- Acho que vou fazer uma bobagem para tentar impedir Greg de se casar com Elizabeth. Ele não a ama, você sabe.

- Ah, sei sim. Bem... boa sorte.

Virei as costas para sair e estava quase no fim do corredor quando ouvi sua voz imediatamente atrás de mim e notei que tinha sido seguido.

- Boa sorte? Boe? O que houve?

- Nada, senhorita Merryl! Absolutamente nada. Só estou saindo.

- A festa é para o outro lado.

- Mas eu preciso... preciso resolver algumas coisas.

- Agora? O casamento começa em meia hora. E até onde eu sei Gregory te convidou, não é? Está aqui como convidado. Então, por que está indo embora?

- Não estou indo embora. Vou só resolver algumas coisas. - quanto mais ela me observava com seus olhos inquisitivos, mais nervoso eu me sentia - Com licença.

- Boe! - segurou meu braço - O que houve? Você é sempre tão... - ela não parecia encontrar as palavras - E agora está tão... Aconteceu alguma coisa? - ela olhou para o corredor de onde eu tinha vindo. Para a porta do escritório atrás de nós e calculou a resposta - Eleanor fez alguma coisa?

Olhei para o teto exasperado.

Eu podia ser grosso com ela. Puxar o braço e dar o fora dali.

Eu ia desaparecer. Não era nenhum mestre no assunto, mas eu ia conseguir me manter afastado de problemas e ia conseguir viver. Quando você não tem família ou muitos amigos é fácil começar de novo em outro lugar.

Mas a senhorita Dominique...

A senhorita Dominique estava sozinha, provavelmente cuidando de um bebê recém-nascido e tinha um monstro indo buscá-la.

Eu podia fazer uma última tentativa, não podia? Tentar ajuda-la como podia antes de fugir.

Pisquei para a jovem senhorita Merryl. Uma Walton.

Eleanor nunca poderia fazer nada contra uma Walton.

- O que houve, Boe?

- A senhorita Dominique. Ela foi embora porque estava grávida. E Eleanor ameaçou matá-la.

Os olhos da senhorita Merryl se abriram quase tanto quanto sua boca.

- Como é?

***********

A enfermeira ainda estava me guiando pelo corredor da maternidade, meu corpo murcho e vazio. Minha força tinha me abandonado e eu percebi que nunca na minha vida me sentiria tão indefesa. Minha mente trabalhava desesperada e eu queria fazer alguma coisa. Queria me dar um tapa e sair pelos corredores gritando e abrindo portas. Procurando meu filho até encontrá-lo e depois dar uma surra de ferro quente em quem fosse o responsável.

Estou me fodendo pra você ou qualquer coisa que tenha a ver com você.

Será que alguém podia morrer de tristeza? Ficar tão absolutamente desprovido de qualquer tipo de alegria e secar, minguar e morrer? Porque se fosse possível, era bem provável que acontecesse comigo. E logo.

Parecia não haver sangue suficiente nas minhas veias. A exaustão me cobria como um manto e meu cérebro se recusava a aceitar que aquilo realmente tinha acontecido.

Você não viu direito. O berço com o pequeno Ty estava lá. Você olhou rápido e não o viu. Assustou todos os funcionários, mas vão olhar de novo e ver que ele está lá. Todos vão rir desse pequeno momento de desespero.

[Degustação] Alguns AnosHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin