu vou ser titia de um menino? Droga! Devo cinquentinha pro Natanael!

   — É mesmo um menino? — murmurei, feliz. Mesmo com dor, ignorei todo o resto para sentir meu filho.

   — Sim. Um rapaz bem grandinho. Vinte e cinco semanas. Acabou de entrar no sétimo mês da gestação. Meus parabéns. — ela disse.

    — Um menino... — Lipe murmurou, me encarando. — Vamos ter um menino...

    — Bem, eu vou tirar todas essas máquinas daqui e vou suturar seu rosto. — ela disse.

Sorri, concordando.

Assim que ela deu ponto em minha testa, ela prescreveu uns medicamentos para dor.

***


  Depois de um bom banho, Lipe subiu para nosso quarto com um prato de sopa. Nesses dias em que ficamos só nós dois, eu ensinei ele um monte de coisas. Um truque ou outro. E ele aprendeu bem. O que ele não sabia, ele pesquisava e bola pra frente.

    — Vem cá, meu anjo... — ele murmurou, segurando minha mão e me ajudando a sentar na cama. Ele me ajeitou com cuidado, já que meu pé luchou com a queda.

Ana quem me ajudou a tomar banho.

    — Eu fiz uma sopa de carne com batata, cenoura e abóboras. Vai ser fácil de digerir e é uma janta saudável pra você. — ele murmurou. — Vai querer alguma fruta...?

    — Por enquanto, não. — falei, recebendo a sopa.

Ele se sentou do meu lado, esperando que eu falasse sobre a refeição que ele me preparou.

Grávida do Príncipe Where stories live. Discover now