006. cursed.

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Louis estava andando mancando, e quando eu tentava o ajudar, ele esquivava.

Passamos por uma loja que tinha vários relógios. Eles marcavam 03:00, não sei se é impressão minha, mas parece que congelamos no tempo.

Corremos até a calçada para nos escondermos quando vimos um grupo de pessoas acertando tiros para o alto, em carro de guerra.

Seguido por várias pessoas fantasiadas, muitas delas gritavam: "purificai-vos, purificai-vos!".

Senti meu coração acelerar quando vi o melhor amigo do papai, Blake. Eu tinha esquecido completamente dele, será que ele me abrigaria em sua casa com suas filhas até essa noite acabar?

Espere um segundo, por que diabos ele estava entre essas pessoas? Ele deveria estar em casa, com sua família.

— _______? Por que está tremendo? - perguntou Louis tocando no meu braço, me tirando do transe.

Eu estava estática, todas as lembranças de meus pais sendo mortos a sangue frio vieram a mente. Com os dedos trêmulos, apontei para o homem de cabelos pretos.

— O que tem aquele homem? Ele te fez alguma coisa? ______? - Louis questionou.

Coloquei as mãos no rosto pensando no que fazer. Blake é como meu tio, com certeza me ajudaria sem hesitar.

— Me espere aqui. - eu disse para Louis e entrei naquele mar de gente.

Rasgaram minhas roupas e alguns até me arranharam um pouco com suas facas. Assim que estava perto o suficiente de Blake, agarrei a manga de sua blusa.

— Tio Blake! - chorei de alegria, abraçando-o. - Preciso de ajuda.

Ele me afastou sutilmente, um pouco desconfortável. Sua expressão não demonstrava confiança, e sim: raiva, confusão, medo e nervoso.

— ______.. - murmurou.

Nós estávamos sendo empurrados pela multidão, tentei me manter firme no chão, Louis me espera do outro lado.

— Eu fui a única que restou, mataram meus pais. - eu disse, com um nó na garganta.

Tio Blake não sabia muito o que dizer, ele parecia preocupado, olhando toda hora para os lados.

Ele segurou nos meus ombros, tão firme que parecia querer quebrar meus ossos.

— Blake, me solte, está começando a me assustar. - eu disse em um tom sério.

— Para a noite de crime terminar, precisamos-vos purificar, o pesadelo acabará se a almadiçoada descansar. - ele pegou um punhal e mirou no meu pescoço.

Tentei correr, mas ele era muito forte, um brutamonte na verdade.

Antes que ele fizesse um estrago em mim. Senti alguém me puxar pelo ombro: Louis.

Louis agarrou Blake pelo braço.

— O machado, ________! O braço! - ele gritou.

Entendi o recado. Cortei o braço de Blake fora com o machado.

A multidão começou a correr de nós, outros a rir.

Blake se jogou no chão gritando com tamanha dor.

— Fala sério, ela arrancou seu braço, onde você está sentindo dor? - Louis perguntou, colocando o pé na barriga de Blake e dando um empurrãozinho.

— Louis. - chamei. - Temos plateia.

As pessoas fantasiadas fizeram um círculo a nossa volta, pareciam bem entretidos no que estávamos fazendo.

— Amaldiçoada! Amaldiçoada! - gritavam com o dedo apontado para mim.

Louis franziu as sombrancelhas, fazendo uma manobra com o machado que parou em seu ombro.

— Quem são esses? - perguntou ao meu lado. - Você fez alguma coisa?

Engoli em seco e olhei para Blake.

O desgraçado estava sorrindo.

Será que não foi ele que mandou aquela gangue matar meus pais? Ele era o único de fora que sabia sobre nosso esconderijo. Ele queria que me deixassem viva?

Mas por que me chamou de amaldiçoada?

— Essa garota! - entrou no círculo Kade, o líder da gangue que me persegue desde então. - Causa desejos em nós, a lascívia. - ele gargalhou enquanto me rodeava.

Louis entrou na minha frente:

— E você é quem?

— Eu sou Kade, e vim até aqui para acabar com o mal que há entre nós. - ele se voltou para mim. - Não esqueceu de como você mexeu comigo? Em sua garagem.

Senti vontade de vomitar quando lembrei.

— O que ele te fez? - Louis perguntou para mim. - Responde, ______.

— Ah, _______. - gemeu o loiro. - Esse nome vai me atormentar pelo resto da vida.

Enquanto Kade tentava se aproximar de mim, Louis se punha mais ainda em minha frente. Blake passou a mão pela minha perna, dei um suspiro de espanto e Louis se virou para me proteger de Blake.

E Louis ficou nessa, uma vez me protegia de Blake, e outra de Kade. E o desastre começa.

As pessoas em volta começam a se aproximar cada vez mais. Eles nos deixaram encurralados.

— Louis! - chamei enquanto era puxada pelas pessoas. Também puxaram ele para o lado oposto do meu.

— _______! - chamou ele, estendeu a mão para me alcançar.

Mas nos distanciaram totalmente.

No meio daquela multidão, me arranhavam com duas facas pontudas e colocaram um saco de batatas branco em mim.

Passaram até tinta vermelha no saco de batatas. O quanto mais eu tentava sair, mais presa eu ficava.

A última coisa que eu vi, foi uma mulher fantasiada de Clyde me dando um soco.

O soco foi tão forte que apaguei na mesma hora que recebi.

O soco foi tão forte que apaguei na mesma hora que recebi

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Próximo cap apenas tragédia..ou não 😝 Félix vai aparecer no próximo cap 💃💃💃💃💃😼😝😩🥰

𝗧𝗛𝗘 𝗣𝗨𝗥𝗚𝗘 𝗡𝗜𝗚𝗛𝗧, louis partridgeOnde histórias criam vida. Descubra agora