As duas começaram a rir e fiquei ainda mais confuso, mas sua amiga garantiu que não, os dois não eram namorados, então Ethan tem a mente brilhante, idiota, de convidar elas para beber. Cruzei meus dedos, pedindo mentalmente pra que não aceitassem, mas não deu certo, elas aceitaram.

  Agora estou aqui, afogando novamente os demônios da minha cabeça, com a bebida, enquanto Ethan fazia gracinhas e as duas riam.
O som da risada da Alicia, me causava uma sensação boa, o sorriso dela era perfeito, eu acho que nunca tinha visto um assim.

– E você Henrique? Oque faz da vida?

Os olhares dos três caem em mim, eu dou um sorriso gentil para a garota e desvio o olhar, encontrando com Alicia, que desvia nas mesma hora.

– Nada de interessante.

Volto a encarar a garota;

– Eu não tenho muita coisa que eu possa fazer né?

– Ah, eu tenho certeza que você ainda possa fazer bastante coisa. Não é tão ruim assim.

– Amiga.. - Alicia chama a atenção dela, negando com a cabeça.

Dou de ombros, é fácil falar pra quem não está no meu lugar, mas eles estão se divertindo e não vou entrar numa discussão com alguém, que acabei de conhecer.

– Caramba! - Ethan da um pulo e abre um sorriso, estendendo a mão pra garota. – Vem, precisamos dançar essa música.

A mesma aceita sem excitar e os dois vão até a pista. Observo Alicia, que olhava os dois, sorrindo, talvez ela só seja uma garota normal e eu, um senhor ranzinza.

Conduzo minha cadeira mais próximo a ela e suspiro;

– Você também dança muito bem, era pra estar se divertindo.

  Ela me olha no mesmo instante, colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha, parecendo um pouco envergonhada.

– Obrigada eu acho! - ela franze a testa. – Mas estou cansada, já aproveitei bastante hoje.

– Eu acredito que sim.

Dou um sorriso sincero e em seguida, um gole na minha bebida.

– Você costuma sair pra lugares assim?

– An, as vezes sim. A vida precisa um pouco de diversão.

Concordo com a cabeça. Falando em diversão, saudades da época que eu corria em velocidade, tanto com meu carro, quanto com as motos. Aquilo era minha calmaria, minha paz, o meu momento de diversão, e eu fui o próprio, acabar com tudo isso.

– Eu fico feliz em ver você aqui.

Sua voz doce, me tira dos meus pensamentos, voltando pra realidade. Ela abre um sorriso, que faz meus olhos desviarem pro mesmo é involuntariamente, sorrio e volto a encarar, dando de ombros;

– Bom, digamos que não seja a pessoa que você queria encontrar hoje.

– Ah por favor Senhor...

Estreito meus olhos e a mesma fica sem graça.

– Henrique... não diga besteira.

Amor e SuperaçãoWhere stories live. Discover now