— Você está bem, Sins? — Heyoon perguntou. — Ficou um pouco quieta.

— Estou. — Ela assentiu com firmeza.

— Não está, não — Sofya rebateu, virando a câmera para si. Ela estava franzindo a testa. — Qual é o problema?

Sina mordiscou o lábio inferior.

— Ainda não sei se a Sammy e eu vamos poder ir — ela admitiu, odiando o jeito como sua voz soava. — O Thomas ainda está sendo teimoso.

Na tela, podê ver Heyoon se inclinar para a frente.

— Mas a mediação vai acontecer, não é? — ela perguntou. — Então você vai poder estabelecer os termos do divórcio.

Sina assentiu.

— Sim. — Suas irmãs estavam tão frustradas com as leis de divórcio de Maryland quanto ela. Ter que viver separada de Thomas por um ano antes de finalizar o divórcio parecia um tipo especial de purgatório. Ela esperava já terem concordado com os termos muito tempo antes, mas Thomas tinha outras ideias. Ele havia cancelado a sessão final de mediação três vezes. Era como se não quisesse dar fim às coisas entre eles.

— A mediação final vai ser na quarta-feira. Espero que possamos concordar com a guarda e a pensão. Mas nada disso vai ser implementado até o ano que vem, quando vamos poder provar que estamos separados há um ano.

— E depois disso você vai poder viajar? — Savannah perguntou, parecendo esperançosa.

— Eu, sim. — Sina assentiu. — Mas só vou poder levar a Sammy para fora do país com a autorização do Thomas. — Ela remexeu as mãos com frustração. — E vocês conhecem o cara. Com ele não existe almoço grátis.

Heyoon lhe deu um sorriso solidário.

— Está tudo bem com a mediação? — ela perguntou. — E quanto à guarda e à pensão?

— Minha advogada acha que eles vão concordar com setenta por cento da guarda para mim e trinta para ele — Sina afirmou. — Isso é tudo que eu quero. Todo o resto é negociável. A maioria dos bens do Thomas ele já possuía antes de nos casarmos, e a minha empresa deve ter lucro no próximo trimestre. Espero não ser dependente dele para nada além das mensalidades escolares e extras da Sammy até o fim do ano que vem. — Ela abriu a boca para falar sobre Noah e ter sido vista com ele durante o jantar, mas a fechou com firmeza. Havia prometido a si mesma que não pensaria nisso, não até a reunião na quarta-feira.

— Os negócios estão indo bem? — Sofya perguntou. — Ah, estou muito feliz por você. A Savannah me enviou algumas fotos. Seus arranjos de flores são lindos.

— São mesmo — Savannah concordou. — Quero que ela faça a decoração do casamento. Vamos levar você e a Sammy para a Escócia de alguma forma.

— A Savannah está certa, você está indo muito bem. Você é mãe solteira, começou seu próprio negócio e está dando o fora no seu ex idiota. Um dia ele vai acordar e perceber o que jogou fora, e eu gostaria de estar lá para testemunhar. — Heyoon sorriu. — Porque, a essa altura, você não vai dar a mínima.

— Porque ela vai estar nos braços de um cara legal — Sofya acrescentou, sempre romântica. — Que sabe exatamente como cuidar de uma mulher.

— Ela já esteve nos braços de um deles — Savannah apontou, em seguida cobriu a boca com horror. — Ah, merda. Me desculpe, Sins.

— O quê? — Sofya perguntou em voz alta. — De quem?

— Tem alguma coisa que você não nos contou? — Heyoon perguntou, se inclinando para a frente com interesse. — Ou sobre alguém?

Uma luz no Outono - Adaptation NoartWhere stories live. Discover now