Washington, D.C, EUA, 2000N A R R A D O R
A estada de Alice na casa dos Olympus não poderia ter sido melhor durante os quatro anos que se passaram. Colin conseguiu tratar de tudo o que precisava muito rápido, e em um mês, Alice começou a ser acompanhada por psicólogo, psiquiatra e analista infantil. Ninguém pôs pressão sobre ela, e ela tratava às visitas quinzenais como mais uma de suas aulas.
Fez diversos tipos de exames com eles. Aqueles que faziam com pessoas de diversas idades que cometiam crimes graves — como o que Alice cometeu — para detecção de anomalias nas funções cerebrais. Em três meses de testes, Alice não testou positivamente para sociopatia ou psicopatia. E em dois meses de testes mais profundos, obtiveram a conclusão mais simples possível.
Instinto.
Alice sobreviveu por instinto, escondeu-se sozinha, soube ser silenciosa, agiu com frieza. Tudo por puro instinto. Seu cérebro já era muito mais maduro do que deveria, ela era uma criança treinada para sobreviver, e ela tinha consciência de que morreria caso não fizesse o que fez.
Nesse período, passara a desenvolver uma espécie de arrependimento pela morte do pai, mas sempre que era questionada se faria novamente caso voltasse no tempo, ela respondia que sim, e que se possível, também salvaria a mãe.
Então, aos poucos, o assassinato deixara de ser conversa na terapia de Alice. O stress pós-traumático voltou à campo, a depressão, que nunca esteve presente em sua vida mas poderia chegar, e as crises de ansiedade e síndrome do pânico, essas sim eram suas companheiras fiéis. Não lhe largavam um segundo, e sempre que passava por uma situação estressante, costumava ter suas crises, em silêncio, e passar por elas sozinha.
— Teve algum pesadelo essa semana? Alice?
— Não. — Ela responde, com sinceridade. — Não tive. Mas sei que terei hoje.
— Por quê?
— São quatro anos do incidente. Sempre tenho pesadelos nas mesmas noites. — Ela rebate, estalando os ossos dos dedos. — Mas também não tive crises essa semana.
— E passou por alguma situação estressante?
— Bom... Sim. Eu jogo no time de basquete da escola e acabei perdendo uma enterrada. Acabou prejudicando um pouco o meu time.
— Bem que Olympus disse que você é muito competitiva.
— Ah, sou. — A menina respondeu, sorrindo. — E então? Acabamos por hoje?
— Sim. Você está bem melhor, Alice. Seu comportamento, sua fala, sua postura, sua sinceridade. Estou orgulhosa desses pequenos detalhes.
— Agradeço. Nos vemos em quinze dias!
— Até lá!
A morena saiu do consultório, seguindo direto para o carro de Colin que estava a esperando no acostamento. Ele estava distraído, falava numa chamada em viva-voz no carro, e apenas deu um curto beijo na cabeça de Alice assim que ela entrou no veículo, começando a dirigir para casa.
— Fury, você já me roubou Barton, Hill, Melinda... não está satisfeito?
— Não. Vamos lá, a Carter é uma agente pequena, acabou de chegar, só tem dezoito anos. Não vai fazer falta para você.
— Por que quer tanto ela?
— Ok, ok. Ela é sobrinha de uma das criadoras da S.H.I.E.L.D. Satisfeito? — Nicholas questionou ao telefone e Colin apenas respondeu em um murmúrio. — Vamos lá, major!
![](https://img.wattpad.com/cover/285270767-288-k764807.jpg)
YOU ARE READING
𝐒𝐊𝐘𝐅𝐀𝐋𝐋 ꩜ bucky barnes (✓)
Random[EM REVISÃO] Espiã S+. Assassina. Máquina de matar. Estes e muitos outros eram os títulos de 𝐀𝐋𝐈𝐂𝐄 𝐃𝐎𝐋𝐎𝐇𝐎𝐕. Mas ela costumava referir a si mesma como algo mais simples. Monstro. Era tudo o que via no seu reflexo. A carreira de sucesso no...