• Prólogo •

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Use the sleeves of my sweaterLet's have an adventure

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Use the sleeves of my sweater
Let's have an adventure...
(Use as mangas do meu suéter. Vamos ter uma aventura...) - Sweather Weather, The neighbourhood

James Horan

Boulder USA, 1 de junho de 2018. 22:00 horas.

Toda a nossa turma estava na casa do Matt comemorando por passar de ano, agora íamos para o segundo ano do ensino médio.

A maioria dos nossos amigos estão juntos desde o ensino fundamental. Nós somos bem unidos e para mim, a nossa amizade vai muito além da escola.

- Vamos tirar uma foto gente - Mia chama todos e enquanto ela posiciona o celular, nós nos posicionamos. Ficamos um tempo sorrindo esperando a foto ser batida até a Julia reclamar.

- Um ano para tirar uma foto, tá gravando vídeo? - perguntou irônica.

- Nã... - ela parou de falar quando olhou para o celular - Ah, tá gravando - ela disse e deu um sorriso amarelo para a gente.

- Tinha que ser - Sophie diz revirando os olhos

- Agora vai - ela diz e volta para a posição e sorrimos, até ver o flash e o click da foto.

Logo depois todos já se espalharam pela grande casa de Matt de novo.

- Ei, James, olha quem tá perto da borda da piscina - Matt diz e aponta para perto da borda, onde a Julia estava.

Ela está linda hoje, na verdade não tem um dia que não esteja.

Para com isso James. Ela é sua melhor amiga.

- Ela vai matar a gente - respondo.

- Só se vive uma vez - esse era o lema do Matt, o que só levou a gente a sempre fazer besteira.

E com isso, nós fomos chegando perto da mesma devagar e quando ela foi virar, eu peguei os braços dela e o Matt as pernas.

- GENTE! NÃO, NÃO É PARA ME JOGAR, SÉRIO! - ela disse gritando

- UM - Matt diz e começamos a balançar ela de um lado para o outro.

- ALGUÉM ME AJUDA! - ela gritou para os nossos colegas que estavam rindo.

- DOIS - Matt continuou enquanto ela tentava se debater.

- TRÊS! - ele gritou e arremessamos ela

- EU VOU MATAR VO... - ela grita antes de cair com tudo na piscina.

Ficamos esperando ela emergir e mandar nós dois irmos a merda, só que isso não aconteceu.

- Matt, ela não tá voltando - eu disse e ele que parou de rir imediatamente, já ficando preocupado.

Não acredito que ela não sabe nadar

- Julia! - Matt gritou se aproximando da borda.

Nada.

- Merda - eu disse e pulei na piscina rápido junto com Matt, que foi atrás.

Quando pulamos vi só as pernas da Julia embaixo da água e logo depois emergi no mesmo tempo que Matt, vendo ela rindo de nós dois, junto com os outros.

- Você não fez isso - digo indo na direção dela

- Vocês que começaram - rebateu se defendendo e andando para trás, mas antes que eu pudesse fazer alguma coisa, todos os nossos amigos pularam na piscina de uma vez só.

- FESTA NA PISCINA! - um deles gritou antes de se jogar na mesma.

Olhei para o local que a Julia estava e vi que tinha perdido ela de vista. Fiquei mais um pouco na piscina e depois de me secar um pouco fui atrás dela. Achei a mesma secando o cabelo no banheiro com uma toalha e contorcendo sua blusa branca, que estava meio transparente.

- Você foi esperta - disse abraçando-a por trás e ela virou ficando cara a cara comigo.

- Eu sei, obrigada - ela diz e se vira para colocar a toalha no lugar - Me dá o seu suéter - ela diz estendendo a mão.

- Não sou eu que deveria oferecer? - digo arqueando uma sobrancelha

- Não estamos em um filme clichê, James. - ela diz revirando os olhos e completa:

- E aliás, foi a culpa sua por eu estar assim.

- touché - digo e entrego meu suéter cinza para ela

- Obrigada - agradece

- Não faz mais aquilo, fiquei preocupado - digo enquanto ela sai do banheiro rindo.

- Só quis dar o troco - ela se senta em um sofá pequeno da sala e eu me junto a ela, nesse momento o celular dela começa a tocar e ela o pega para atender - Alô?... De novo? Onde ele está?... Eu estou indo, obrigada. - ela finaliza a ligação e levanta rápido, enquanto mexe no celular. Ela parece estar preocupada.

- Aconteceu alguma coisa? - pergunto

- Nada demais, mas eu tenho que ir - ela disse caminhando até a porta. - Avisa ao Matt que eu tive que ir e agradece a ele. - ela diz rápido.

- Julia, o que tá acontecendo? - repito minha pergunta porque sei que ela está mentindo.

Julia não sabe mentir.

- Depois a gente se fala, James. - ela diz e tirando meu suéter e pondo na minha mão - Tchau - se despede dando um abraço

Observo a mesma sair em passos apressados e entrar em um carro, onde foi a última vez que a vi, depois dela ter sumido sem mais nem menos. Me deixando sem respostas por dois anos, que foi quando a encontrei.

ꊥꊥ

Quarta feira, 25 de agosto de 2020. Dois anos depois:

- Filho, já acabou de arrumar suas malas? - A dona Marie, uma moça que sempre cuidou de mim, pergunta da porta do meu quarto enquanto acabo de fechar a última mala.

- Acabei agora, meus pais vão conseguir ir no aeroporto? - pergunto a ela que faz uma cara de pena.

- Desculpa querido, eles estão trabalhando, mas deixaram dinheiro no seu cartão para você comprar um carro lá.

- Como se isso fosse comprar a falta deles - resmungo e pego minha mala para descer as escadas.

ꊥꊥ

Chegando no aeroporto já pude avistar alguns amigos. A dona Marie foi checar tudo para mim enquanto eu fui me despedir deles.

- Boa sorte na Juilliard - digo e faço um aperto com Matt seguido de um abraço.

- Para você também, se torne o empresário rico que irá bancar seu melhor amigo, caso tudo dê errado. - ele diz me fazendo rir. Me afasto para ir até Mia que está com um sorriso grande no rosto como se estivesse aprontando.

- Está tão feliz que eu vou embora? - pergunto arqueando uma sobrancelha.

- Claro que não, mas tenho certeza que você vai gostar de lá.

- Você já vai voltar para a sua cidade?

- Domingo - assinto e dou um abraço nela.

Depois de cumprimentar os outros me encontro com a dona Marie perto do portão de embarque.

- Boa sorte querido, vou sentir sua falta - ela diz já com lágrimas nos olhos.

- Também vou sentir sua falta, obrigado por tudo - digo e dou um abraço nela antes de seguir para o meu voo.

É a primeira vez que vou morar sozinho de verdade, mesmo que ficasse sozinho a maior parte do tempo, a Marie ia lá algumas vezes na semana para me ajudar.

E se eu soubesse o que encontraria lá, já teria partido a muito tempo.

Quando nos reencontramosOnde as histórias ganham vida. Descobre agora