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˖◛⁺⑅♡ chapter five

No café da manhã Harriet, a coruja de minha tia Celeste me deixa uma carta

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No café da manhã Harriet, a coruja de minha tia Celeste me deixa uma carta. Encaro nervosamente aquele pedaço de papel, fazia algum tempo que não falava com minha tia, portanto, não fazia ideia do que se tratava. De qualquer forma decidi deixar isto de lado e terminar meu café da manhã enquanto conversava animadamente com Adam sobre sua tentativa de entrar no time de quadribol neste ano.

Passo o resto do dia ignorando aquela carta enquanto vou às aulas, quando volto ao dormitório enfio minha cara em meus livros até Eleanor me chamar para o jantar. Estava planejando ler após o jantar mas aparentemente tenho que encontrar Regulus na torre de astronomia, então decido por ler agora.

Tiro o selo de cera lilás com o brasão dos Lumin e abro a carta.

"Alya,

Seu pai está planejando ingressar seu irmão nos comensais por conta de suas retaliações. Sei que tem total capacidade para defender Apollo de seu pai, como vem fazendo por todos estes anos. Mas sinto que desta vez ele só irá parar quando você ceder.

Alya você sabe de todos os erros que já cometi em minha vida e de todas as vezes que decepcionei sua mãe. Você me lembra a mim mesma quando jovem, até demais, mas apesar de ter o meu lado rebelde eu sei que você tem a parte doce de sua mãe, o que a torna a melhor de nós. Stella era a única pessoa que se importava comigo apesar de tudo o que eu fiz, ela sempre conseguia ver o melhor em todos. Você, minha querida Alya, herdou as melhores partes de sua mãe e mesmo que ela não esteja mais aqui sei que aonde quer que esteja ela está muito orgulhosa de você, de cada passo que você dá e cada atitude que toma. Ela te amava com todo o coração, assim como eu a amo. Quero que saiba que você jamais irá me decepcionar.

Você é a última esperança de nossa família Alya, peço que por mais difícil e doloroso que seja, honre o sangue poderoso dos Lumin que corre em suas veias!

Com amor, sua tia Celeste."

Pânico. É isto que sinto ao ler. Apollo como um comensal? Só por cima do meu cadáver!

— Última esperança da família — dou uma risada irônica em meio ao sussurro — Como se eu já não me cobrasse o bastante, obrigada tia.

Separo um de meus papéis de carta e molho minha pena na tinta para começar a escrever, quando minha porta é escancarada por uma Eleanor sorridente.

— Adivinha o que tem pro jantar? — os olhos da garota brilham insanamente e antes que eu responda ela mesma o faz — Lasanha!

• • • •

Durante o jantar todas as vezes que olhei para Regulus o mesmo me olhava, não sei dizer muito bem o que havia em sua expressão, talvez nervosismo? Ansiedade? Autodepreciação?

Quando olho novamente ele já não está mais lá, olho para o relógio. Sete minutos até o horário do jantar acabar. Me recuso a ir para esta tortura antes, quanto menos tempo eu passar com ele, melhor.

Assim que Adam se levanta, eu o sigo e Eleanor vem logo atrás de nós, mas ao invés de continuar no caminho para a comunal, sigo em outra direção até a torre de astronomia. Subo as escadas devagar, criando coragem o suficiente para aguentá-lo. Assim que chego ao topo há um cobertor estendido no chão, Regulus está sentado sobre ele, ao seu lado há livros da matéria. Sigo silenciosamente e me sento ao seu lado

— Achei que não viria — diz sem desviar seu olhar do céu estrelado.

— Vejo que pelos menos pensou em trazer os livros da matéria — lhe dou um sorrisinho irônico quando vira seu olhar para mim.

Folheio seu livro em busca de suas anotações para ao menos tentar entender no que ele tem dificuldade. Não há nenhuma. Nada. Seu livro está em branco, se não fosse pelos desenhos nas pontas das páginas. O olho com incredulidade.

— É sério? Nenhuma anotação? Sabe, sem anotações você não consegue fazer absolutamente nenhuma destas poções! Estava fazendo o que enquanto Slughorn explicava?

— Pensando em você — responde ele automaticamente. Reviro os olhos e agradeço por estarmos no escuro.

— Posso anotar no seu livro? — pergunto ignorando totalmente o que aconteceu. Ele assentiu e me passou um lápis. Me concentro em lembrar de cada uma das aulas.

— Sua cara concentrada é engraçada — vejo um esboço de sorriso no canto de sua boca — Você fica com a testa franzida e língua para fora, assim — ele tenta me imitar, o que me faz rir.

Nunca imaginei que Regulus seria capaz de deixar um ambiente totalmente calmo e ainda por cima me fazer rir, para mim ele tinha a personalidade equivalente a um idoso rabugento.

— É bom eu estar concentrada mesmo, qualquer coisa errada pode fazer você transformar uma amortecia em um veneno.

— É o que há de ruim nisso?

— Está querendo envenenar alguém, Black? — indago arqueando a sobrancelha

— Talvez um dia eu precise — ele dá de ombros.

ᴄʀᴜᴇʟ sᴜᴍᴍᴇʀ | ʀᴇɢᴜʟᴜs ʙʟᴀᴄᴋ Kde žijí příběhy. Začni objevovat