- Eu ia, mas desde ontem que ela não me responde. Venho da casa dela, quer dizer, da rua que ela mora, vigiando, porém não tive sucesso - baixei os olhos para o copo em minha mão agitando os cubos de gelo.

- Ela deve ter um bom motivo para fazer isso. A Nika me pareceu estar caidinha por você, relaxa mano.

- Obrigado João!

- Vamos mudar de assunto, mais tarde tenho certeza que ela vai te responder e depois vão se pegar- Marcos tenta me animar.

- Você está certo, a Branquinha é bem inconstante às vezes.

Distrair com meus amigos, fez-me bem e quando cheguei em casa recebi uma mensagem da Nikella. Foi um alívio, só que sua resposta as minhas mensagens não me convenceram.

Ela entrava no WhatsApp lia minhas mensagens e sequer respondia com um, depois nos falamos.

Como ela não podia me responder por ter que dá atenção a amiga? Ela estava com a Alice?

Me fiz tantas perguntas e nenhuma resposta convincente satisfez-me.

Na segunda, eu estava animado por saber que ela viria para a Body Fit e no final, nem ela, nem da Alice,apareceram.

Novamente mandei mensagem, liguei e depois de tanta insistência foi que ela atendeu a ligação. Contou-me que não veio à academia porque precisou ajudar sua mãe. Enrolou-me mais uma vez e desligou.

Na terça larguei o serviço na escola com destino ao shopping para fazer uma surpresa pra Branquinha, convida-à para almoçar. Assim ela não terá desculpa para recusar.

Cheguei no horário. Eu não sabia em qual loja ela trabalhava. Subi para o segundo andar procurando pelas perfumarias e não foi difícil achar a loja que ela trabalha.

Assim que entrei dei de cara com ela contornando o balcão ajeitando a bolsa no ombro.

A Branquinha para bruscamente ao levantar os olhos e me ver. Sorrio indo de encontro a ela, que me olha espantada sem esboçar reação alguma de contente para com minha presença.

- O que tá fazendo aqui, Dilipe? - Pergunta puxando-me para fora da loja.

- Vim almoçar com você - digo pegando sua mão juntando com a minha, que ela soltou quando saímos do estabelecimento. - Estava com saudades de você, Branquinha... Três dias me dando gelo, não sou pinguim - trago o corpo da Nika pra junto do meu enlaçando sua cintura, aproximando meu rosto do seu que se afasta do meu beijo.

- Dilipe, aqui não, tá cheio de gente - Branquinha se afasta de mim no mesmo instante.

- Que porra é essa, Nikella?! O quê que tem de eu te beijar aqui? Tá com medo do quê? - afasto-me tirando minha franja do rosto.

- Não estou com medo de nada, ok?! - Só não quero beijar em público.

Tomei uma grande inspiração, chamando a Branquinha para irmos comer. Dessa vez não toquei nela e seguimos lado a lado até o restaurante.

O curto percurso que fizemos até o restaurante foi em silêncio.

Mesmo o clima estranho, o almoço foi bom. Nikella relaxou. Conversamos, perguntei mais uma vez se ela estava fugindo de mim, até mencionei se foi por a ter levado no drive-in. Ela negou, sustentando a desculpa de estava ocupada.

De volta ao shopping, no estacionamento, não deixei a Branquinha escapar , dei aquele beijo de língua chupando até a alma dela. Ela correspondeu tão desejosa quanto eu, fazendo-me tirar as paranoias da cabeça.

𝙉𝙄𝙆𝙀𝙇𝙇𝘼 - Entre Toques & Suspiros Where stories live. Discover now