realising.

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sungjae era tranquilo quanto a sua vida, era bibliotecário, viciado em café, tinha um gato preto que chamava de fuligem, solteiro a pouco mais de seis meses.

padrão, qualquer um diria. levava uma vida tão pacata que seus amigos invejavam tal tranquilidade, mas tinha algo que o perturbava. ah, se tinha...

afinal, não era comum um homem de 25 anos ainda pensar na ex namorada quando colocava o rosto no travesseiro. tinham terminado a seis meses e o esperado era que ele já tivesse superado.

e se você perguntar, ele diz que superou. mas no silêncio do próprio apartamento, ele sente falta da risada alta e das longas saias rodas de sooyoung.

namoraram por cinco anos, pretendiam casar quando a morena terminasse a faculdade mas em determinado momento, algo aconteceu e aparentemente o amor que ali existia, acabou. pelo menos para a park.

mas honestamente, ele não sentia que amava a garota, não mais. o pobre rapaz só sentia que ainda tinha algum sentimento ali, a única explicação seria amor.

a conclusão a respeito desse assunto chegou em uma sexta-feira ensolarada, a biblioteca estava vazia e sungjae tomava um suco sentado na mesinha aonde ficava todo dia. a rua estava estranhamente silenciosa, talvez por isso ele conseguiu escutar o que ele julgou ser alucinação.

ah, mas ele conhecia aquela risada de longe, a escutou por muito tempo de sua vida. se aproximou da janela com cuidado, quase como se aquilo pudesse realmente sumir se ele desse um passo em falso. assim que alcançou o vidro, viu aquela garota.

agora ruiva, vestia uma de suas roupas bonitas e que combinavam com a estação. andava com uma de suas amigas, yerim era seu nome, boa menina, conhecia e gostava da garotas.

sungjae apreciou a park, que caminhava do outro lado da rua e continuava linda mas... seu coração não acelerou. e as bochechas não coraram. ali ele percebeu.

não a amava mais.

continuava tendo carinho e admiração por aquela mulher, que um dia eve a honra de chamar de sua mas agora, era uma pessoa importante de seu passado. aquela que o ensinou como amar da forma correta e ele era grato.

por algum acaso, sooyoung colocou os olhos em sungjae também e atravessou a rua por um momento. sungjae sorriu e ela sorriu, acenando animadamente.

— oppa!

— sooyoung-ssi!

— como tem passado? faz bastante que não nos vemos. — ela disse, colocando uma mecha de cabelo para trás.

— bem e você? já terminando o tcc? — ele perguntou, sorrindo de canto. ela admirou a pintinha que a fez querer se aproximar de sungjae na época.

— sim! trabalhoso mas estou nos finalmente.

— que bom! tenho certeza de que vai dar seu melhor! fighting! — ele sacudiu os punhos no ar e ela deu uma risadinha, olhando para trás e se lembrando de sua amiga.

— tenho que ir, sungjae-oppa! mas foi ótimo te rever, fico feliz que esteja bem e saudável! se mantenha assim! — ela falou e sorriu mais uma vez, acenando para ele.

— até logo, sooyoung-ah! se cuida, sabe aonde me encontrar se precisar de mim. — ele acenou também e assistiu a ela indo embora.

suspirou, mantendo o sorriso morno no rosto. estava feliz e satisfeito, ela estava bem, ele estava bem. era o que importava. esperava coisas boas para ela, que um dia o fez tão feliz.

voltou para dentro da biblioteca com um sorrisinho no rosto esse colocou a preencher papéis. na sequência entrou um rapaz que se sentou e encarou o bibliotecário, com um livro nas mãos.

digamos que aquele era o futuro marido de yook sungjae, jung ilhoon.

plot de @bymygs

finevit; seungjoyOnde as histórias ganham vida. Descobre agora