Grã-Senhora - 1.8

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Kendra: Quero que você a treine Mariel, tem até a reunião para me apresentar uma guerreira. – Falei e Mariel me olhou raivosa.

Mariel: Isso é impossível. – Disse irritada.

Kendra: Sei que consegue. – Falo e começo a andar.

Ela veio reclamando o caminho inteiro até chegarmos na corte. Chegamos ao entardecer e fomos recebidos por meus irmãos que olhavam para Mariel e Celine, tive que apresentá-las a eles, não contei tudo apenas mostrei os dragões e é claro que começaram a fazer dezenas de perguntas, mas fiz eles calarem a boca e disse apenas o que eles precisavam saber.

Mariel: Vim para acordá-la e você já está arrumada. – Falou entrando no meu quarto.

Kendra: Você poderia ao menos fingir que me respeita? Pode começar pedindo para entrar antes de invadir assim meu quarto. - Falo sem olhar para ela.

Mariel: Talvez daqui cem anos poderemos retornar a está conversa. – Falou com um sorriso.

Me olhei no espelho e para as roupas que eu estava vestindo, um vestido azul claro, quase transparente, com bordados dourados. Era o dia da nomeação, eu já podia ouvir as vozes da multidão que estavam na sala do trono. Assim que cheguei só tive tempo para descansar e agora estou aqui.

Kendra: Onde está Celine? – Pergunto.

Mariel: Terminando de se arrumar, estávamos treinando, ela já tem noção de como segurar uma espada e se defender. Não será difícil treiná-la. – Confessou.

Kendra: Isso é bom, quero levá-la para a reunião dos Grãs-Senhores. – Falei colocando o último brinco.

Mariel: Por que quer tanto levar ela? – Perguntou se aproximando.

Kendra: Acho que você já percebeu quem ela é ou melhor dizendo, de que corte ela era. – Falei e olhei com ódio para o espelho após de me lembrar de algo do passado.

Mariel: E quer mostrar o que com isso? – Perguntou e me olhou com cuidado.

Kendra: A incompetência de um irmão que nem ao menos procurou por sua jovem e indefesa irmã. – Respondo com frieza.

Mariel começa a rir e me olha com orgulho.

Kendra: Quero ver a frustração no olhar deles depois de ver a quem e a que corte ela pertence agora. – Falei e me virei para ela.

Mariel: O que pretende fazer com eles depois? – Perguntou.

Kendra: Quero ver como eles reagiram quando tudo estiver desmoronando. – Olho para ela com frieza.

Mariel: Será que vai conseguir fazer isso depois de vê-lo? – Me olhou com um sorriso.

Kendra: Ele não significa mais nada para mim, além de um corpo cheio de ossos e sangue. – Respondo sem qualquer emoção.

Mariel: Isso mesmo Kendra, não seja fraca, você é chama e não pode ser apaga por qualquer brisa de vento. – Disse com frieza e colocou um colar no meu pescoço.

Ela terminou de colocar o colar e eu senti sua mão gelada em meu ombro.

Mariel: Não se esqueça do motivo pelo qual sobreviveu a mim, pelo que você aceitou ser torturada. Você tem poder para fazer o que quiser, então faça sem pensar duas vezes. – Sussurrou no meu ouvido.

Encarei ela e sorri, ela estava lá para me lembrar, ela era o próprio lembrete da dor que eu passei naquele lugar e da dor de perder meus pais.

Mariel: Hora de ir receber o título que merece. – Falou e se afastou.

Ela foi até a porta e abriu para que eu passasse, começamos a andar pelo corredor e encontramos Celine no meio do caminho. Ela me cumprimentou e começou a andar trás de mim, assim como Mariel. Paramos de frente para a porta do salão e eu respirei fundo, as gigantes portas se abriram e todos que estavam lá me olharam, se levantaram e me esperaram entrar.

A cada passo que eu dei lembranças foram invadindo minha mente, a cada segundo que eu me aproximava do trono conseguia sentir duas presenças ao meu lado, só que não havia ninguém, apenas uma sensação. Subi os pequenos degraus até o trono e me virei para todos ali presente, me sentei e todos fizeram reverencia para mim, senti o ouro gélido do trono em minha perna.

Fiz o juramento que todo Grã-Senhor faz para sua corte e depois uma sacerdotisa entrou com uma coroa dourada com pedras de diamante, ela colocou a coroa em minha cabeça e todos celebraram aquele momento, eu apenas olhei seus rostos felizes e não consegui sentir nada.

Fiz o juramento que todo Grã-Senhor faz para sua corte e depois uma sacerdotisa entrou com uma coroa dourada com pedras de diamante, ela colocou a coroa em minha cabeça e todos celebraram aquele momento, eu apenas olhei seus rostos felizes e não c...

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Boa leitura ❤️❤️

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