- Você me bateu!
- Você fez eu sair fora de mim Luísa! Você e aquele médico ao ficarem de conversinha no café!
- Você me bateu! Você tem noção do quão grave isso foi?
- Eu te dei um tapa! Você falando faz parecer que te espanquei! – ele fala largando o garfo. – Eu sei que te peguei com mais força que o normal, mas porra! Eu sou homem e me deixei levar!
- Não foi a primeira vez! – falo baixo sem encará-lo.
- Mas eu te prometo que será a última! – ele fala e eu o olho. – Luísa... acredita em mim! Eu amo você e prometo que aquilo nunca mais irá se repetir!
- Eu acho que a gente precisa de um tempo! – falo.
- Eu também acho! Eu também acho amor! Eu inclusive passei essa viagem pensando em uma viagem de nós dois apenas e ...
- Um tempo nosso ... mas separados! – falo com coragem e já fico nervosa ao vê-lo me olhar com raiva já. – Eu vou pra casa do meu pai, passar uns dias, você pode ficar aqui em casa e eu não vou contar pra ninguém o que aconteceu entre nós dois e ...
- Sem chance! Nós não vamos fazer nada disso!. – ele ia se levantar, mas eu o impedi.
- Eugênio, eu não estou pedindo sua opinião, eu estou te comunicando apenas!! Eu vou! – falei firme.
- Você vai atrás dele né? Daquele medicozinho! Tem o dedo dele nisso.
- Pedro não tem nada com isso! – eu disse. – Isso é apenas entre nós dois e suas atitudes!
- Minhas atitudes? Suas atitudes Luísa! Porque as minhas atitudes são reflexos da suas! Eu apenas reajo as besteiras que você faz ou fala como agora! – ele fez um gesto com as mãos. - Estou de saco cheio de ouvir você falar como se a culpa não fosse unicamente sua e sua incapacidade de cumprir com suas obrigações!
- Eugênio... – fechei os olhos. – Eu não quero brigar com você, mas eu preciso ir, entende? Eu quero continuar a trabalhar, ter minha vida e ser um pouco mais independente de você pra tudo.
Ele se levantou e deu alguns passos fortes pela sala.
- Você não vai, entendeu? Você é minha mulher e eu estou dizendo que você não vai! – ele gritou.
- Não torne as coisas mais difíceis, por favor?.– ele voltou pra perto de mim e me levantou da cadeira segurando forte pelo braço.
- Eu cansei de ser bonzinho com você! Cansei!
– Você está me machucando!
Eu falo mas ele não pareceu ouvir. Senti ele nos movendo e ele me jogou em cima do sofá.
- Você. Não. Vai! Estamos entendidos? Nem que pra isso eu tenha que te prender em casa! – falou entre os dentes.
- Você vai me bater de novo é isso?! – perguntei com medo ao vê-lo puxar o cinto da sua calça.
- Já passou da hora de te mostrar quem manda aqui, nessa casa e em você!! – ele falou desabotoando sua calça.
– Não ouse tocar em mim ou eu vou chamar a polícia. – ele fingiu que não me ouviu – Eugênio, eu estou falando sério!
- Tira o short! – ele pediu acabando de tirar suas roupas.
- Não! – me encolhi no sofá.
- Não vou pedir de novo! – seus olhos estavam negros de raiva.
Na minha frente estava um Eugênio muito pior que aquele que vi há 3 dias atrás.
- Não! Eu.Não.Vou.Tirar! – falei entre os dentes.
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