O mistério das rosas

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Acabava de limpar um dos candelabros pendurados sobre as paredes douradas preenchidas por papel macio, e quando me virei uma das gavetas da penteadeira estava aberta, então, gentilmente eu as fechei mas não pude deixar de olhar os bastões prateados ao lado das joias esbeltas que brilhavam como cristal, era possível ver uma divisória entre um dos bastões, levei uma de minhas mãos até o mesmo sorrateiramente, e quando o abri pude ver o batom com o tom carmesim o qual se estampava nos lábios da mulher, deviam ser muito valiosos vindos de uma condessa como Alcina Dimitrescu. Pude me fascinar, tinham valor suficiente para regularizar tudo financeiramente, e..."não, não posso fazer isso", "mas pense bem, suas dívidas seriam inexistentes", "não farei isso" um diálogo interno ocorreu, fazendo me indescisa, mas não haveria mais tempo, a porta se abriu sendo possível ver uma silhueta branca e longa passando pela minúscula porta, o que me fez largar o batom e fechar a gaveta brutalmente, assim que me virei nossos olhares se cruzaram levemente me fazendo encarar o chão."Você já terminou seus afazeres ?" Perguntou me arqueando uma de suas sobrancelhas."Sim senhora"."Traga-me um vinho. Sanguis Virginis, eu mereço depois de todo esse stress que passei com o idiota Heisenberg, aquele verme se metendo em minha vida pessoal...". Enquanto as palavras ecoavam pela sala, a mesma segurou firme sua cigarrilha tragando a, e caminhando até uma das enormes janelas que pertenciam aquela sala. Por algum momento ela se virou "O que faz aqui ainda ?, vá logo", "sim senhora", e como fui, voltei, foi bem rápido, trazia uma bandeja a qual tinha uma figura dourada, simbolizava a casa Dimitrescu, e a garrafa, possuía um acessório no qual flores prateadas o rodeavam o fazendo ficar atraente e chique, então eu a servi, ela sinalizou com sua mão esquerda aonde gostaria que eu posicionasse a bandeja, logo colocando a em cima da penteadeira pude ver três flores as quais eram idênticas as que herdei de minha mãe, para ser mais precisa, eram rosas pretas, uma cor que se destacava naquela vestimenta de luxo. "Me desculpe senhora, mas o que significam essas três rosas pretas ao lado esquerdo do seu vestido?" A perguntei. A maioria das empregadas não conversavam com Alcina, apenas as pessoais, mas era raro, até porque ela e suas filhas davam muitos motivos para nem sequer as encararem, mas eu não tinha medo."E por que eu deveria te dizer ?" a mulher nem mesmo olhou para os lados, despejou o líquido escuro na taça, observando a tonalidade do vinho na borda do cálice dourado que tinha em suas mãos."Nada de mais...eu tenho uma idêntica a essas, mas ao invés de preta, é vermelha, achei ocasionalmente invulgar"

Continua...

𝐎 𝐌𝐢𝐬𝐭𝐞𝐫𝐢𝐨 𝐃𝐚𝐬 𝐑𝐨𝐬𝐚𝐬 || 𝐋𝐚𝐝𝐲 𝐃𝐢𝐦𝐢𝐭𝐫𝐞𝐬𝐜𝐮Where stories live. Discover now