Um conto de Natal- Parte 1: Com amor

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Ji-ah realmente se animou com a proposta, depois de um ano tão conturbado, comemorar essas datas humanas seriam bom, tanto para ela como para as filhas. Além disso, era o primeiro Natal de Yeon como humano, e com a família toda reunida também.

- Fazendo planos sobre o quê? - Yeon chegou com Ma-rin no colo depois de trocar fralda. Estava sujo de talco no nariz.

- Vamos fazer uma festa de Natal. Com tudo o que tem direito, que tal?

Yeon olhou intrigado para a esposa, Ji-ah nunca foi de ligar para essas datas humanas, mas sabia que ela era muito ligada a família e no fundo queria comemorar o fato de estarem todos juntos novamente.

Ξ

Rang havia acordado antes dos primeiros raios de sol apontarem timidamente no céu. Havia sonhado sobre a sua pior fase novamente, se encontrava só e perdido, e mesmo depois de acordar ainda estava se sentindo assim. Yu-na dormia profundamente ao seu lado, não o viu levantar e ir até a sala tomar um copo de whisky.

Olhava a adormecida Seul pela grande janela da sala, se perguntando o motivo de sonhar com essa época uma vez ou outra, tendo em vista que ele estava finalmente vivendo bem. Pensar em como estava feliz o deixava aflito, pois sabia de todo o mal que havia feito e ele mesmo achava que não merecia tanto, por mais que estivesse bem, no fundo era como se tudo aquilo fosse desaparecer a qualquer momento.

- Bebendo a uma hora dessas? - Yu-na disse meio sonolenta enrolada no edredom, foi até ele e o abraçou por trás, que levantou apenas o braço que estava com o copo para não ser engolido pela coberta. - Aconteceu alguma coisa?

- Não, só acordei e vim pensar um pouco.

Yu-na o virou e tirou o copo de sua mão, ela sabia que tinha algo, mas conviver com Rang diariamente a fez entender que não poderia saber de tudo. Haveriam coisas sobre o passado dele que o atormentavam, mas não insistiria em saber, primeiro por não saber se conseguiria lidar com isso e segundo por saber que Rang havia mudado e estava tentando viver uma nova vida. Assim, quando ele ficava pensativo como agora e não se abria com ela, Yu-na não insistia, apenas ficava ao seu lado. Pode aprender que o silêncio também era uma forma de consolo.

- Está frio, vamos para cama? - ela disse depois de ficarem um tempo abraçados vendo os primeiros sinais de que iria amanhecer no céu. - Podemos ficar abraçadinhos na cama mais um tempo antes de eu ir para o trabalho.

- Só abraçadinhos? - Rang levantando uma das sobrancelhas e dando seu sorriso de lado característico, ele havia voltado ao normal.

- Não sei, depende de... Rang! - Yu-na grita ao ser carregada pelo marido e levada de volta para a cama. Com a chegada deles Bo-Mi, que dormia tranquila em sua cama, levantou a cabeça e soltou um latido resmungando do barulho. Próximo a cama, Rang pisa no edredom, se desequilibra e cai em cima da cama, teve o tempo apenas de virar para que Yu-na caísse em cima dele, e não o contrário. Os dois caíram na gargalhada, deitados, Yu-na o cobriu com o edredom que a envolvia.

Ξ

Yeon estava estudando um caso como consultor do Departamento de Crimes Violentos da polícia de Seul quando Ji-ah chega com Mi-rae cheia de sacolas. Ele teve tempo apenas de fechar a pasta e colocar algumas revistas em cima, falaria com ela sobre isso depois do Natal. Se levantou e pegou a maioria das sacolas da mão de Ji-ah, compraram tanta coisa que até Mi-rae vinha carregando duas sacolinhas com enfeites dentro.

- Minha nossa, vamos enfeitar um castelo com tudo isso? - Yeon perguntou.

- Tudo é extremamente necessário, inclusive, você fica responsável por marcar com os outros para fazermos o sorteio dos papeis.

I'll be there: uma segunda chanceWhere stories live. Discover now