Capítulo 23

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Barbie olha para mim e faz uma careta por conta do clima que ficou depois dessa conversa. Porém, meu amigo está certo, não posso deixar de aproveitar todo o tempo que tiver com ela e a ideia de perdê-la me deixa mal.

Hoje vim trabalhar de carona com Barbie, porque Kath disse que ela quem irá nos levar para o nosso primeiro encontro. Achei legal e, como sempre, me surpreendeu. Eu não sei em que restaurante nós vamos, mas até mesmo se ela me levar em uma barraquinha para comer cachorro-quente, eu irei adorar, só pelo fato de estar com ela.

O dia está bem tranquilo hoje na empresa, exceto pela briga de Barbie com Olívia, que todo mundo desse andar, e talvez do prédio inteiro, tenha ouvido. Eu não estou entendendo essa implicância deles. Olívia é muito simpática e solícita com todos, menos com ele. Até cheguei a imaginar que eles talvez já tivessem ficado, mas Barbie descartou essa possibilidade e, ainda disse que lembraria de tal beleza. Patético.

Kathllen disse que viria aqui me buscar por volta das 19:00 e não falta muito para isso.

Na hora que saí com os meninos para almoçar, passei em uma floricultura e pedi para que entregassem um buquê de rosas vermelhas para ela; não coloquei nenhum recado fofo porque não saberia o que escrever, mas coloquei que estava ansioso para vê-la mais tarde. Claro que os meninos riram da minha cara quando fiz isso, mas eu apenas ignorei. Assim que Kath o recebeu, me mandou várias mensagens com fotos dela segurando o presente, me agradecendo. Salvei uma foto em que ela estava em cima da cama com as rosas. Linda como sempre.

— Está ocupado?

Viro o rosto na direção da voz do meu irmão assim que o ouço. Levanto e saio de trás da minha mesa, vendo-o na porta, com cara de cão sem dono.

— Entra.

Ela fecha a porta e segue para o sofá, se sentando de frente para a janela. Apoia os cotovelos nos joelhos e solta um suspiro longo. Me sento próximo dele, observando o quanto está abatido. Meu peito se aperta e parece que vou sufocar por o estar vendo assim.

— Desculpa, cara. Eu não deveria ter falado com você daquele jeito. Jamais deveria ter duvido de você, nunca — ergue a cabeça e seus olhos encontram os meus, tristes. — Eu me senti um merda. Na verdade, ainda estou me sentindo. Me desculpa, irmão.

Coloco a mão nas costas dele e me aproximo mais, olhando bem no fundo dos seus olhos.

— Você não tem que me pedir desculpas por nada, irmão. Foi só um mal entendido e já passou. Eu amo você, cara. Não vai ser algo assim que vai mudar nossa relação — ele suspira e abaixa a cabeça de novo. — Vocês se falaram novamente?

— Sim. No domingo, quando fui embora, na verdade me encontrei com ela — balança a cabeça e a joga para trás. — Quando que eu me tornei essa cara que é desesperado por amor e atenção? Como eu nunca percebi isso em mim, Noah?

Na verdade, B sempre foi assim, desde criança. Ele gostava da atenção e que as pessoas demonstrassem que o amava, e desde pequeno, já tinha problemas com isso, porque fazia tudo pelas pessoas para ter isso em troca. Porém, a gente sabe como funciona; nada que se faça, é garantia de ter gratidão ou amor em troca. Tudo piorou depois que ele teve a sua primeira namorada na época da escola. Era o típico casal clichê composto por uma líder de torcida e o jogador de futebol americano, só vamos acrescentar na história o fato de ela namorar meu irmão e se envolver com o melhor amigo dele da época.

— Sério que é a tanto tempo assim? — pergunta, depois da minha demora para responder.

Levanto-me e vou até o bar, ofereço uma bebida e ele recusa. Pego uma água para mim e jogo outra para ele. Me sento no outro sofá, ficando de frente para Bryan.

Mistaken (FINALIZADO)Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt