15. Conversas e Um Bom Passatempo

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Bucareste, 08h

A L I C E

Havia acordado extremamente cedo, e estava até agora organizando o meu apartamento. Sentia que estava uma bagunça, e sabia que os papéis das missões estavam facilmente acessíveis, então os pus dentro da mala, debaixo da cama. Ainda fáceis de achar, mas não tão óbvios quanto a mesa de cabeceira.

Não havia tomado café ainda, mas já havia posto a comida de Alpine. Ele não parava de miar no meu ouvido para todos os lados que eu andava. E após finalmente terminar tudo, fui a janela lateral, abrindo-a e vendo Alpine saltar e subir, observando a rua comigo.

Um assobio me chamou a atenção. Duas notas extensas. Meu ouvido me levou direto para onde vinha. A janela de barnes. Um andar abaixo do meu, na outra lateral do prédio. Assobiei de volta e sorri. Ele estava com roupa esportiva e uma luva no braço esquerdo, escondendo a mão de metal.

— Esqueceu de mim? — Pergunta, e eu nego.

— Sobe. Vou me vestir.

James assente, e eu saio dali, indo direto para o meu quarto. As roupas estavam separadas no armário. Pego uma legging grossa preta, um top cinza e troco as minhas roupas, pondo o pijama no cesto. Calço o tênis e pego a garrafa e os fones, levando apenas por precaução caso eu corra por mais tempo que James.

Ouvi as batidas na porta e andei até lá, conversando com Alpine e pedindo que ele ficasse calmo e comportado em casa. Abri a porta e vi Barnes com sua roupa de corrida, e o cabelo bem preso em um boné. Ele sorriu para Alpine e depois para mim. Eu observei seu rosto e seu nariz já cicatrizado, e toquei o local, vendo-o desviar um pouco.

— Ainda dói.

— Não tomou os remédios, não é? Eu avisei.

— Você é muito mais forte do que parece, isso sim. — Se defende, pondo as mãos nos bolsos da calça.

Sorrio de sua frase e timidez, e puxo seu braço, o aproximando mais de mim. Repito meu ato do outro dia, lhe dando um beijo onde havia machucado, vendo seu rosto corar outra vez. Adorava a forma como ele sequer conseguia disfarçar.

Nós descemos juntos, e só começamos a correr quando saímos do prédio. Barnes manteve uma velocidade média, mas quando me viu forçando para correr mais rápido, ele continuou. Nós corremos por parte da cidade e tomamos rumo para a parte mais isolada. Eu apenas seguia Barnes. Confiava nele e queria saber para onde ele me levava.

— Aguenta ir mais rápido? Quero te levar em um lugar. — Ele pergunta ofegante dando passadas mais leves.

— Manda ver, Narizinho.

Bucky sorriu e logo começou a correr um pouco mais rápido. Ele pegou um desvio para a esquerda e eu o segui. O caminho ficou menos movimentado a cada passada. Poucos carros, poucas pessoas e cada vez menos casas. Estávamos numa espécie de bosque bem aberto, arejado e iluminado, com uma pista para corridas, me fazendo supor que muitas pessoas vinham por aqui.

— Espero que não vá me matar e jogar meu corpo no rio. — Digo quando ele para e desce uma pequena rampa.

— Do jeito que o seu soco é forte, é mais fácil você me matar dentro do rio. — Ele diz e eu gargalho.

Bucky me leva por um caminho similar ao de trilha, que possivelmente era menos movimentado do que o de cima. Nós andamos por curtos segundos, nos guiando pelo som do rio, e logo paramos num lugar mais extenso, mais aberto. Árvores grandes ao redor, e montanhas do outro lado.

— É aqui que eu venho quando minha mente precisa de uma recarga, quando eu sinto que estou prestes a explodir. É meio que o meu lugar de conforto, então.. Saiba que eu tenho ciúmes.

𝐒𝐊𝐘𝐅𝐀𝐋𝐋 ꩜ bucky barnes (✓)Where stories live. Discover now