13: um grande evento

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Pelo resto do dia, Harry tentou se convencer de que aquela era uma boa ideia e, no fim dele, já estava quase acreditando naquilo.

Alguns dias depois

Louis odiava os dias que antecediam o evento beneficente no qual a sua família se envolvia todos os anos. Ele gostava de cozinhar, foi para isso que estudou por anos, e não de coordenar lugares em mesas ou opinar sobre cores de guardanapos.

Apesar disso, o jantar daquele ano ficou por sua conta e isso envolvia todos os pormenores organizacionais do mesmo. A correria era tanta que mal teve tempo de ficar com Harry, o que o lembrou de que precisava falar com o cacheado sobre isso logo.

Eles precisariam conseguir uma roupa para o mais novo e isso poderia demorar, mas o assunto sempre fugia da sua cabeça quando estavam a sós. O chef fez uma nota mental de falar sobre a festa mais tarde, quando eles estivessem sozinhos em sua casa, onde tinham combinado de dormir naquela noite.

Olhou rapidamente para o relógio e viu que já estava atrasado para o trabalho, estendendo a mão para pegar suas chaves e logo se dirigindo até a porta. Antes que pudesse abri-la, no entanto, a mesma foi escancarada e Grace o olhou com um sorriso surpreso no rosto.

– Lou! - ela exclamou e o puxou para um abraço apertado - Quanto tempo, você sumiu.

– Pois é, eu tenho saído bastante - ele concordou dando de ombros.

– Ficando com seu namorado, não é? Isso é fofo, ele é realmente uma graça. Pena que não passamos muito tempo juntos, tenho certeza de que poderíamos ser grandes amigos.

– Bom, quem sabe vocês não conversam um pouco no evento beneficente? - ele sugeriu com simpatia.

Os pais de Grace eram realmente importantes em Londres e ela sempre estava presente naquela festa, era uma tradição. Louis lembra de correr entre os convidados metidos com Charlotte e sua amiga quando ainda eram crianças pequenas.

– Ele vai? - ela perguntou surpresa.

– Bom, ele é meu namorado - falou como se fosse óbvio.

– Claro - ela riu nervosa - Eu só imaginei que não seria o lugar mais confortável para ele, sabe como é.

– Como assim? - perguntou confuso.

– Eu acho que me sentiria deslocada se tivesse o passado dele e fosse colocada em uma situação como essa - explicou com sua melhor voz inocente - Honestamente, eu consigo imaginar uma crise de ansiedade só de pensar nisso. Além do mais, você sabe como algumas pessoas são maldosas e podem olhá-lo de forma estranha, já é conhecimento comum a forma como vocês se conheceram.

– E como souberam disso?

– Eu não faço ideia, acho que alguém do seu restaurante gosta de falar - deu de ombros - Mas eu sei que ele vai fazer esse esforço por você mesmo que o deixe desconfortável e mal posso esperar para passar mais tempo com ele.

Sem mais palavras, ela passou por Louis e entrou na casa, certamente indo direto para o quarto da melhor amiga. Tomlinson, no entanto, ficou parado onde estava enquanto pensava sobre o que tinha escutado.

Será que seria mesmo uma experiência ruim para Harry? A última coisa que ele queria era colocar seu namorado em uma posição desconfortável, especialmente se ele sentisse que não poderia negar para não o desagradar.

Balançando a cabeça para espantar esses pensamentos, ele finalmente se mexeu e foi para o trabalho. Mesmo tentando, passou o dia pensando no que Grace tinha dito e refletindo sobre o que era o melhor a se fazer.

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