𝐘𝟔: Amortentia

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— Ora, não se preocupe com isso, Harry, meu rapaz! — divertiu-se o professor. — Sempre há tempo e espaço para novos alunos em minhas aulas! — ele olhou para Ron. — E você, meu jovem? Quem é?

— Ron Weasley, senhor.

— Ótimo, maravilha! Qualquer amigo de Harry é mais do que bem-vindo em minha classe! Bem, apressem-se, peguem seus livros e abram na página quarenta e seis...

— Senhor — chamou Harry de novo, meio sem jeito. — Como não sabíamos que faríamos Poções este ano, ainda não compramos nossos materiais...

— Ah, não tem problema — disse Slughorn. — Peguem o que precisarem em meu armário, os livros didáticos estão na segunda prateleira.

Harry e Ron dirigiram-se até o armário indicado pelo professor e pegaram tudo de que precisavam. Vi que os dois estavam brigando silenciosamente por um exemplar novinho em folha de Estudos Avançados no Preparo de Poções, mas Ron acabou vencendo, e Harry teve que ficar com o livro mais antigo, com a lombada caindo aos pedaços. Com raiva, ele bateu com o livro no exemplar escolhido por Ron, as capas de couro fazendo um ruído suave. O ruivo sorriu, triunfante.

Harry sentou ao meu lado, ao passo que Ron foi para perto de Hermione. Não estávamos mais nos ignorando, mas também não se podia dizer que estávamos conversando conforme costumávamos fazer.

Dei um empurrãozinho em Harry, fazendo-o olhar para mim.

— Viu? Eu disse que daria tudo certo.

Harry sorriu, mas o que quer que fosse dizer foi interrompido por outra fala:

— Você está muito cheirosa, S/A — disse ele. — Quero dizer, mais do que o normal. Consegui sentir de longe.

Hermione olhou para mim, um sorriso ameaçando se formar em seus lábios. Tive que fazer esforço para não fazer o mesmo.

— Que foi? — perguntou Harry, olhando para nós duas. — Do que vocês estão rindo?

— Você vai entender daqui a pouco — disse Hermione, voltando a olhar para a frente.

Meu namorado lançou um olhar questionador a mim. Dei de ombros.

Harry ainda estava curioso, mas contentou-se com prestar atenção à aula. Em frente à bancada em cuja superfície estavam contidos os caldeirões, o professor pigarreou, indicando o líquido borbulhante mais próximo com a ponta do queixo. Eu conhecia aquela poção muito bem, pois meus amigos e eu tínhamos tomado um gole cada um, em meu aniversário de catorze anos, quando estávamos brincando de Verdade ou Desafio.

— Certo — começou ele. — Hoje, quero testar um pouco das habilidades de vocês. Alguém saberia me dizer que poção é esta?

Hermione e eu levantamos o braço. Como minha amiga foi mais rápida, deixei que ela respondesse primeiro.

— É Veritaserum, uma poção sem cor nem odor que força quem a bebe a dizer a verdade — disse Hermione prontamente.

— Muito bem, excelente! — elogiou o professor. — Agora — ele apontou para o segundo caldeirão — , quem poderia me dizer qual é esta aqui? É uma bem conhecida, apareceu algumas vezes em artigos do Profeta Diário sobre a prevenção contra as Artes das Trevas...

Hermione levantou a mão novamente.

— É a Poção Polissuco, professor.

Reconheci o aspecto lamacento da poção que fervia lentamente em fogo médio, ocasionalmente deixando que pequenas bolhas estourassem em sua superfície.

𝐌𝐀𝐒𝐓𝐄𝐑𝐏𝐈𝐄𝐂𝐄, harry potterOù les histoires vivent. Découvrez maintenant