Capítulo Trinta e Cinco

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"Por que Matilda estava em uma livraria?", Walburga perguntou assim que eles saíram da ala hospitalar.

"Não faço ideia", comentou Elizabeth, não querendo que ninguém além de Matilda soubesse que ela tinha visto Joshua novamente.

"Eu me sinto tão mal por ela, ela não merecia isso", Melissa mudou de assunto.

Elizabeth olhou para trás, pensando ter ouvido passos. Era de tarde e ela não queria voltar para seu dormitório, tudo a faria lembrar de Matilda. Claro, ela não demoraria muito, mas ninguém estava lá para Elizabeth como Matilda.

"Você não vai voltar para a Sala Comunal?", Melissa ponderou enquanto ela e Walburga notaram que Elizabeth não estava tomando o mesmo rumo que elas.

"Eu vou mais tarde", Elizabeth respondeu, balançando a cabeça e andando pelo corredor. Ela não sabia para aonde ir e para quem ir. Tom era a última pessoa com quem ela queria falar. Joshua parecia a opção perfeita, mas ela não queria confiar nele novamente. Henry a entendia e sempre estava lá para ouvir, mas ela não queria ser ouvida sem respostas.

Como se seus problemas precisassem de atenção imediata, ela sentiu uma mão agarrar seu ombro. "Elizabeth", Antonin Dolohov cumprimentou-a com uma voz monótona. Ele deixou seu peso cair sobre ela.

"Antonin!", ela chorou. "O que aconteceu?" Elizabeth o puxou para cima e viu seus olhos vermelhos e injetados, e sua pele pálida.

"Você... Você não pode", ele balbuciou, parecendo estar engasgando.

"O que, eu não posso o quê?", Elizabeth repetiu e insistiu com ele.

Ele olhou para ele e seus olhos se abriram. Tom tinha aparecido ao virar da esquina e caminhava a passos rápidos perto deles. "Não diga a ele...", ele parou, caindo no chão de pedra.

"Ah, não, de novo não", Tom franziu a testa e puxou o corpo de Antonin para cima. "Ele recebeu uma poção do amor por aquela garota, Olive, e ele tentou reverter isso sozinho. Eu sei o que fazer, deixe-me levá-lo", explicou ele.

Elizabeth queria ajudar, mas deu um sorriso simpático, "Você não é o salvador de todos hoje?"

Tom enviou um sorriso malicioso na direção dela e puxou a mão de Antonin por cima do ombro, arrastando-o para o Salão Comunal. Talvez ele não fosse tão horrível, afinal. Talvez ela tivesse apenas uma péssima primeira impressão dele. Ela deu um sorriso satisfeito e continuou pelo corredor, indo até à biblioteca para que pudesse ler e esquecer as coisas.

Apenas na esquina escura de onde Elizabeth estava se afastando, Tom jogou Antonin contra a parede de pedra. "Não diga a ele?", ele repetiu o aviso de Antonin para Elizabeth, os dentes cerrados e os olhos cheios de raiva.

Antonin se mexeu, seus olhos abrindo e fechando lentamente, "Peço desculpas, meu Senhor, eu, eu não sei o que deu em mim".

"Você nunca vai falar com ela novamente, está claro?", Tom rosnou.

"Estamos, meu senhor, nunca mais falarei com ela", prometeu Antonin com olhos desesperados. Quando ele tinha onze anos, ele queria deixar seu tempo em Hogwarts com notas perfeitas e uma posição garantida no Ministério da Magia, mas agora, ele só queria sua vida.

Tom o empurrou para o chão, "Limpe-se e não saia do seu quarto. Cure suas feridas completamente, nenhuma cicatriz deixada para trás. Eu não posso arriscar nada". Ele se afastou, deixando Antonin sozinho no chão.

Tom precisava trabalhar para fazer sua primeira Horcrux. Não, ele não tinha feito uma de Klaus, pois, estava completamente despreparado. Ele se lembrava daquela noite como se fosse ontem à noite. Depois que Elizabeth saiu da festa, Klaus correu atrás dela logo, Tom logo atrás. Ele o encurralou em um canto vazio e escuro. Tom colocou seu charme silenciador sempre presente e matou Klaus rapidamente. Ele desejou que ele pudesse ter feito isso mais doloroso, mas ele apagou.

Turned | Tom Riddle - PortuguêsOnde histórias criam vida. Descubra agora