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Uma das coisas que o fascinava era te observar totalmente inerte lendo um de seus milhares livros da biblioteca — que ele mandou fazer para você —, suas expressões, as vezes até surtos de alegria — e raiva — que ele não sabia se salvava a si ou o pobre livro. Ele amava tudo isso e muito mais, não era atoa que ele era perdidamente apaixonado por você, de maneira que nunca saberia explicar.
Os olhos percorrendo as linhas rapidamente enquanto sua expressão era tensa, virava as paginas rapidamente na necessidade de saber o que iria ocorreria depois, soltou um suspiro aliviado após alguns segundos e arregalando os olhos enquanto apertava o livro em suas mãos, sentindo seus olhos arderem em lágrimas.
— Hey, o que houve querida? — ele se levantou rapidamente do sofá, quase caindo no processo e se ajoelhou em sua frente.
— E-Ele morreu, eu achei que esse livro era feliz, poxa. — fungou, tentando secar as lagrimas que não paravam de cair.
— Calma, vem. — ele retirou o livro de suas mãos trêmulas, colocando o marca páginas na página que você havia parado. Pegou sua mão a levantando e levando-a para o sofá maior, puxando os acentos para o transformar em um sofá cama.
Se deitou no mesmo a puxando para seu peito, a deixando chorar em seus braços fortes. Pegou a manta que estava ali e colocou sobre ambos, o seu choro era mais intenso que o normal deixando o platinado preucupado.
— [Nome] como esse personagem era? Quer um copo de água princesa? — questionou secando suas lágrimas.
— Não pr-precisa. — fungou tentando regular sua respiração. — Ele era incrível. Alegre, sempre positivo, mudava todo o ambiente que estava assim que chegava nele, extremamente energético e sempre lutando por aqueles que ama. — sua visão estava embaçada pelas lágrimas, sua voz sempre embargada enquanto falava. — Mas ele foi diagnosticado com uma doença, e ninguém da família o visitava apenas alguns amigos. Ai ele conheceu ele, um homem que só estava de passagem pelo hospital e esbarrou com o mesmo, que mesmo estando morrendo lentamente não deixava de sorrir. — secou as bochechas com as mangas do moletom. — Se apaixonaram, e tentaram ter as melhores experiências que podiam no curto período de tempo que ele ainda tinha. Mas nunca teria sido o suficiente, e ao invés de digitar "eu te amo" o filho da mãe disse "você é lindo". — bufou, chorando mais ainda. — Por que me submeto a essas coisas? Merda, eu não paro de chorar.
— O meu amor. — te abraçou escutando você chorar ainda mais, o abraçando como se o mesmo fosse sumir. — Você nunca chorou assim por conta de um livro.
— Esse foi diferente. Ele me lembrou você. — o sentiu te abraçar um pouco mais forte.
Parou de chorar aos poucos, se afastando dele com os olhos vermelhos e inchados, e a pontinha de seu nariz também se encontrava vermelha. O viu dar um sorriso calmo, enquanto secava suas lágrimas de forma gentil.
— Sabe a diferença entre mim e ele? - pegou sua mão direita, a colando em seu peito ao lado do coração. — Eu estou aqui gatinha, e sempre vou estar. — sentiu o coração dele batendo calmamente sobre sua palma, a fazendo se acalmar. — Eu te amo.
— Eu te amo, Kou.
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obrigado por ler até aqui!! até a próxima, bjos <3
