16. Encontros e Desencontros

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Bucareste, Romênia

A L I C E

Passei o restante da manhã e da tarde envolvida em pesquisas e e-mails. Reportava tudo o que havia ouvido de Erik para Ross, e ele me garantiu de que só mandaria uma equipe para olhar. Se atacassem, eu seria exposta, pois fui a única que estava na sala com Erik. Não fazia ideia se outra pessoa sabia dos seus planos além da que ele conversava, então seria arriscado.

Após isso também conversei com Colin e Nancy por videochamada, me atualizando de como eles estavam, deixando as missões um pouco de lado. Eu sentia falta deles, e ainda mais quando lembrava que ainda teria que ficar por, pelo menos, mais duas semanas aqui. A missão principal não estava nem perto de realmente acabar.

Com o fim da tarde, eu puxei os arquivos que tinha aqui, pegando o endereço da antiga base romena da Hidra, e então comecei a me arrumar. Pus minha roupa tática, e uma jaqueta e coturno por cima, disfarçando, pois me permitia transmutar de forma com facilidade e não me impedia de lutar.

Com celular, localizador ativo e instrumentos que eu possivelmente precisaria, saí de casa. Não encontrei ninguém conhecido e isso facilitou minha caminhada. Me afastei cada vez mais da cidade. Não queria pedir táxi pois sabia que, além de não ser tão longe, o local era deserto e pouco movimentado. Eu sabia me defender mas poderia estar pondo outra pessoa em perigo.

A base usava de disfarce uma usina antiga. Era impossível perceber que havia algo mais ali, e eu não saberia se não tivesse a planta do local. Alguns dos potões da frente e grades estavam arrebentados, já velhos e bastante gastos, e facilitou minha entrada. Na lateral, puxei o cadeado que trancava o portão maior, quebrando a corrente, entrando no local, na verdadeira base.

— Corte uma cabeça e outras duas surgirão. — Leio a pintura na parede conforme passo o corredor. — Que brega.

Passo por algumas portas, abrindo-as e checando se havia algo dentro. A maioria delas estava completamente vazia ou só abrigava computadores velhos que sequer funcionariam mais. E eu não era louca de ligar a energia desse lugar. Sabia a tecnologia que eles tinham, e que poderiam enviar um sinal para uma base ativa atualmente. Não estava a fim de perseguir nazistas enquanto perseguia um mutante lunático e uma arma de combate humana.

— Mas que..

Na porta que eu havia entrado tudo estava uma bagunça. Caixas derrubadas, reviradas, alguns papéis jogados, como se alguém tivesse entrado aqui procurando por algo. E parecia ter entrado a pouco tempo. Um dos computadores tinha um soco no meio da tela, a única tela que estava sem poeira. Imediatamente entrei em alerta e mudei de forma.

Seja quem quer que fosse aqui dentro junto comigo, não poderia ver meu rosto. Ativei todos os meus sentidos e continuei andando, procurando. Segui o cheiro mais forte que senti, e me levou até uma sala. Essa em questão estava trancada com um leitor de retina e digitais. Havia um soco forte na fechadura. Haviam tentado arrombar aqui, mas sem sucesso.

Peguei a bolsa, tirando uma chave de fenda e uma chave mestra. Quebrei os dois leitores, impedindo que fossem ativados e, quando falhassem, ativassem algum tipo de alarme. E então forcei o leitor de digital, forte o suficiente para quebrar a estrutura interna e abrir a porta.

— Isso aqui sim vale a pena.

Haviam poucos registros, mas se estavam naquela sala, com toda aquela segurança, é por que eram muito mais que importantes. Continuei procurando, pegando o que me interessava. Algumas coisas para mim, algumas coisas para enviar a Fury. Não havia dados sobre Barnes ou sobre qualquer outro supersoldado, mas havia um mapeamento das bases europeias da Hidra, e círculos em vermelho sobre a base russa, a maior e mais importante. Havia algo lá.

𝐒𝐊𝐘𝐅𝐀𝐋𝐋 ꩜ bucky barnes (✓)Where stories live. Discover now