Nesta noite levarei sua alma

Pentagrama

Esse é meu primeiro MoShang, esperem que gostem.

Terá um momento bem triste mas avisarei antes, mas será só pro final.
Terá 5 capítulos. Obrigada.

Aproveitem...

Shang Qinghua é um jovem bibliotecário que trabalha numa biblioteca municipal no centro da cidade onde mora, foi o único modo de trabalhar perto de seus amados livros que é aceito por seus pais, lógico.

O que ele queria mesmo era ser escritor, mesmo fazendo seus amados manuscritos e suas fanfics, trabalha de segunda a sexta até as 19 horas, sábado até as 14 horas, levar mais uma hora para voltar para casa.

Tudo o cansava ultimamente, as rejeições de editoras, as críticas descabidas, os pais cobrando coisas absurdas, os malditos adolescentes excitados transando nos corredores, as idiotices de estrelas de cabeça para baixo que começaram a surgir no corredor de suspense e só sobrava para ele limpar.

Hoje sexta-feira 18 horas, ele faz sua pequena vistoria antes de arrumar suas coisas e encerrar seu turno.
Lá está a maldita estrela agora não era de giz, era vermelha numa espécie de tinta Shang ficou com tanta raiva que bateu a mão num canto qualquer abrindo um corte pequeno pingando seu sangue no centro da estrela.

Pisando duro ele vai buscar os materiais de limpeza, perdeu o momento em que no centro do pentagrama no chão começou a surgir uma espécie de fumaça.

De volta com um balde e a mão com um curativo improvisado começou a limpar.

Do nada ele sente como se estivesse sendo vigiado, com medo e afoito ele olha para todos os lados, não vê nada.

Volta a se concentrar na limpeza, sentiu novamente que tinha olhos o vigiando, olhou ao redor devagar, leu os títulos dos livros onde estava, ali está seu amado Dracula, Frankstein e tantos outros que amava.

Nunca teve medo do desconhecido, do sobrenatural, na verdade desde pequeno adorava ler esses livros.

Notou que entre uma das prateleiras um par de olhos azuis o vigiava.

Se movimenta devagar notando que os olhos o fitavam, se aproxima, cada vez mais bem devagar, bem perto ele se vira, sem chance do outro fugir, ele nota cada detalhe daqueles belos e profundos olhos.
Azul claro, o círculo ao redor num azul royal lindo, pequenos brilhos semelhantes a gelo, olhos afiados com sobrancelhas retas de tom ébano numa faixa de pele pálida, isso é o que a pequena brecha o deixava ver.

– Ei você já tá na hora de fechar vamos te levarei até a saída, - diz Shang querendo ver o restante da pessoa.

Caminhou até a direção em que os olhos estavam, nenhuma pessoa somente frio passou pelo seu corpo arrepiando os cabelos de sua nuca.

Não acreditava em seus olhos jurava que tinha visto alguém.

– Bem tô trabalhando demais vou terminar isso e ir para casa dormir, - Shang conversa com seus botões.

Volta para o correndo onde limpava, não havia mais nada a ser limpo estranhou jurava que mal tinha começado.

Ao lado da estante onde havia se cortado achou um curativo de colar na pele deu um pequeno sorriso e o colocou na mão.

– Obrigado, - disse para si mesmo já que não viu mais ninguém, - Mas por favor não fique aqui venha comigo para fora, - diz caminhando em direção ao armário de limpeza.

– Uma pena queria tanto ver você, --Shang resmunga baixinho.

– Sua vontade será feita, - diz uma voz gélida atrás de Shang.

Devagar ele se vira, um homem alto magro de belo porte, elegante num terno slim preto, uma camisa preta, uma gravata e lenço de bolso azul escuro, pele muito alva, boca rosada, rosto bonito emoldurado por lindos cabelos compridos ébano,  pequeno símbolo azul brilhava em sua testa e lá estão os lindos olhos azuis.

– Uau você é perfeito, - disse Shang deixando tudo cair ao seus pés.
– Você me chamou faça seu pedido, - disse o homem.

– Eu? Não, não tem algo errado, - disse Shang se afastando.

– Você pequena criatura está dispensando meu tempo, - diz o homem nervosamente.

– Ah muito engraçado, você aparece suja o chão, faz suspense, fez charminho agora me ofende? Sério cara, - diz Shang.

– Foi você que pingou sangue e me chamou para um pacto, - disse o homem se aproximando, - Agora faça sua parte  e me entregue seu corpo mortal e sua alma imortal, - disse o homem sem paciência já.

– Não te invoquei, - disse Shang se aproximando do homem.

– Já que nada pedirá sua alma levarei, - disse o homem.

– Porra nenhuma você não vai me levar a nada, - disse Shang com o dedo em riste batendo no terno do homem.

– Então faça seu pedido ou somente irei matá-lo, - disse o homem de cima para baixo.

– Sério não faço pacto, não quero morrer ainda, nada na minha vida deu certo, perder a vida sendo ela tão sem graça, eu quero fazer mais, quero fazer mais, partir tão triste deixaria minha alma com um gosto péssimo você não vai apreciar, mata um adolescente cheio de sonhos e amor no coração será um ótimo banquete, - disse Shang se esquivando.

– Não como almas, - disse o homem.

– Ah então você quer meu corpo, cara foi uma péssima cantada com esse visual era só dizer Oi, que eu já cavalgava fácil, - disse Shang escondendo o riso.

– Você é idiota demais para permanecer vivo, - disse o homem mostrando as garras.

– Desculpe se não agrado Vossa Alteza, - disse Shang rindo mais.

– Isso pequeno humano sou seu superior me chame de rei, - disse o homem.

– Ei eu tenho estatura normal tá, me chame de Shang Qinghua, - disse indignado.

– Não, você é pequeno par um homem, - diz o homem para tripudiar.

– Meu rei deixe de bobagem e me ajude, - disse Shang levantando as vassouras.

– Esse é seu pedido em troca de sua alma?,- pergunta o homem.

– Não, não, espera aí, - disse Shang alto, - Gozar com seu pau em mim, gemendo alto, ouvindo você gemer meu nome, esse seria meu pedido, resmunga Shang baixinho se afastando.

Ele acaba o serviço, termina tudo 20 horas ele tá pronto para sair, o homem só olhava o que ele fazia.

– Meu rei terminei vou embora, você tem para onde ir?, - pergunta Shang.

– Vou ficar com você até ter sua alma, -disse o homem.

– Cara eu não vou pedir nada então procure outros, - diz Shang saindo.

– Esperarei todos tem algo a pedir você não seria diferente, - disse o homem.

– Então Meu rei vamos para minha casa, geralmente vou de ônibus, - disse Qinghua separando o bilhete.

– Jamais andarei nesse negócio, - disse o homem, - Ele para em frente a um carro preto entre dirija, - manda.

– Já que Meu rei manda, - Shang pega a chave o homem entra no banco de trás em fim dirige até sua casa.

Continua...