Capítulo 35 - O pedido

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- Tudo bem, G! Eu também te expulsei daqui num momento assim. O que importa é que conseguiu a confissão dele e temos as provas de rastreamento de IP, como disse a Marina.

- Espero só que dê tudo certo, H. - mudei de assunto - E aquela treta na sua casa? Recebeu notícias da sua mãe?

- Acho que ela não vai querer me ver por um tempo, ainda mais depois da "malcriação" que eu fiz com ela. E os seus pais e seu irmão? Como reagiram?

- Demonstraram apoio. Bom, no meu caso é mais fácil!

Ela apenas assentiu, concordando. Depois, indagou:

- E o vídeo? Quando vai editar?

- Hoje mesmo! O bruto não ficou tão grande. Trago pronto para você hoje a noite, está bem?

- Está ótimo!

A nossa conversa prosseguiu durante o tempo em que continuamos comendo. Porém, trocamos de assunto para trivialidades quaisquer, só para relaxar a cabeça.

Logo arrumamos tudo e limpamos o que sujamos. Guardei meu equipamento e me despedi de Helena, que antes de me deixar passar pela porta, me deu um beijo daqueles. Por muito pouco que eu não voltei e dei um jeito nela naquela cama bagunçada.

Rumei para meu apê e depressa descarreguei os arquivos, sentando em seguida no computador. Apanhei um pouco porque havia um tempo que não mexia no programa de edição de vídeo, foi complicado lembrar as funções e como se faziam as coisas. Demorou, mas peguei o jeito de novo e antes do almoço já tinha editado tudo e só mandei renderizar.

Aproveitei enquanto o vídeo salvava e peguei uma lasanha congelada e coloquei no micro-ondas para fazer, com a minha barriga já roncando alto. Liguei a TV e coloquei a série que estava assistindo para continuar, até que o apito do aparelho soasse e eu pudesse comer.

***

Mais tarde, retornei à casa de Helena, trazendo comigo, num pendrive, o bendito vídeo editado. Era a hora da verdade! Estava me tremendo nas bases, ansioso para que ela gostasse. Era o "direito de resposta da Helena" após tudo o que aconteceu. Seria o momento em que ela mostraria a sua identidade (de verdade) para os outros e eu era responsável para que a sua mensagem estivesse bem feita.

Ela trouxe o notebook para a mesa da sala e lá encaixei o pendrive, abri-o e mandei rodar o vídeo. Helena se manteve estática, séria e atenta a todo o vídeo, como se estivesse se avaliando porque nem tinha se visto depois da gravação do bruto. Foi um longo silêncio de pouco mais que dez minutos, apenas com o som saído do alto falante do computador. Por fim, veio o agradecimento e a música de encerramento, junto com aquela tela final padrão da plataforma que talvez o vídeo fosse postado.

- Então, o que achou? - perguntei logo

- Eu gostei! Era isso mesmo que eu queria. Obrigada, G!

- E quando postaremos?

- Demora muito para fazer uma conta? Tem tanto tempo que fiz a minha que nem lembro... Acho bom que tenha uma só para este vídeo!

- Não leva tanto tempo assim, podemos fazer agora e já colocar o vídeo lá!

- Ótimo! Enquanto isso vou pedir a nossa comida.

Pois é! O jantar hoje ficaria por conta do restaurante escolhido pela Helena.

Enquanto ela fazia o pedido pelo celular, fui criando a conta e já deixei o vídeo carregando. Algo que não levou 15 minutos, porque a internet dela é bem rápida.

- Pronto! Vídeo carregado, qual vai ser o título?

- Uma mensagem a todos os leitores da Contemporânea Erótica.

Contemporânea EróticaWhere stories live. Discover now