Já tive muitas mulheres, nos meus 34 anos. Sou um homem muito ocupado, mas não evito de ter alguns bons momentos em companhia de um belo espécime feminino. Só não levava nada muito longe. Não tenho tempo para relacionamentos. Dessa forma, não estou num momento de privavção de sexo ou algo assim, para que aquela garota me balance tanto!

Sofia Shaffer nem é meu tipo! Normalmente gosto de loiras voluptuosas e Sofia tem um lindo cabelo escuro e corpo mignon.

Então, por que diabos não consigo parar de pensar nela? Já até mesmo me aventurei com uma mulher de mesmos cabelos escuros... no entanto, terminei a noite frustrado, sentindo-me culpado. Ela não era Sofia Shaffer...

A tela do meu celular se acende e o nome Lee Ann brilha na tela. É minha mãe! Não, eu não salvei o nome dela como "mãe". Ela não merece esse título.

Suspiro, torcendo os lábios com desgosto, coloco meu celular no modo silencioso e o viro de tela para baixo. Eu sei por que ela está ligando. É por que não autorizei a auto promoção que meu meio irmão, o filho preferido dela queria se dar. Já fiz muito em empregá-lo num cargo fantasia, no meu escritório em L.A., já que ele não trabalha de fato! E talvez ele tenha achado que eu não ficaria sabendo da manobra dele, mas, mal sabe o indivíduo, que vigio cada um de seus passos. Ele que não brinque comigo ou o mando para o olho da rua, sem pensar duas vezes! O sujeito é tão covarde que não tem coragem de entrar em contato comigo pessoalmente! Também não é nenhum idiota! Sabe que estava fazendo merda!

Não costumo tomar desjejum em casa. Somente um café preto no escritório. Assim, pontualmente às 9:20, Shane entra trazendo uma xícara com o líquido fumegante e a agenda do dia:

— Sr., sua mãe já ligou umas três vezes, insistindo em lhe falar. — me comunica, me estendendo a xícara.

Giro minha cadeira e olho para o andar debaixo, através da parede de vidro, sorvendo um gole. Shane sabe que não é para me passar as ligações de Lee Ann:

— Apenas diga que estou ocupado e que não posso atendê-la.

— Já fiz isso, sr.

Não me espanto com a eficiência do meu secretário. É por isso que está comigo há anos! Eu sou muito exigente, admito isso. Trabalho feito um louco, gosto de perfeição e não exijo menos de meus empregados:

— Reforce na recepção que ela está proibida de entrar no prédio.

— Farei isso.

Prevendo que aquela mulher é bem capaz de aparecer no horário em que saio para almoçar, já lhe digo para encomendar um prato no restaurante que costumo comer. Quero evitá-la o maior tempo possível. Ela suga toda minha energia.

— Podemos repassar a agenda, sr.? — indaga Shane.

— Claro.

O homem começa a falar, mas eu já sei tudo o que tenho para fazer hoje. Então, quase que automaticamente, meus olhos voltam para aquela figura suave que está compenetrada no trabalho, no momento.

Fingir indiferença à presença dela está sendo bem complicado. Porém, com o olhar lascivo que me lançou essa manhã... aquilo mexeu demais com meu sistema! Sim, estou habituado a ser alvo de olhares femininos, mas, até hoje, nenhum outro me bagunçou como o dela.

O olhar quente de Sofia Shaffer decidiu tudo. Eu tenho de fazer uma jogada...

Só depois que o sr. Reeves sobe os degraus que levam à sua sala e fecha a porta, é que volto a respirar, mas, de forma ofegante. Minha garganta está seca, as mãos trêmulas. Que efeito a simples visão daquele homem causa em mim!

Suíte 220 - A Obsessão do CEOWhere stories live. Discover now