Minh’alma aqui me abraça ainda criança,
me acolhe nos seus braços com ternura
sonhando uma existência de ventura
ao ser que, no seu colo, em paz, descansa!
Pobre e inocente, essa criança pura
que, sem temor, ao seio seu se lança
sequer pondera que, da vida, a dança
há de exigir-lhe de total bravura.
Mas, ela e eu, formamos par sem medo;
então, que a vida escreva o seu enredo
que havemos de chegar ao fim da estrada...
E, quando isso se der, frente à velhice,
me recordando tudo o que predisse,
meu colo dar-lhe-ei se, enfim, cansada!@PauloBragaJr
https://poesiaemsonetos.blogspot.com
Paulo Braga S. Junior/Novembro/2021