61 | "Quem é você?"

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Narcisa sua sogra estava ali.

Embora não admitisse nem a si mesma para ela era um choque saber que seu filho fora condenado a passar a eternidade com uma traidora de sangue, o que não agradava a sua família. A loira tinha total consciência de que Ambêr Weasley era muito importante para seu filho, mas não sabia que a ruiva mechia com seu consciente a ponto de tal ato. Afinal, para Draco desrespeitar uma ordem de seu pai era inadmissível. Em nenhum momento de sua longa vida, Narcisa imaginou que Draco faria isso.

Por outro lado, a mulher se sentiu intrigada, se fosse em outra situação, o filho único dos Malfoy já havia quebrado tal ligação. Se Draco havia se rendido de tal forma a Ambêr, significava ( para Narcisa ) que ela o fazia bem - ou ao contrário.

- Quem é você? - Perguntou Narcisa tentando esconder o choque em sua feição.

Ambêr pareceu ligeiramente envergonhanda, ela forçou a garganta. A ruiva não estava nenhum pouco apropriada para um diálogo civilizado com sua sogra - seu pijama curto entregava esse fato. Ela estava tão envergonhada de está ali, naquela cozinha, que pensou em aparatar diversas vezes.

Narcisa analisou cada molécula de Ambêr, em questão de segundos. Ela esperava uma recepção meiga dos elfos que ali trabalhavam quando a casa estava fechada, mais para seu espanto, a grande Mansão na Londres Trouxa estava muito bem ocupada.

- Desculpe-me pela falta de educação, Sra.Malfoy. - A ruiva sibilou confiante. - Me chamo Ambêr. Ambêr Weasley.

A ruiva ainda anestesiada pelo choque estendeu a mão meigamente, sem saber se teria o cumprimento retribuído.

Antes mesmo que Narcisa pudesse mecher um se quer dedo de suas mãos. Uma voz rouca e alta surgiu no alto das escadas.

- Honey? Está na cozinha, te procurei pelo quarto e não te encontrei. - Seus passos faziam um grande eco pela sala que também fora consumida pela vergonha. - Não está assaltando a geladeira, não é?

"Falando assim, ela vai pensar que eu sou uma morta de fome". Pensou Ambêr ruborizada.

O rapaz surgiu na entrada da cozinha, apenas usando uma calça moletom verde de linho, era visível sua expressão de confusa de sono, seus cabelos loiros - quase brancos, bagunçados invadindo a testa e as entradas da virilha a mostra.

Narcisa forçou a garganta para indicar que estava ali. Draco parou na porta de entrada da cozinha - ao lado de Ambêr, olhou para as duas mulheres a sua frente e derrepente ficou pálido.

- Alguém pode me explicar o que está acontecendo aqui?

- Simples, sua mãe veio fazer uma visita.

Ambêr deu um sorriso amarelo.

Narcisa colocou as mãos na cintura em espera. Quase batendo os pés no chão.

- O que esta fazendo aqui, mamãe? - Ele perguntou, puxando Ambêr para atrás de si, sem pensar.

- Eu lhe perguntei primeiro. Responda-me. - Narcisa puxou o leque de dentro das suas vestes.

- Eu e Ambêr estamos passando as férias juntos. - Ele evitou dar muitos detalhes. Draco arqueou as sombrancelhas a espera da resposta da mãe.

- Vim ver se a Mansão estava em suas devidas condições, afinal, ela estava a meses sem ser ocupada. - Ela olhou para Ambêr que tinha os braços cruzados. - Mas agora vejo que estava redondamente enganada.

"Estava mesmo" Ambêr pensou com si mesma.

Draco estava altamente envergonhando com a situação constrangedora. Não por causa da companheira, mas sim por causa da mãe. Não estava em seus planos receber sua mãe no meio da tarde.

- A sua sorte é que seu pai desistiu de vim. - Narcisa encostou-se na bancada da mesa.

- Ele pretendia vim? - Draco questionou alarmado.

Claramente aquilo era horrível para Draco, significava que seu pai poderia fazer algum ruim a sua companheira, ou seja, a Draco também.

- Sim. Mas acabou recebendo uma carta urgente do Ministério, o requisitando para uma reunião às pressas. - Ela fechou o leque e o apoiou na mármore na bancada.

Draco apenas acenou com a cabeça, lentamente.

- Vejo que já estão resolvidos. Considerando que da última vez... - olhou de relance para Draco. - ...não estavam muito bem, por culpa de Draco é claro.

Ambêr não se conteve e sorriu.

- Sim Sra. Malfoy, estamos bem. Draco e eu já resolvemos nossas diferenças e apredemos que erros são sempre pagos na mesma moeda. - Ambêr respondeu prontamente a sogra encarando as órbitas azuis do companheiro. Draco confirmou freneticamente ainda recuado junto da companheira.

Narcisa sorriu

- Acho melhor me acomodar, não poderei voltar a Mansão Malfoy com essa chuva. Partirei pela manhã. - Disse a mulher retirando a capa preta que tinha sobre os ombros.

Narcisa jogou a capa em um lugar qualquer que ela não se importou em olhar, apanhou o leque da bancada e andou lentamente até as escadas onde parou no primeiro degrau.

- Espero que tenham um resto de tarde agradável...Se comportem. - Pousou a mão sobre o corrimão e subiu as escadas.

Diário de uma Weasley - Entre o Bem e o Mal Where stories live. Discover now