2 - O jogo

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Eleanor Berrycloth

Dia de jogo! Lufa-Lufa e Grifinória. Eu obviamente não jogo, não sei se conseguiria subir tão alto sem cair e quebrar algum osso.

Prefiro ir cedo para o campo de quadribol, para ir devagar e conseguir pegar um lugar bom.

Meu caminho é interrompido por Pansy da sonserina, e seu grupinho de sobrinhas, oque não é nada bom.

— Eleanor como ta bonita hoje, vai se encontrar com alguém? – uma amiga loira, Amanda pergunta irônica.

— Não, estou indo ver o quadribol se puderem me dar licença.

— é claro que seria isso Amanda, ja viu a Eleanor com alguém a não ser para estudar? Medibruxaria quer cursar né? – dessa vez que destila veneno é Pansy.

— vocês não sabem nada da minha vida – respondo tentando não me estressar porque quando fico irritada choro.

— todo mundo sabe que você é uma nerd, quase sem amigos, não joga quadribol, vai sozinha a hogsmeade, é virgem e provavelmente nunca nem beijou, ja ficou com alguém alguma vez na vida?

Vaca

— Claro que sim

— Mentirosa – as meninas que adoravam me atormentar agora tinham varinhas empunhadas — você sabe como mentir é feio, e como você é uma mentirosa vamos te castigar, mas é para o seu bem.

Sinto o medo correr como um frio na espinha.

— Locomotor Mor...

— Protego! – é escutado uma voz grave lançando uma anti-azaração e antes de poder raciocinar muito Pansy e suas cobrinhas sumiram de vista.

— você ta bem? – pergunta agora o dono da voz na minha frente.

— estou bem, muito obrigada pela ajuda.

— o minimo que eu poderia fazer – diz o moço um pouco mais velho e ruivo, não deixo de corar um pouco quando percebo estar olhando demais.

— suponho ser um pouco velho para ser aluno, e novo para ser professor

— Vim ver Gina jogar, é o primeiro jogo dela, sou Guilherme Weasley, me chame de Gui mesmo. – assinto.

— eu sou Eleanor.. Berrycloth

— não conheço seu sobrenome, mestiça?

— Haham, mãe Auror e pai oftamologista trouxa.

— porque estavam caçoando de você?

— não gostam de mim, por motivos bestas, como tradição de sétimo ano elas tem uma vida festeira e divertida e zoam alguém como eu.

— Como você? Não vejo nada de errado – ele sorri gentil, agora caminhávamos novamente em direção ao campo.

— considerada nerd, não joga quadribol, não está em todas as festas nunca é vista com alguém, virgem e outras bobagens que não são comuns pra minha idade.

— quem precisa de alguém quando temos nós mesmos – eles fez uns gestos com a mão e rindo, acho que seria hilário se eu tivesse entendido.

— não entendi – fiquei um pouco sem graça.

— como? Você sabe.. não se toca? – a que ponto chegou essa conversa.

— c-como assim?

— não se da prazer? Nunca se deu? – ele parecia disfarçar o fato de achar que eu sou de outro mundo.

— não..acho que não, na verdade não sabia que dava pra fazer isso sozinha – mais um pouco e eu ficaria um tomate.

— Hmm nesse caso – ele parou um pouco pra pensar enquanto quase chegávamos as arquibancadas — quer aprender?

— aprender?

— não vou tirar sua virgindade isso tem que fazer com alguém que queira, só vou lhe ensinar a se dar prazer enquanto não arruma um namorado gatão pra você.

— P-Pode ser – que idéia maluca, mas mexeu comigo, como borboletas em baixo da barriga.

— tudo bem, depois do jogo na entrada dos vestiários – escutamos a movimentação oque significa que ja ia começar o jogo, ele me deu um beijo na bochecha, e com a pressa quase escapou no pescoço — até mais! E não fura comigo.

O jogo estava bem acirrado, a grifinoria indo muito bem no ataque, mas a minha casa se defendendo como nunca.

O pomo ainda não tinha sido avistado mas os apanhadores estavam atentos.

Por algum motivo os meus olhos se guiaram automaticamente até a parte vermelha da arquibancada, mais precisamente até achar um certo ruivo que eu conheci um pouco antes do jogo, fiquei com vergonha quando seus olhos pararam nos meus no momento em que eu estava o encarando.

Seus olhos desceram dos meus e correram meu corpo de cima à baixo e quando voltou a olhar nos meus olhos ele acenou com a mão dando um sorriso meio de lado.

Ainda bem que estava sentada, pois não confiava nas minhas pernas.

Acenei de volta, e voltando do transe olhei diretamente para algum ponto do campo fingindo prestar atenção no jogo.

Algumas vezes meus sentidos me traíam e me pegava notando Gui, por sorte ele estava concentrado demais torcendo e gritando por Gina para reparar.

Um momento por acaso o peguei me olhando primeiro, mas pela vergonha fingi não ver.

Madame Hooch apita o fim de jogo com a Grifinória campeã e lembro da loucura que estou prestes a fazer.

As arquibancadas esvaziaram pouco a pouco e meus olhos apenas focavam no movimento do vestiário. No momento que parou de sair gente eu corri até perto, mas levei algum tempo pra finalmente chegar até a porta.

Entrei um pouco nervosa, com pernas frouxas e um desconforto no estômago.

Ele já estava sentado no banco comprido com as mãos o escorando para trás e a cabeça inclinada para trás também.

Meu Doce Amor - Gui WeasleyWhere stories live. Discover now