07. Agente Dolohov

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Dias atuais
Terra-199998
Washington, D.C, EUA, 2016

A L I C E

Eu nunca quis sonhar demais, ou imaginar demais o que o futuro planejava para mim. Acho que no fundo eu sempre tive medo disso. Na minha vida, as coisas sempre aconteceram sem planejamento, exceto minha carreira, e, de qualquer forma, foi diferente do que eu havia pensado. Muito diferente.

Me tornei Sargento com um ano de serviço ativo no exército, e subia de patente uma vez por ano. Exceto em 2008, que comecei como Sargento de Serviço, subi para Primeira Classe, e terminei o ano como Sargento Mestre. Foi o meu melhor momento ali.

Hoje, em 2016 e com 28 anos, já atuava como Capitã. Liderei muitas equipes em missões, frentes de batalha, participei de muitos conflitos armados, aumentando a cota de cicatrizes que eu tinha – que não sumiam mesmo com o meu fator de cura. E, pelo meu valor, era uma oficial muito bem paga e protegida, mesmo que alguns homens do alto escalão insistissem em não querer pagar tanto por uma mutante.

Já não trabalhava mais com o exército diretamente, e sim em forças especiais dos EUA. Minha base agora era no Pentágono, e, quando não estava aqui, estava na A.I.I.C.A. Havia me tornado agente de campo com poucos anos de serviço também, e agradeci aos céus por Colin não ter me dado nenhuma vantagem por ser sua filha. Aliás, ninguém ali sabia do nosso parentesco, apenas os que nos conheciam do exército, já que eu continuava usando meu sobrenome russo.

Aos poucos, os níveis das minhas missões foram subindo. Eu já trabalhava com o alto escalão, as vezes indo também para missões internacionais. Já cheguei a combinar missões da agência com as do exército, todas muito bem sucedidas. Eu fazia o que me era ordenado, ganhava minhas honrarias por isso. A vida não poderia ser melhor.

Bom, a vida profissional, é claro. Como algumas pessoas dizem, azar no amor, sorte no jogo. Ou é o inverso?

— Capitã, o General está chamando.

— Avise que já estou indo. — Pedi, finalizando o trabalho do dia.

Desliguei o monitor e guardei as pastas na gaveta trancada a chave. Pus na mochila tudo o que precisava revisar em casa e desliguei as luzes da minha sala, fechando tudo e ativando o sistema de digital. Caminhei até a sala de Colin, vendo a porta aberta e entrei, fechando-a após passar. O vi sentado, com os óculos na testa, enquanto assinava algo.

— Mandou me chamar?

— Sim, não é nada demais. Só preciso de você amanhã aqui, bem cedo.

— Alguma ocasião especial? Visita?

— Uma visita de alguém que você ainda não conhece. Sinto algo ruim sobre isso, mas sei que não posso evitar. Devemos favores um ao outro.

— É aquele Nicholas?

— É sim. Mas amanhã eu os apresento. Não esqueça, esteja aqui às sete.

— Sim senhor.

— Ah, e sua mãe mandou lasanha para você. — Colin disse, tirando a travessa de vidro do pequeno frigobar que havia no escritório. — Suas tias foram jantar lá ontem e essa ficou a mais.

— Eu avisei a ela que não poderia ir, estava resolvendo papelada no Pentágono.

— Ela entendeu. Eu também fugi de lá. Odeio aquelas irmãs dela. E ela também. — Diz, pausadamente, me fazendo rir. — Quando vai visitar ela?

— Estou pensando em ir de surpresa no fim de semana.

— Ela vai amar. Agora vá para casa. Descanse e durma cedo. O dia vai ser corrido amanhã.

𝐒𝐊𝐘𝐅𝐀𝐋𝐋 ꩜ bucky barnes (✓)Where stories live. Discover now