O PRÍNCIPE E O GUARDIÃO®: Um Reino, um país e um destino

CAPITULO XII

- Bem... Sim! Nos já conversamos muito pessoalmente... Inclusive ele me aceitou nas redes de sociabilidades dele! E estamos conversando muito por lá! Quanto a torcida organizada... Bem, se eu conseguir ser o finalista... e futuro marido de nosso querido príncipe... Eu vou ser o primeiro cidadão do Território de Tenebrae a ser rei consorte de nosso amado país! – isso era fato, nunca na história antiga ou recente de Tenebrae, um homem ou mulher, chegou a ser finalista nas históricas campanhas de seleção para casamentos reais.

- É, isso infelizmente, é verdade... Mas você conseguiu Lorde Raven! Você conseguiu! – Cezar olha do lorde e volta sua atenção para as câmeras. – Bem senhores e senhoras! Eu sou Cezar e este foi nosso programa especial sobre a corrida ao trono e ao coração de nosso querido príncipe Julian! Eu desejo, desde já, muita sorte aos sete finalistas! E desejo vida longa ao nosso querido e amado Rei Eduard II! Bom dia a todos e voltamos em breve.... Tchau... – Mal termina de falar e o diretor grita um sonoro "corta", indicando que as gravações haviam chegado ao fim.

- Muito obrigado Lorde Raven! E diga a seu avô que tenho muito respeito e sou deveras grato, ao apoio dele ao novo marco regulatório do rádio e da televisão em nosso reino! – Cezar agradece, mas logo é surpreendido por uma voz.

- De nada meu velho amigo! – eis que presidente da Suprema Corte de Luciae surge do nada, como uma névoa.

- Wow! Você me assustou Ministro Supremo! – Cezar dar um pulinho de susto, já que aparentemente os treze juízes e juízas da Corte Suprema, podiam utilizar de sabedoria antiga sem, contudo, precisar de autorização Real. – Eu sempre me esqueço de como vocês do Território de Tenebrae... são mágicos! – Cezar faz referência ao fato de alguns habitantes do território serem capazes de conjurar sabedoria antiga.

- Não se assuste Cezar! – o homem vira uma espécie de névoa branca, se transportando para mais perto do apresentador de televisão.

- Como vocês conseguem?! Quer dizer... é tão incrível como vocês são capazes de manipular um poder que só os antigos reis possuíam! – Comenta Cezar com curiosidade.

- É simples meu caro Cezar... Eu domino a sabedoria antiga.... assim como você é capaz de dominar mais de novecentos milhões de telespectadores só no nosso reino. – fala o juiz rindo gentil. – Mas me diga Cezar... Como meu neto se saiu na entrevista?! – o avô olha do neto para o apresentador.

- Ele foi muito bem... e segundo fontes internas... Ele é um forte candidato ao coração e ao trono de Luciae! – Cezar meio que sussurra para o Ministro Supremo, como se estivesse revelando algum tipo de segredo.

- Isso é mesmo verdade Cezar?! – o juíz estava feliz, mas como todo membro da Corte Suprema, sua felicidade era contida e despretensiosa, quase sem demonstrar muita emoção.

- É claro que sim! Já pensou... Seu neto recebendo o sobrenome real Petrova Micaelsus?! Não seria incrível?!

- Seria uma grande honra! Fora que meu neto é um exímio usuário da sabedoria antiga e com toda certeza seria um ótimo marido! Podendo... quem sabe... até realizar um novo milagre.... – o juiz terminou sua fala com um toque de mistério, deixando Cezar muito curioso, diante daquela repentina e estranha revelação.

- O Supremo Ministro acha.... que nosso Julian seria capaz de realizar o milagre, assim como o primeiro Rei Julian I?! – Cezar realmente estava curioso com tal possibilidade que aquela fala trazia.

- Eu posso revelar a você... meu caro Cezar... em primeira mão... que Julian, desde que com o homem certo... – o juiz olha para o neto e depois volta a olhar para Cezar. – Bem... ele pode sim, ser capaz de nos revelar um novo milagre... como os antigos e primeiros reis Julian e Raphael o fizeram! – aquela era uma revelação bombástica, já que Julian e Raphael, foram os primeiros e também os últimos reis a conseguirem a proeza do milagre da gestação, nenhum outro rei conseguira tal feito depois disso. E quando um rei que preferisse homens tinha que dar herdeiros para a sucessão da coroa, bem, as mulheres do território de Arthemius ficavam encarregadas de darem à luz ao próximo príncipe ou princesa do Reino de Luciae. No caso de a Rainha preferir mulheres, bem, um varão, da nobreza, de um dos onze territórios, saudável e viril, deverá ser escolhido pela Rainha para gerar seu filho. As Novas Leis dizem que tal varão, deverá pertencer à mesma casa real aristocrata da companheira da rainha, podendo ser seu cunhado, se houver um disponível, mas nunca o sogro, para que a linhagem de sangue do herdeiro da rainha, possa ter o seu sangue e de sua companheira correndo nas veias.