O calor voltou a atingir minhas bochechas e eu abri a boca como um idiota.

– A quem devo agradecer essa surpresinha especial, Granger? – Senti um puxão na parte inferior ao escutar meu nome saindo da boca dele, Zabini estava sempre fazendo piadas e rindo alto, mas ele nunca tinha se dirigido especialmente a mim, não que eu me lembro, mas meu sobrenome pareceu ser feito para estar nos lábios dele.

Ele não parava de sorrir e isso me fez ao menos parar de tremer igual uma idiota. Ele se aproximou de mim, bastante só para constar, daquele jeito que parece que todo garoto Slytherin anda, como um maldito membro da realeza esperando que seus súditos beijem seus pés.

–Devo acreditar que está me espionando...? — Ele mordeu levemente o lábio inferior, eu era uma presa e ele o predador analisando sua próxima refeição. Aquele movimento para mim, automaticamente fez o ar ficar mais abafado. Ele estava bem mais perto do que o devido e eu pateticamente segurei fôlego e ele pareceu notar pois seu sorriso escancarou, o suficiente para eu fechar a cara e o empurrar. Eu precisava respirar.

– Não estou espionando coisa nenhuma!— Exclamei. Minha voz soando mais aguda que o normal,eu sai de perto dele. Por que meus olhos me traem e odiosamente corriam pelos braços fortes do batedor?

Devo reiterar que costumo sim ser a parte racional do trio, mas de forma patética e humilhante eu escorreguei na poça de água que se formou na beirada de uns dos chuveiros. Tentando parecer menos ridicularizada, eu juntei toda a minha vergonha e tentei levantar, a lateral do corpo com uma dorzinha irritante.

Blaise Zabini parecia alguém muito de bem com a vida, pois o sorriso continuava a enfeitar seu rosto bonito.

–Mulheres são malucas – Ele revirou os olhos e sem nenhum esforço enrolou os dedos longos no meu pulso e ergueu-me do chão sem nenhum esforço, como ele não me soltou, meu corpo foi de encontro ao dele, batendo em um abdômen duro. Eu engoli a seco com a constatação de que eu também queria colocar a mão nele, ele tinha a pele quente o suficiente para esquentar todo o meu corpo.

–Com toda certeza você está mais para surpresinha especial, Granger!

Eu identifiquei o sorriso dessa vez. Era um sorriso sacana, seus olhos estavam direcionados para o meu tronco, acompanhei o seu olhar e corei novamente.

A camisa branca do uniforme estava parcialmente molhada e agora transparente, meu sutiã verde totalmente aparente cobrindo as curvas dos meus seios.

Procurei desesperadamente o cós da saia a procura da varinha para secar minha blusa.

– Está procurando isso ?- Dessa vez gargalhou balançando entre os dedos minha linda varinha.

– Devolve Zabini! — Vociferei exasperada, já tentando avançar no garoto, foda-se, já havia atingindo os limites da humilhação.

–Ts, Ts— Ele estalou a língua no céu da boca e eu acompanhei o movimento. O valor do meu rosto se espalhou pelo meu corpo todo. — Se você quer uma coisa, você tem que vir atrás.

Que merda de pensamento Slytherin era essa.
Ele se afastou alguns passos e eu acompanhei voltando a me aproximar dele que ergueu o braço que segurava minha varinha. Ele era alto, sim, alto, forte e terrivelmente lindo.

— Francamente Zabini! — Devolva meu autocontrole, porra.

Estreitei os olhos e pela centésima vez naquela tarde escancarei os lábios. Ele apenas sorria com as minhas reações. Senti a raiva estalar dentro de mim, junto com toda aquela porcaria de reação que meu corpo estava tendo, tomei impulso e sem pensar me me lancei sobre ele que não estava preparado e tropeçou com a surpresa.

Como uma cobra que era, o maldito sorrateiro ainda teve tempo de me enlaçar pela cintura antes de cair do chão molhado me levando a tiracolo .Quando olhei para seu rosto, tão de perto, fodidamente másculo, me olhando com aquelas orbes negras como carvão, e estupidamente não pude evitar um suspiro. Claro que eu tinha consciência da sua beleza, sou uma garota e esse é o assunto preferido nos dormitórios femininos. Porém, olhar para ele assim tão de perto, com sua respiração batendo no meu rosto, foi como voltar a respirar depois de um afogamento, absurdamente prazeroso e necessário.

Involuntariamente eu sorri e bobamente coloquei uma mecha de cabelo atrás da orelha, seu rosto era tão convidativo...Ele voltou a sorrir.

–Você é completamente louca — Ele sussurrou, sua voz era grossa e rouca contra o meu rosto, e no meu íntimo eu desejei que ele me dissesse obscenidades.

Como se fosse um velho hábito, ele encostou seus lábios nos meus, um selinho casto que evoluiu para uma mordida no meu lábio inferior. Lábios grossos e macios tomaram os meus num beijo lento e sensual.

Naquele segundo eu estava, de forma terrível, totalmente excitada. Tanto quanto era possível, ele enlaçou a minha cintura e me apertou sobre ele e eu senti meu pau confortavelmente apoiado no vão entre as minhas pernas. Eu sufoquei um gemido e desejei intimamente que não existisse nenhuma peça de roupa entre a gente. Parecia tão grande e quente quando quando sutilmente criava atrito na região da minha boceta.

Ele pareceu gostar pois aprofundou melhor o beijo. Eu agarrei seus ombros, eram tão largos! Ele era um cara alto, um metro e noventa talvez, mas naquela posição, suas coxas estavam quase na mesma e eu sem pensar muito abri mais as pernas quase dobrando o contato, ele respondeu apertando minha cintura com força e minha peque queimou, Zabini soltou um gemido grave que me envolveu numa bolha eróticas

Num ato de coragem eu enfiei a mão por baixo da sua camiseta e passei a mão naquele abdômen que me roubou o juízo, era forte como eu imaginei.

Zabini foi incisivo quando abriu os botões da minha camiseta as mãos cobriram os meus seios e eles estavam duros sob seu toque.

—Verde? — ele umideceu os lábios.

Eu não consegui pensar em uma resposta coerente antes de escutar meu nome ser gritado de longe. Atrapalhada, com a camisa parcialmente aberta e provavelmente descabelada e vermelha, eu levantei aos tropeços.

— Parece que sua guarda chegou. — Zabini era sempre tão despreocupado assim?

Eu acenti enquanto abotoava a camisa. Subitamente me dei conta da situação e fiquei envergonhada.

Ele pareceu perceber e calmamente estendeu a varinha para mim. Como eu poderia me lembrar dela?

A peguei e voltei a encara-lo. Ele também se levantou, encostou na parede e colocou as mãos atrás do pescoço, aparentemente relaxado, como se nada tivesse acontecido. Eu sorri com a cena e fiz a única coisa que consegui naquele momento: virei afim de ir antes que os garotos entrassem.

–Hey Granger — ele me chamou e eu me voltei a ele, com expectativa. Nem eu tinha ideia do que estava esperando.

— Finta de Wronsk — Foi o que ele disse.

Eu sabia o que aquilo significava, era uma manobra do apanhador. Cheio de surpresas, ele me contou a manobra secreta do Malfoy.

Ele piscou para mim, e eu o admirei por alguns segundos, como um belo monumento, despreocupado, bonito e sensual.

— Obrigada Zabini.

Chegaste ao fim dos capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Feb 18, 2022 ⏰

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